31.10.2017 Views

World_of_Metal__Outubro_2017

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

HATE MOON<br />

“The Imprisoning War”<br />

Folkvangr Records<br />

Da Pennsylvania<br />

(EUA) chega-nos<br />

uma proposta<br />

bem interessante<br />

dentro do Black<br />

<strong>Metal</strong> sinfónico.<br />

Intitulada Hate<br />

Moon, a banda<br />

formada pelos dois membros Tuathail<br />

(guitarra/teclado/bateria) e Tohmar<br />

(vocais/baixo/guitarra) presenteianos<br />

com um trabalho que explora as<br />

origens culturais dos dois músicos<br />

americanos de descendência<br />

irlandesa.<br />

Apostando numa sonoridade<br />

com contornos bastante épicos,<br />

a sonoridade de The Imprisoning<br />

War vai alternando com extrema<br />

agressividade e um lado mais<br />

sinfónico com elementos sonoros<br />

sintetizados, que proporcionam uma<br />

excelente ambiência sonora, tanto em<br />

temas mais curtos, como “Storm the<br />

Gates”, como em faixas mais longas,<br />

como “The Skeleton Forest”. Contudo,<br />

todo o trabalho dos Hate Moon é<br />

um conjunto de brutalidade épica e<br />

anciã, a recordar os tempos antigos<br />

que misturam a história e fantasia da<br />

mitologia nórdica e celta.<br />

Pese embora os vocais não serem os<br />

mais tradicionais no género, fazendose<br />

notar uma espécie de influência do<br />

screamo mais moderno, na realidade,<br />

a sua junção com a parte instrumental<br />

cria um ambiente bem interessante<br />

dentro do Black <strong>Metal</strong> que a banda<br />

propôs. Em suma, The Imprisoning<br />

War é uma proposta a ter em conta em<br />

um dos lançamentos do underground<br />

metálico que os fãs deveriam dar uma<br />

oportunidade.<br />

HEAT<br />

“Night Trouble”<br />

This Charming Man Records<br />

De Berlim, os<br />

classic rockers<br />

Heat, apresentam o<br />

seu terceiro longa<br />

duração Night<br />

Trouble, que sai<br />

no próximo dia 13<br />

de outubro. O que<br />

esperar? Bem, velho<br />

estilo rock, bem rasgadinho, solos e ritmos<br />

vibrantes compondo musicas simples e<br />

por vezes algo melancólicas, mas quando<br />

o ouvimos ficamos com a ideia de um<br />

enorme esforço da banda germânica, uma<br />

vez que comparativamente com trabalhos<br />

anteriores se nota uma melhoria na<br />

produção com um som mais pr<strong>of</strong>issional.<br />

A ouvir, claro que sim!<br />

HUMANITY ZERO<br />

“Withered In Isolation”<br />

Satanath Records<br />

HENRY METAL<br />

“So It Hath Begun”<br />

Edição de Autor<br />

Um passo, o primeiro,<br />

de um projeto de hard/<br />

heavy rock, que para<br />

os fãs ou apreciadores<br />

do género não deixará<br />

ninguém desapontado.<br />

São faixas como a<br />

brilhante "Butthead<br />

Maven" que me faz<br />

ter esta opinião, pois<br />

trata-se de um tema incrível, que serve para<br />

demonstrar que Henry <strong>Metal</strong> é um artista que<br />

realmente sabe como dar o que os outros<br />

querem. “Henry's Saga” tem o som da guitarra<br />

Thin Lizzy, bem ao estilo de Gary Moore e<br />

até mesmo as influências de John Sykes.<br />

Outras passagens revelam uma aparente raiva<br />

forçosamente escondida, “Squeeze You” e<br />

“Boss Of Me”, por exemplo.A globalidade do<br />

álbum é o sangue que corre nas veias de quem<br />

o construiu, cheio de excelentes musicas rock,<br />

fáceis de aceitar e cantar.<br />

[8/10] Miguel Correia [7.5/10] Miguel Correia<br />

Os Humanity Zero<br />

surgem-nos da<br />

Grécia, já com um<br />

longo historial, com<br />

"Withered In Isolation"<br />

a ser o oitavo álbum<br />

lançado desde 2008,<br />

o que é uma média<br />

bem alta. A dúvida que<br />

nos assalta será de verificar se a média no<br />

que diz respeito à qualidade também é alta.<br />

Conforme mergulhamos neste trabalho,<br />

percebemos que o seu foco é o death/doom<br />

clássico, lembrando-nos os primórdios de<br />

bandas como Anathema, Paradise Lost ou<br />

My Dying Bride. Arranjos simples e melodias<br />

