31.10.2017 Views

World_of_Metal__Outubro_2017

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“Hand. Cannot. Erase.”<br />

2015 - Kscope<br />

“4 ½ ”<br />

2016 - Kscope<br />

“To the Bone”<br />

<strong>2017</strong> - Caroline International<br />

"Hand. Cannot. Erase" é um álbum<br />

conceptual inspirado na história de<br />

Joyce Carol Vincent, uma jovem<br />

mulher londrina que após se isolar de<br />

família e amigos viria a morrer no seu<br />

apartamento e apenas foi descoberta<br />

dois anos mais tarde. Musicalmente<br />

estamos ainda na esfera do rock<br />

progressivo totalmente influenciado<br />

pelas grandes bandas dos anos 70<br />

com Pink Floyd a vir á mente mais que<br />

uma vez, particularmente em Regret<br />

#9. Ainda assim ao contrário do álbum<br />

anterior, "Hand. Cannot. Erase." tem<br />

uma sonoridade mais moderna ao<br />

mesmo tempo. O tema do isolamento<br />

está sempre presente, mas este<br />

álbum acaba por ser musicalmente<br />

menos negro que o anterior "The<br />

Raven that Refused to Sing (and other<br />

stories)" e com temas que apesar de<br />

serem melancólicos têm uma certa<br />

luz como "3 Years Older" ou "Happy<br />

Returns". A grande excepção a essa<br />

luz é o tema "Routine" um dos mais<br />

deprimentes que Steven Wilson já<br />

escreveu, mas ao mesmo tempo<br />

incrivelmente belo. Este álbum acaba<br />

por estar polvilhado por momentos<br />

instrumentais de enorme qualidade<br />

como em Home Invasion a já referida<br />

"Regret #9" ou "Ancestral". O tema<br />

mais semelhante a um single é a<br />

música titulo que é simplesmente<br />

perfeita. "Hand. Cannot. Erase." é<br />

um álbum extremamente sólido que<br />

flui de forma perfeita consegue ser<br />

um álbum que ganha muito em ser<br />

ouvido todo de seguida, mas todas<br />

as musicas sobrevivem sozinhas.<br />

Steven Wilson está aqui na sua<br />

melhor forma, e entregou um álbum<br />

que facilmente se tornou num dos<br />

meus preferidos de sempre.<br />

10/10<br />

Como o próprio nome indica 4 ½<br />

é o ponto intermédio entre o 4º<br />

álbum a solo de Steven Wilson<br />

"Hand. Cannot. Erase." e o 5º "To<br />

The Bone". Este EP contém várias<br />

músicas vindas das sessões<br />

de "Hand. Cannot. Erase." mas<br />

que não entraram no álbum. Os<br />

temas contêm o mesmo estilo<br />

que o 4º álbum do britânico<br />

destacando-se "My Book <strong>of</strong><br />

Regretse Happiness III" que é<br />

bem mais alegre que qualquer<br />

coisa em "Hand. Cannot. Erase.".<br />

Temos ainda vários instrumentais<br />

com destaque para o excelente<br />

"Vermillioncore" com destaque<br />

para o excelente trabalho do<br />

baterista Craig Blundell. Para<br />

o fim temos ainda uma versão<br />

do clássico de Porcupine Tree,<br />

"Don’t Hate Me" em dueto com a<br />

cantora israelita Ninet Tayeb que<br />

assenta que nem uma luva na<br />

música. Um EP interessante para<br />

fãs de Steven Wilson.<br />

8/10<br />

Desde que se voltou a concentrar<br />

no projecto a solo que Steven<br />

Wilson tem abraçado o papel<br />

de porta-estandarte do rock<br />

progressivo, tendo vindo a lançar<br />

dos melhores álbuns da carreira.<br />

Agora com este "To The Bone"<br />

o multi-instrumentista foi buscar<br />

inspiração às suas influências<br />

de tendência mais prog pop<br />

vindas dos anos 80 como Peter<br />

Gabriel, Kate Bush ou Talk<br />

Talk. O resultado foi um álbum<br />

orientado às canções, em que<br />

os vários temas são mais curtos<br />

e imediatos com um tom mais<br />

feliz. O expoente máximo disto<br />

é "Permanating" facilmente a<br />

musica mais alegre e comercial<br />

que Wilson fez em toda a carreira.<br />

Mas antes dos fãs de prog rock<br />

entrarem em pânico, há que dizer<br />

que em To The Bone continuamos<br />

no universo do progressivo com<br />

o toque característico do músico<br />

inglês. Bem prova disso são<br />

temas como "Refuge", "Song <strong>of</strong><br />

Unborn" ou "Blank Tapes". Entre<br />

os vários temas destacam-se<br />

o tema titulo, "Nowhere Now",<br />

"The Same Asylum As Before" ou<br />

"Song <strong>of</strong> I". "To The Bone" não<br />

é o trabalho de um musico que<br />

se rendeu ao mundo da música<br />

comercial, é apenas mais um local<br />

que Wilson visita, e um álbum<br />

sólido que pode agradar aos fãs<br />

mais antigos, e conquistar novos.<br />

9/10<br />

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