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72<br />
THE LURKING FEAR<br />
“Out Of The Voiceless Grave”<br />
Century Media Records<br />
Prontos para mais<br />
uma uma super-banda<br />
sueca? Se calhar por<br />
esta altura já estão<br />
cansados de superbandas,<br />
sueca ou não.<br />
Compreendemos isso<br />
mas... só pedimos que<br />
se abra uma excepção,<br />
afinal estamos a falar<br />
de uma banda (e é verdadeira banda e não<br />
projecto) que junta membros e ex-membros<br />
de At The Gates, God Macabre, Crippled Black<br />
Phoenix, Infestdead, Marduk, The Haunted,<br />
Embalmed, Skitsystem, entre muitos outros.<br />
Sim, sim, já sabemos. Nomes não são nada<br />
se a música não trouxer qualidade. E esta traz.<br />
E muita. Death metal de qualidade tipicamente<br />
sueco. Não é retro. Não é revolucionário. Nem<br />
é prepotente, é simplesmente boa música<br />
extrema made in Gothenburg. É preciso dar<br />
mais argumentos?<br />
THE RADIO SUN<br />
“Unstoppable”<br />
Pride & Joy Music<br />
É o quarto álbum<br />
desta banda<br />
australiana. Hard<br />
Rock melódico<br />
AOR no seu mais<br />
puro contexto.<br />
O vocalista Jase<br />
Old e o guitarrista Stevie Janevski<br />
escreveram um monte de novas<br />
canções de rock melódico com a ajuda<br />
do produtor Paul Laine (Dark Horse,<br />
The Defiants). Vozes melodiosas e<br />
solos contagiosos são uma grande<br />
parte do som da banda, reforçada pelo<br />
baixista Anthony Wong e pelo baterista<br />
Gilbert Annese. Curiosamente, estive<br />
perante um punhado de reviews<br />
de bandas desta sonoridade e não<br />
sendo a minha preferida, tal feito<br />
permitiu uma pequena comparação<br />
e concluiu que em todos os projetos<br />
que foram dados a ouvir, a grande<br />
qualidade é uma marca em todos<br />
eles. Os Radio Sun, querem que este<br />
Unstoppable seja imparável e eu faço<br />
mesma pergunta que deixei no ar em<br />
outros momentos: e se este trabalho<br />
fosse lançado na década de 80? Não<br />
existe uma receita para isto, e estes<br />
australianos demonstram-no tocando<br />
musica que se sente feita com paixão<br />
e de forma simples.<br />
THE NEW ROSES<br />
“One More For The Road”<br />
Napalm Records<br />
No meio de tanta<br />
coisa retro, chega<br />
a uma altura que o<br />
preconceito parece que<br />
fala mais alto do que a<br />
boa música. E depois<br />
temos bandas como<br />
os The New Roses que<br />
nos trazem hard rock<br />
clássico que parece<br />
que está atrasado uns trinta anos. Esta poderia<br />
ser uma machadada mas a verdade é que se<br />
ainda hoje ouvimos álbuns como "Apetite For<br />
Destruction" é porque o hard rock não foi uma<br />
moda passageira. "One More For The Road"<br />
poderá não ter o impacto do álbum de estreia<br />
dos Guns N' Roses mas é um desfilar de<br />
grandes malhas, raçudas, com grande feeling<br />
rock, que acreditamos que possa ser ouvido<br />
daqui a trinta anos com o mesmo prazer que<br />
ouvimos hoje. E a soar tão actual como tal.<br />
[9.3/10] Fernando Ferreira [8.8/10] Fernando Ferreira<br />
THRESHOLD<br />
“Legends Of The Shires”<br />
Nuclear Blast<br />
Os Threshold são<br />
uma das bandas<br />
mais interessantes<br />
que o metal<br />
progressivo tem.<br />
Ponto. Não têm o<br />
sucesso dos Dream<br />
