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diferente. Os Blowfuse não são completamente diferentes<br />
ao punk/hardcore mas fazem-no de um ponto de vista<br />
mais acessível do rock. Mas acessível não quer dizer que<br />
seja menos explosivo. Com muito movimento mas sem<br />
provocar o mesmo tipo de entusiasmo entre o público, o<br />
punk rock da banda gozou de um som poderoso – um<br />
dos melhores do cartaz – que em muito ajudou a que a<br />
sua performance fosse tão boa.<br />
seja tarde para o quer que seja, a banda provou estar<br />
num momento de forma demolidor, destilando thrash<br />
metal clássico de extremo bom gosto.<br />
Devil In Me<br />
Curiosidade para o facto da banda ter agradecido aos<br />
Not Enough por terem emprestado os instrumentos<br />
precisamente quando tocaram a música... “Not<br />
Enough”. Destacamos ainda da sua actuação a “House<br />
Of Laugh”, “Man Of Opportunities”, “Ripping Out”,<br />
“Radioland” e a cover com que acabaram o concerto:<br />
anunciada como uma música dos Sonic Youth, tocaram<br />
com o início da “In Bloom”, a “Territorial Pissings”,<br />
ambas dos Nirvana. A banda espanhola também foi<br />
a primeira de duas escolhas internacionais escolhidas<br />
para fechar esta terceira edição do Casaínhos Fest,<br />
não deixando de agradecer à sua editora no nosso<br />
país, a Infected Records, responsável pelas visitas da<br />
banda ao nosso país.<br />
Dust Bolt<br />
Foi um desfilar de malhões que começou na “Violent<br />
Abolition” e terminou na “Agent Thrash” (com o vocalista/<br />
guitarrista Lenny B. a ir para o meio do público) já em<br />
regime de encore e pelo meio com “Awake The Riot – The<br />
Final War”, “Soul Eraser”, “Blind To Art, “Distant Scream<br />
(The Monotonous)” – dedicada a Tiago Fresco, da<br />
organização, por trazer a banda a Portugal, entre outras.<br />
Foi uma actuação que impressionou como a banda se<br />
dispôs em palco, não parando o headbanging por um<br />
segundo e não sacrificando em nada os muitos detalhes<br />
que as músicas exigiam.<br />
Dust Bolt<br />
Blowfuse<br />
A segunda banda internacional do cartaz e também<br />
pela primeira vez em Portugal, eram os alemães Dust<br />
Bolt, que deram um concerto de ficar na memória dos<br />
presentes. Com uma banda com já três (bons) álbuns<br />
editados, fica difícil de perceber como ninguém os<br />
tinha trazido cá antes. Como não acreditamos que<br />
Para quem viveu a cena anos atrás, este alinhamento<br />
do Casaínhos poderia soar estranho. Afinal tínhamos<br />
bandas hardcore, punk e metal (de subgéneros<br />
variados) a sucederem-se e a serem apoiadas da<br />
mesma forma. As tribos deixaram de ter o peso que<br />
tinham e ainda bem porque separações provocadas<br />
por barreiras estilísticas é algo que deixou de fazer<br />
qualquer tipo de sentido há já muito tempo. O facto<br />
de todas as bandas terem enaltecido, como já foi dito<br />
atrás, o espírito underground do festival e de união ao<br />
som nacional.e também do próprio apoio do público<br />
presente é representativo da magia e mística que<br />
este festival, apesar de jovem, já possui. Que cresça<br />
e venham muitos mais, sendo representativo do<br />
crescimento e sobretudo da união da nossa cena.<br />
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