You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Orange Revival mostra-nos que a música electrónica<br />
também pode ser orgânica. Interessante viagem ao som<br />
da vanguarda que tem uma base ritmica electrónica e<br />
depois é adornada com duas guitarras e um sintetizador.<br />
Apesar desta descrição não ser propriamente atractiva, o<br />
som era bem interessante.<br />
Não fosse o horário e até gostaríamos de os ouvir mais<br />
- e foi o que aconteceu. Quando os The Underground<br />
Youth deveriam estar a subir ao palco, os Chinaskee &<br />
os Camponeses perguntaram se ainda dava para tocar<br />
mais uma. E assim (re)começou a saga dos atrasos.<br />
Royal Bermuda<br />
The Janitors chamou todos ao palco Sabotage quando<br />
o vento ameaçava tornar a noite ainda mais fria e<br />
desagradável que a noite anterior. Grande feeling que as<br />
músicas da banda foram deixando. Já sabemos que o rock<br />
psicadélico gosta de libertar os nossos corpos do fardo<br />
da alma e de nos levar para longe em viagens astrais, mas<br />
quando se junta ao shoegaze é caso para ser quase uma<br />
viagem sem retorno. Não se pense que por isso a banda<br />
estava bastante apática no palco. O contrário, bastante<br />
dinâmica que só tornou a sua actuação ainda melhor.<br />
Chinaskee & os Camponeses<br />
Os The Underground Youth fazem uma mistura deliciosa<br />
de música de vanguarda, rock psicadélico e até um<br />
certo espírito rockabilly. A sua apresentação em palco é<br />
suigeneris. Sem bateria - apenas uma tarola e timbalão<br />
a cargo de Olya Dyer que ia conseguindo imprimir uma<br />
dinâmica assinalável ao som. A banda estava nitidamente<br />
a gostar do concerto e isso só serviu para envolver ainda<br />
o público.<br />
The Underground Youth<br />
The Janitors<br />
No palco Tejo, os Chinaskee & os Camponeses<br />
demonstraram logo que queriam trocar-nos as voltas<br />
com a primeira vez que se dirigiram ao público: "Olá<br />
Chinaskee, nós somos o Reverence". Efectivamente<br />
trocaram-nos as voltas de uma forma positiva. Por<br />
um lado com a doçura do seu dream pop, por outro<br />
os trejeitos do rock psicadélico onde o orgão dava um<br />
ar único e ainda mais alucinado ao som final. Temas<br />
longos, com passagens instrumentais bastante alargadas.<br />
Os senhores que se seguiam eram um dos grandes<br />
destaques deste segundo dia na nossa opinião: Asimov<br />
& The Hidden Circus. Se os Asimov por si só já são<br />
excelentes, desde que iniciaram este ciclo de colaborações<br />
com os músicos que compõe o denominado Hidden<br />
Circus conseguiram elevar ainda mais a fasquia. Som<br />
e groove hipnótico ao qual o violoncelo provocou um<br />
colorido especial. Quando se assiste a uma jam fica-se<br />
com a sensação de que estamos a presenciar magia e foi<br />
o que pudemos presenciar no palco Tejo.<br />
Melhor do que termos expectativas cumpridas foi<br />
95