A ligação à editora NBQ Records, como surgiu e como tem sido até agora? Está previsto terem distribuição internacional? Alex – A distribuição internacional existe. Fizemos mil cópias do CD, ficámos com quinhentas para vendermos a nível nacional e o Fernando (Roberto, da NBQ Records) ficou incumbido de vender a nível internacional. Isto surgiu através de um contacto da Loja do Rock, eles já tinham o disco gravado (eu não participei na gravação) e falouse com o Fernando que eu conhecia pessoalmente e uma coisa levou à outra. Foi bastante fácil e ele está a ajudar-nos bastante. Roger – Sim e uma coisa que facilitou realmente foi o Fernando ter gostado do nosso som. Para nós foi muito bom, porque uma pessoa como ele que trabalha com muitos músicos, querer apostar, querer ajudar uma banda que não conhece de lado nenhum, ou melhor por apenas conhecer um elemento que nem sequer participou no álbum e quando o ouve diz “ok, eu quero ajudar estes malucos” para nós foi um motivo de orgulho. Podemos dizer até que ele nos ajudou monetariamente a colocar este álbum cá fora, algo que não faria se não acreditasse na banda. Aquilo que podemos notar ao longo dos anos no underground é que as bandas têm grande dificuldade em chegar ao primeiro álbum e que depois essa dificuldade parece acrescer ainda mais para lançar os seguintes, sendo comum termos bandas com vinte anos de carreira com apenas dois álbuns lançados. No vosso caso, já estão a pensar no futuro em termos criativos? Kronos - Nós temos neste momento o terceiro álbum a mais de meio. Ideias, coisas já estruturadas. Falta fazer o processo que fizemos com este. Roger – Fazer a nossa pré-produção e arrancar para estúdio novamente. Queremos acreditar que este álbum não vai demorar tanto tempo a sair como o anterior e principalmente como o primeiro (risos). António - E vou ser audaz e dizer que o próximo é todo em português. Roger – Isso é segredo! António – Não é. Roger - Para mim era. (risos) António - Agora deixou de ser. Kronos – Uma coisa que é inerente a todos nós. Já tocamos juntos há muitos anos. Já a meio do processo (do álbum) 8 nos conhecíamos bem, agora ainda mais nos conhecemos, a nível musical como pessoal e uma coisa que ajuda é ser fácil fazermos música juntos. Roger – Acho que Veinless teve um problema desde o início que foi arranjar o elemento certo na voz. Todos os outros têm sido os mesmos, além do Eddie que resolveu deixar-nos por questões pessoais e agora temos o Alex que felizmente que nos caiu literalmente do céu. É uma pessoa com quem muito é fácil trabalhar. Alex – Pá, obrigado. Kronos – O Alex parece que sempre fez parte da banda. Roger – Parece, sem dúvida, que fez sempre parte da banda. António – Este é um tema que está relacionado com a pergunta. Com o facto de ter demorado tanto tempo a gravar o segundo álbum. A banda tem quinze ou dezasseis anos de existência e muitos desses anos não são verídicos digamos assim... Roger – Cinco vocalistas diferentes. Em Portugal, infelizmente, ainda se acha que os artistas vivem do ar. Não pagam contas, não pagam água, não pagam luz. António - ... Muitos desses anos a banda não tinha uma formação estável e sólida e como tal não produzia coisas que pudessem ser gravadas ou postas em palco. Essa solidez surgiu quando me convidaram e eu aceitei. Quando o Eddie que já tinha saído da banda e voltou outra vez. Decidimos que já tinhamos uma formação sólida, já tinhamos coisas sólidas que podíamos apresentar e avançar. Fizemos, como costumo dizer, deixar de brincar às bandas e marcar a nossa posição no panorama musical. Roger – E acho que o facto de que quando o Tó entrou, a banda já tinha muitos anos e já tínhamos muitas ideias e muitas músicas compostas. Muitas das coisas já estavam feitas e a verdade é que o Tó teve uma facilidade enorme... António – Não foi, foi um desafio. Tive que criar refrões em sítios onde não existiam... Roger – Estarmos a criar músicas sem voz é muito complicado. Optámos pelo feeling, optámos por imaginar refrões. Obviamente quem vem de fora vê a música estruturalmente de forma diferente. Mas ele conseguiu, felizmente e por isso é que o nosso primeiro álbum saiu muito rapidamente logo o Tó entrou. A nível lírico, nós sabemos como é o Tó a escrever, tem sempre muita coisa, muito material. Muita coisa foi escrita logo na altura... António – Todas. Roger – Todas, não é? Foi um processo muito simples mal se deu a entrada do Tó. Qual é a vossa maior ambição, como banda? Kronos – Conquistar o mundo. (risos) António - Acho que é a ambição de qualquer artista em Portugal. É uma pergunta muito interessante porque em Portugal, infelizmente, ainda se acha que os artistas vivem do ar. Não pagam contas, não pagam água, não pagam luz. Não têm filhos ou se têm o ar é que os alimenta (risos) o ar é que paga as contas. Como dizia há bocado é deixar de brincar aos músicos. Tenho felizmente projectos em que o faço pr<strong>of</strong>issionalmente, não só de música mas também de poesia e teatro, mas ainda não consigo viver da arte em Portugal. Vou tentando e o meu sonho é precisamente esse, fazer aquilo que melhor sei e gosto de fazer e que trabalho arduamente porque não se esqueçam que ser artista não é simples. Existe um trabalho e não é nada fácil. Muito difícil e árduo. É passar horas e horas em estúdio, horas e horas a queimar as pálpebras como o Roger que foi ele que gravou o primeiro álbum e passou noites em branco porque havia um som que não estava bem... é um trabalho muito duro e tem que ser dignificado e pago por isso. As pessoas têm que perceber que os artistas têm que ser pagos e viver da sua arte. Kronos – Fazer valer aquilo fazemos. Roger – E não esquecer que os músicos têm que conciliar as bandas com os seus trabalhos porque infelizmente a música é patrocinada pelos nossos trabalhos. O dinheiro que ganhamos é para investir em amplificadores, em salas de ensaio, em concertos que não nos pagam e que temos que investir no transporte. Existe uma conciliação muito grande a nível de trabalho, tempo, família Kronos – Eu diria que é a fusão de duas coisas. O tentar fazer com que as pessoas dêem valor ao trabalho que estamos a realizar. E ao mesmo tempo tentar abranger o maior número de pessoas com o nosso trabalho. António – Subscrevo.
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