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World_of_Metal__Outubro_2017

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VERTHEBRAL<br />

TRAVELIN JACK USNEA<br />

“Commencing Countdown” “Portals Into Futility”<br />

“Regeneration”<br />

Steamhammer<br />

Relapse Records<br />

Satanath Records<br />

Os Blues Pills foram<br />

Quem é que já<br />

Mais fruta sulamericana?<br />

Venha<br />

uma revolução.<br />

tinha saudades da<br />

Conseguiram capturar<br />

boa dose de metal<br />

ela. Com o crivo de<br />

o amor que sempre<br />

cavernoso dos norteamericanos<br />

Usnea?<br />

Records, temos aqui<br />

qualidade da Satanath<br />

tivemos dentro de nós<br />

ao hard rock clássico.<br />

Nós definitivamente<br />

esta estreia por parte<br />

E não é dizer que todas<br />

tivemos. A banda<br />

dos Verthebral que<br />

as bandas que surgiram<br />

norte-americana é um<br />

apresentam um death<br />

entretanto são uma<br />

dos poucos exemplos<br />

metal bruto mas cheio<br />

cópia daquilo que eles<br />

que consegue tornar<br />

fazem. Mas há lá aquele espírito, de liberdade, o funeral doom num género verdadeiramente<br />

de potencial. É um álbum que pega no género<br />

de pureza. Espírito que nos remonta a quando interessante, sendo essencial para isso a forma tal como era feito na década de noventa<br />

a música era feita e sobretudo sentida de outra como mistura influências e sobretudo ambientes e transporta-o para os dias de hoje. Sem<br />

forma. É precisamente esse espírito que temos black metal. O resultado? Verdadeiras peças exageros técnicos, com grande feeling nos<br />

aqui na perfeição. E não é retro. Não é pegar em claustr<strong>of</strong>óbicas que nos agarram do primeiro solos e com uma voz pr<strong>of</strong>unda e clássica. É<br />

algo que já foi feito e reciclar como numa linha ao último instante. Quando estamos a falar de um daqueles trabalhos que não temos razão<br />

de montagem. É música orgânica, viva, que cinco longos temas, ainda mais impressionante para destacar de todos os outros mas que<br />

respira e é imperfeita tal como deve de ser. Para é o feito. Sem dúvida que um dos grandes também não nos dá nenhuma razão para não<br />

quem não passa sem recordar Scorpions antigo álbuns doom de <strong>2017</strong> e ameaça ser - apenas o fazer. O que no balanço final é o que o faz<br />

ou todo aquele espírito (e não estamos a falar o tempo o pode provar - o melhor da banda até com que seja obrigatório para todos os fãs<br />

de identidades semelhantes) de bandas de hard agora.<br />

de death metal, tornando as coisas bastante<br />

rock clássico, aqui é uma forma de fazer esse<br />

simples.<br />

processo mas com música nova. Um autêntico<br />

vício.<br />

[8.5/10] Fernando Ferreira [9.4/10] Fernando Ferreira [8/10] Fernando Ferreira<br />