Theater nem são tão imediatos mas<br />
têm um nível qualitativo invejável -<br />
esta malta é incapaz de lançar um<br />
álbum mau. E não foi desta. Com<br />
troca de vocalista - regressa Glynn<br />
Morgan (que saiu da banda depois<br />
de "Psychedelicatessen" de 1994) -<br />
até poderíamos ter alguma dúvida<br />
em relação ao que viria mas a banda<br />
nem regressa ao passado nem se<br />
desvia do caminho que tem trilhado.<br />
A sua voz é mais melódica e faz-nos<br />
aproximar por vezes dos momentos<br />
mais acessíveis do art rock. Ainda<br />
assim isso não disvirtua o resultado.<br />
Temas longos e complexos que vão<br />
exigir segundas audições, a veneração<br />
dos deuses do rock progressivo inglês<br />
(Marillion, Pink Floyd, Genesis, Yes<br />
e por aí fora) sem desvirtuar a sua<br />
própria identidade. Este é um álbum<br />
que vai ao contrário da tendência de<br />
hoje em dia, onde tudo é discartável.<br />
Aqui, o ouvinte terá de parar para<br />
ouvir e absorver quer a música, quer o<br />
conceito que fala do crescimento e da<br />
forma como o ser humano muda a sua<br />
perspectiva da vida conforme cresce.<br />
Mais um grande álbum de uma grande<br />
banda.<br />
[9/10] Miguel Correia [9.5/10] Fernando Ferreira<br />
THE NIGHTS<br />
“The Nights ”<br />
Frontiers Records<br />
Finlândia!!! Ya, a<br />
velha escola do<br />
hard rock está viva,<br />
e bem, por aqueles<br />
lados! Simples,<br />
rock melódico<br />
que se sente foi<br />
tocado com paixão, com as raízes<br />
bem patentes no que se fazia nos anos<br />
80, é verdade, mais uma banda que se<br />
estreia e vai beber as suas influências<br />
a essa época, mas sente-se algo<br />
de muito genuíno neste trabalho<br />
de estreia. Criaram algo brilhante...<br />
sim posso dizer isso! Este álbum<br />
se fosse lançado nessa época teria<br />
sucesso assegurado! Não duvido!<br />
A estrutura musical é fantástica,<br />
linhas de guitarra bem rockeiras,<br />
teclados que preenchem os espaços<br />
sem mácula e solos que aumentam<br />
o nível do que se ouve a claro a voz<br />
bem polida e adequada ao estilo...que<br />
posso dizer mais? Os rapazes não<br />
estão a inventar ou a reinventar<br />
algo, mas tiveram a capacidade de<br />
fugir aos sons algo macios e melosos<br />
que se ouviam nessa altura. Estão<br />
equilibrados e gostava que poder ouvir<br />
mais alguma coisa deles no futuro!<br />
[10/10] Miguel Correia<br />
THY ART IS MURDER<br />
“Dear Desolation”<br />
Nuclear Blast<br />
Thy Art Is Murder é um<br />
daqueles nomes que<br />
convida à porrada e os<br />
primeiros instantes de<br />
"Slaves Beyond Death"<br />
prova isso mesmo.<br />
Quando todos fogem<br />
do deathcore como<br />
diabo da cruz - menos<br />
bandas novas que chegam cheias de lugares<br />
comuns - é bom ver que veteranos como os<br />
australianos Thy Art Is Murder (com uma<br />
carreira superior a dez anos, já lhes podemos<br />
chamar isso, principalmente num género<br />
que ninguém crê ter futuro) não fogem ao<br />
que são e principalmente, não se deixam<br />
limitar pelas limitações do género musical<br />
que abraçaram. Esta desolação cativa e vicia,<br />
algo que não esperávamos, sinceramente.<br />
Potente e sobretudo dinâmico, ora aí aqui<br />
está um bom exemplo de como fazer bom<br />
deathcore.<br />
[8.5/10] Fernando Ferreira