de guitarra solo bastante convincentes<br />

fazem com que este álbum surja como uma<br />

agradável surpresa. De tal forma que nos<br />

dá vontade de verificar o resto da já longa<br />

discografia da banda grega.<br />

IGNOMINIOUS<br />

“The Throne And The Altar”<br />

Hidden Marly Production<br />

Black metal hungaro<br />

poderá não ser uma<br />

grande referência<br />

mas os Ignominious<br />

até nem se dão nada<br />

mal. Após seis anos<br />

de silêncio sob a<br />

estreia "Death Walks<br />

Amongst Mortals",<br />

a banda apresenta o seu segundo álbum<br />

sobre a forma deste "The Throne And The<br />

Altar". Não surpreendendo na forma - black<br />

metal tipicamente escandinavo próprio<br />

do underground da década de noventa -<br />

acaba por cativar pelo seu entusiasmo e<br />

pela sua melodia, mesmo sem ter arranjos<br />

de teclados. Produção crua e uma certa<br />

mística que faz com que se ouça muito<br />

bem. Para quem procura uma viagem ao<br />

passado no seu black metal, este é um<br />

bom destino.<br />

[7.5/10] Fábio Pereira [8.7/10] Fernando Ferreira<br />

[7/10] Fernando Ferreira<br />

IN TORMENTATA QUIETE<br />

“Finestatico”<br />

My Kingdom Music<br />

Necrot são o<br />

puro Death <strong>Metal</strong><br />

oldschool em Pleno<br />

século 21. Puro e<br />

cru, completamente.<br />

Começa logo com<br />

o pedal duplo que,<br />

apontado a nós<br />

como uma pistola,<br />

<strong>of</strong>erece momentos de destruição aos<br />

nosso ouvidos. Os riffs são gordos e<br />

densos, como que criando uma sólida<br />

parede de som quase impossível de<br />

derrubar. A agressividade como palavra<br />

de ordem não é algo que nos tenha sido<br />

apresentado propriamente ontem. Ao<br />

longo que os minutos vão passando,<br />

somos confrontados com mais do mesmo,<br />

tornando difícil de digerir o álbum na sua<br />

totalidade.<br />

INTEGRAL<br />

“Resilience”<br />

Ghastly Music<br />

Quando referimos<br />

que o metalcore e o<br />

deathcore já pouco de<br />

novo têm a <strong>of</strong>erecer,<br />

são bandas como os<br />

Integral que nos dão<br />

razão. Não por evitarem<br />

os ditos géneros mas<br />

por os incorporarem<br />

com outros géneros,<br />

neste caso, o death metal técnico. Até julgamos<br />

que, sem ser <strong>of</strong>icialmente, o death metal<br />

técnico é a tábua de salvação do deathcore.<br />

Como generalizar é o ponto de partida para o<br />

preconceito, vamos continuar a analisar caso a<br />

caso. Os italianos Integral conseguem conciliar<br />

de forma perfeita breakdowns e solos de<br />

extrema inspiração, que fazem com que temas<br />

como "Collapsed Cubes" e "Mechanical Existence<br />

Construction" nos soem extremamente<br />

interessantes. Este é um daqueles álbuns que<br />

nos vemos a voltar muitas mais vezes no futuro<br />

- o que já diz muito do seu impacto.<br />

JOHN STEVEN MORGAN<br />

“Solo Piano Works”<br />

Dark Martha Records<br />

Bem pessoal da<br />

metalada pura e dura.<br />

Podem ir descansar.<br />

Não há aqui para nós. O<br />

resto do pessoal que até<br />

gosta de outras coisas<br />

podem permanecer<br />

que isto até é capaz de<br />

vos interessar. John<br />

Steven Morgan é um<br />

compositor e pianista conhecido no circuito de<br />

jazz. "Então e o que é que isto tem a ver com<br />

o mundo do metal?" Bem, o senhor também é<br />

compositor para o projecto Wreche, black metal<br />

experimental? Interessante, não? É como a<br />

música aqui. Pequenas peças ao piano, cruas<br />

e puras e bastante emocionais. Algo que ficaria<br />

bem num filme qualquer onde as relações e<br />

emoções fossem um dos grandes tópicos.<br />

O resultado é um álbum zen que sabe bem<br />

ouvir para limpar o sistema das toxicidades do<br />

quotidiano. E não, não é música para dormir.<br />

Acreditem.<br />

62<br />

[6/10] João Coutinho [8.4/10] Fernando Ferreira<br />

[8/10] Fernando Ferreira

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!