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World_of_Metal__Outubro_2017

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Orange Revival mostra-nos que a música electrónica<br />

também pode ser orgânica. Interessante viagem ao som<br />

da vanguarda que tem uma base ritmica electrónica e<br />

depois é adornada com duas guitarras e um sintetizador.<br />

Apesar desta descrição não ser propriamente atractiva, o<br />

som era bem interessante.<br />

Não fosse o horário e até gostaríamos de os ouvir mais<br />

- e foi o que aconteceu. Quando os The Underground<br />

Youth deveriam estar a subir ao palco, os Chinaskee &<br />

os Camponeses perguntaram se ainda dava para tocar<br />

mais uma. E assim (re)começou a saga dos atrasos.<br />

Royal Bermuda<br />

The Janitors chamou todos ao palco Sabotage quando<br />

o vento ameaçava tornar a noite ainda mais fria e<br />

desagradável que a noite anterior. Grande feeling que as<br />

músicas da banda foram deixando. Já sabemos que o rock<br />

psicadélico gosta de libertar os nossos corpos do fardo<br />

da alma e de nos levar para longe em viagens astrais, mas<br />

quando se junta ao shoegaze é caso para ser quase uma<br />

viagem sem retorno. Não se pense que por isso a banda<br />

estava bastante apática no palco. O contrário, bastante<br />

dinâmica que só tornou a sua actuação ainda melhor.<br />

Chinaskee & os Camponeses<br />

Os The Underground Youth fazem uma mistura deliciosa<br />

de música de vanguarda, rock psicadélico e até um<br />

certo espírito rockabilly. A sua apresentação em palco é<br />

suigeneris. Sem bateria - apenas uma tarola e timbalão<br />

a cargo de Olya Dyer que ia conseguindo imprimir uma<br />

dinâmica assinalável ao som. A banda estava nitidamente<br />

a gostar do concerto e isso só serviu para envolver ainda<br />

o público.<br />

The Underground Youth<br />

The Janitors<br />

No palco Tejo, os Chinaskee & os Camponeses<br />

demonstraram logo que queriam trocar-nos as voltas<br />

com a primeira vez que se dirigiram ao público: "Olá<br />

Chinaskee, nós somos o Reverence". Efectivamente<br />

trocaram-nos as voltas de uma forma positiva. Por<br />

um lado com a doçura do seu dream pop, por outro<br />

os trejeitos do rock psicadélico onde o orgão dava um<br />

ar único e ainda mais alucinado ao som final. Temas<br />

longos, com passagens instrumentais bastante alargadas.<br />

Os senhores que se seguiam eram um dos grandes<br />

destaques deste segundo dia na nossa opinião: Asimov<br />

& The Hidden Circus. Se os Asimov por si só já são<br />

excelentes, desde que iniciaram este ciclo de colaborações<br />

com os músicos que compõe o denominado Hidden<br />

Circus conseguiram elevar ainda mais a fasquia. Som<br />

e groove hipnótico ao qual o violoncelo provocou um<br />

colorido especial. Quando se assiste a uma jam fica-se<br />

com a sensação de que estamos a presenciar magia e foi<br />

o que pudemos presenciar no palco Tejo.<br />

Melhor do que termos expectativas cumpridas foi<br />

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