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World_of_Metal__Outubro_2017

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Sempre A Partir<br />

Por Conan, o Barbeiro<br />

Porque é que as pessoas não se contentam com o que têm? Porque é que a sua felicidade não depende<br />

apenas dos seus feitos, das suas conquistas e façanhas? Porque é que na ausência de alguma das anteriores<br />

faz com que se procure a derrota dos outros para preencher esse vazio? Não é chegar a um ponto triste<br />

da existência humana quando o nosso valor depende unicamente daquilo que se passa na vida anterior?<br />

Que tipo de pessoas patéticas são estas que se alimentam da forma como colocam entraves na vida dos<br />

outros? E porque é que não percebem que esse alimento que nunca as satisfaz? Que vão contiuar a viver<br />

de forma mesquinha, de sabotagem em sabotagem, à espera da felicidade?<br />

Isto são perguntas sem resposta, embora não sejam apenas pura retórica. È comum encontrarmos invejas<br />

daqueles que por qualquer motivo concentram-se noutras pessoas do que neles próprios. É também<br />

comum termos aqueles que culpam os outros pelos seus desastres. A culpa não é deles mesmos. É mais<br />

fácil viver assim. É fácil, perante os outros, dizer que se foi vítima das patifarias daqueles de quem não<br />

gostamos. Todos temos os nossos próprios e é impossível gostarmos de todos aqueles que encontramos<br />

no caminho, assim como é impossível todos gostarem de nós. Nem é isso que está em questão.<br />

É um círculo vicioso, usar o que nos aconteceu como desculpa para nos deitarmos abaixo, para sermos a<br />

vítima e depois para fazer o mesmo aos outros (que provavelmente nem têm nada a ver com o assunto).<br />

Como se tudo o que tivessemos seria a necessidade de encontrar uma justificação para nos sentirmos<br />

vingados - "Já que me fizeram a mim...". O que é algo igualmente tão parvo. A verdade é que quem<br />

tem inveja, vai sempre ter inveja. Vai sempre puxar para baixo aqueles que de alguma forma estão no<br />

seu caminho e encontram-se felizes ou pelo menos demonstram isso. Haverão sempre aqueles que vão<br />

considerar isso como uma <strong>of</strong>ensa pessoal.<br />

Agora a pergunta mais importante que podemos fazer é... Será que pessoas como estas merecem sequer<br />

que se gaste energia a pensar nelas? Falar é fácil, principalmente quando se sente que se está a tentar<br />

andar para a frente e só se sente é mãos a agarrem-nos e a puxar para trás e pés a rasteirar. É fácil perder a<br />

calma e desanimar perante este tipo de situações, mas não estamos a falar do que é fácil. Estamos a falar<br />

do que é correcto.<br />

Portanto, cambada de invejosos e sarnentos, filhos dum tinhoso coxo e zarolho com pústulas no trombil,<br />

metam-se na vossa vida e deixem a inveja para os outros. Se alguma coisa tem sucesso e isso vos faz<br />

comichão no pelo, podem bem empregar a vossa energia e atenção para aquilo que gostam. Não foquem<br />

o que vos faz comichão no pelo porque isso é pedir que mais cedo ou mais tarde o vosso pelo seja coçado<br />

por um poste de madeira de dois metros com pregos ferrugentos que a vida se vai encarregar de vos<br />

espetar pelas nalgas adentro. Ou alguma vez viram um invejoso a triunfar na vida a longo prazo ou a<br />

morrer feliz?<br />

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