VON JUSTICE<br />

“Bret Hart”<br />

Edição de Autor<br />

Por momentos veiome<br />

à memória os<br />

tempos MOD ou SOD<br />

em todas aquelas<br />

paródias musicais.<br />

Von Justice e “Bret<br />

Hart EP” não vai<br />

mais longe do que<br />

isso, uma pequena<br />

paródia punk de vocais abafados, dedicada<br />

não só a Bret Hart conhecido wrestler, mas<br />

também a Hulk Hogan, Jimmy Hart e Ric<br />

Flair. Eles partilham o gosto à modalidade,<br />

em formato EP, numa sonoridade<br />

punkólica, que se torna bem divertido de<br />

se ouvir.<br />

WAND<br />

“Plum”<br />

Drag City<br />

Segundo consta,<br />

e apesar de ser o<br />

quarto álbum da<br />

banda desde que<br />

começou em 2013,<br />

"Plum" é o primeiro<br />

trabalho em dois<br />

anos, onde a banda<br />

sentiu a necessidade<br />

de parar, refocar e apontar baterias a novas<br />

formas de fazer música. Novos membros<br />

e uma nova forma de sentir a música, que<br />

agora surgiu muito de improvisações. O<br />

resultado é sem dúvida positivo, onde o<br />

seu garage rock surge tão próximo dos<br />

momentos mais clássicos dos The Beatles<br />

assim como se aproxima de terrenos<br />

mais psicadélicos. Para quem já se tinha<br />

esquecido deles, aqui está uma boa forma<br />

de se relembrar.<br />

[6/10] Miguel Correia [8/10] Fernando Ferreira<br />

ZORNHEYM<br />

“Where Hatred Dwells And Darkness Reigns”<br />

Non Serviam Records<br />

O black metal<br />

sinfónico não é um<br />

género que precise<br />

necessariamente de<br />

novo sangue mas<br />

até que não fica mal<br />

servido com este<br />

álbum de estreia dos<br />

suecos Zornheym.<br />

Aliando o death metal<br />

às vertentes mais sinfónicas do death metal,<br />

o resultado é um trabalho dinâmico e forte<br />

mesmo que não consiga surpreender - afinal<br />

o estilo já não encerra grandes segredos. O<br />

que contam são mesmo as malhas fortes,<br />

as influências old school que nos chegam<br />

através das melodias das guitarras (não ficando<br />

confinadas aos arranjos orquestrais) e aquele<br />

feeling banda-sonora que sempre foi o sempre<br />

nos conquistou no género mais sinfónico. Uma<br />

estreia em grande, sem dúvida.<br />

[8.6/10] Fernando Ferreira<br />

ZURVAN<br />

“Gorge Of Blood”<br />

Satanath Records<br />

De vez em quando<br />

falamos de uma banda<br />

que nos chega do Médio<br />

Oriente. Normalmente<br />

são sempre bandas que<br />

acabam por se mudar<br />

para outro país - algo<br />

que é compreensível<br />

ainda para mais quando<br />

se fala de música<br />

extrema. É exactamente o caso dos Zurvan,<br />

agora localizados na Alemanha e com este seu<br />

segundo álbum de originais. Inserindo-se no<br />

género do black/death metal, a banda apresenta<br />

fortes argumentos em termos de potência<br />

mas descura o campo da dinâmica, sendo<br />

que "Gorge Of Blood" é enorme (mais de uma<br />

hora) e tem demasiadas músicas (treze), o que<br />

faz com que a fórmula se esgote rapidamente.<br />

Umas tesouradas aqui e ali e estaríamos perante<br />

um álbum poderoso. Como não é o caso,<br />

esperemos pelo próximo.<br />

XANTHOCHROID<br />

“Of Earth And Axen - Act I”<br />

Erthe and Axen Records<br />

Quando temos<br />

uma banda que<br />

se refere a si<br />

própria ou ao<br />

seu som como<br />

"cinematic black<br />

metal" é porque ou<br />

temos uma grande bomba a caminho<br />

ou um fracasso monumental. Não<br />

nos devemos prender aos rótulos,<br />

é uma lição que já aprendemos (e<br />

continuamos a aprender sob diversas<br />

formas) e este é mais um exemplo.<br />

Sem dúvida que a intro "Open The<br />

Gates, O Forest Keeper" é um bom<br />

indicador de que a banda tem um<br />

grande apoio nas orquestrações<br />

enquanto o primeiro tema com voz, "To<br />

Lost and Ancient Gardens" remete-nos<br />

para algo progressivo, acústico. De<br />

black metal, só mesmo em "To Higher<br />

Climes Where Few Might Stand" e é<br />

por momentos. Isto poderá parecer<br />

que nos estamos a queixar mas não é<br />

o caso. Mais que black metal e mais do<br />

que metal sinfónico, o que temos é um<br />

impressionante metal progressivo que<br />

vai exigir bastante do ouvinte, mas que<br />

vai devolver o dobro. Um ambicioso<br />

álbum conceptual que pega na história<br />

do álbum de estreia e funciona como<br />

uma espécie de prequela. E atenção de<br />

que este é o primeiro acto. O segundo<br />

sai em <strong>Outubro</strong> e esperamos que seja<br />

igualmente analisado aqui porque<br />

este é sem dúvida uma das grandes<br />

surpresas desta segunda metade de<br />

<strong>2017</strong>.<br />

[5.3/10] Fernando Ferreira [9.3/10] Fernando Ferreira<br />

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