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Algures no final dos anos 80 e influenciado<br />
pelo som de bandas de rock progressivo<br />
dos anos 70 como Pink Floyd, Steven<br />
Wilson começou a fazer experiências<br />
num estúdio caseiro sendo autodidata<br />
em vários instrumentos como guitarra,<br />
teclados, baixo, flauta entre outros.<br />
Eventualmente essas experiencias<br />
tornaram-se nos Porcupine Tree ao uma<br />
das bandas mais importantes no rock<br />
progressivo dos anos 90 em diante. Além<br />
da carreira com os Porcupine Tree e muitos<br />
outros projectos como Blackfield ou No-<br />
Man, Wilson ganhou também fama como<br />
engenheiro de som tendo feito misturas<br />
para álbuns de Anathema, Jethro Tull ou<br />
King Crimson, e como produtor, tendo<br />
por exemplo produzido e participado em<br />
vários álbuns de Opeth incluindo a obraprima<br />
da banda sueca “Blackwater Park”.<br />
Em 2010 depois de terminar a tour do álbum<br />
dos Porcupine Tree “The Incident” Wilson<br />
decidiu colocar a banda na gaveta durante<br />
algum tempo e dedicar-se á carreira a solo<br />
já que os vários membros dos Porcupine<br />
Tree tinham ideias diferentes para o rumo<br />
a seguir. Ao longo dos anos a banda<br />
britânica passou por várias fases, desde<br />
o som mais progressivo e psicadélico até<br />
ao álbum de 1996 “Signify” ao prog mais<br />
acessível de “Stupid Dream”e “Lightbulb<br />
Sun”, e por fim desde a entrada do<br />
baterista Gavin Harrison no álbum “In<br />
Absentia” (ainda hoje o meu preferido),<br />
os Porcupine Tree tornaram o som mais<br />
pesado aproximando-se mais do metal.<br />
Em 2008 Steven Wilson já tinha editado um<br />
álbum a solo como forma de experimentar<br />
sonoridades diferentes do que fazia nos<br />
Porcupine Tree. Agora ao decidir dedicarse<br />
totalmente á carreira a solo, Wilson<br />
acabou por continuar a abordagem de<br />
experimentação com o lançamento de<br />
álbuns bastante diferentes entre si, desde o<br />
jazzy “Grace for Drowning”até ao regresso<br />
ás grandes influencias das bandas dos 70s<br />
em “The Raven that refused to Sing (and<br />
other stories)”e “Hand. Cannot. Erase.”,<br />
ao som pop de “To The Bone”.<br />
Se por um lado é uma pena uma banda<br />
como Porcupine Tree estar parada,<br />
também é verdade que desde 2011 esta<br />
nova liberdade criativa permitiu a Wilson<br />
lançar alguns dos melhores trabalhos<br />
da sua já longa carreira. Aproveitando o<br />
lançamento do novo álbum “To The Bone”,<br />
fazemos aqui uma retrospetiva da carreira<br />
a solo de Steven Wilson, incluindo esse<br />
mesmo álbum.<br />
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