You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
SPACE VACATION<br />
“Sing The Night In Sorrow”<br />
Tee Pee Records<br />
Ao receber este trabalho<br />
Os Sweet Apple são<br />
fiquei curioso de o ouvir,<br />
uma congregação<br />
até porque já tinha tido<br />
de pessoal que faz<br />
feedback positivo desta<br />
boa música. Temos<br />
banda austríaca, mas<br />
J. Mascis (Dinosaur<br />
sinceramente nunca de<br />
Jr., Witch, Heavy<br />
me dei ao trabalho de<br />
Blanket), Tim Parnin<br />
tentar dar os devidos<br />
(Cobra Verde, Chuck<br />
créditos à mesma. Bom,<br />
então, o novo álbum<br />
Mosley), John Petkovic<br />
"Anywhere We Dare" traz as lendas legítimas e<br />
(Cobra Verde, Death<br />
pesadas austríacas de nome Speed Limit de volta <strong>of</strong> Samantha, Guided By Voices) e Dave<br />
aos circuitos do metal. Formados em 1979, em Sweetapple (Witch, Eerie, Dusty Skull). E como<br />
1994 s<strong>of</strong>reram o revés de uma paragem indefinida, se não bastasse, ainda temos Mark Lanegan<br />
mas em 2008, os pioneiros de metal melódico (Screaming Trees, Queens <strong>of</strong> the Stone Age),<br />
voltaram, e pelos vistos continuaram a <strong>of</strong>erecer Robert Pollard (Guided by Voices), Rachel<br />
qualidade nas suas musicas, violentos golpes de Haden (Haden Triplets) e Doug Gillard (Guided<br />
guitarra, que soam algo trabalhadas e s<strong>of</strong>isticadas, by Voices, Nada Surf) a participaram. E quase<br />
temperadas por emoções pr<strong>of</strong>undas nas linhas que chegámos ao final da review sem sidzer o<br />
vocais. Os cinco roqueiros oriundos do berço de que realmente temos. E o que temos? Rock.<br />
Mozart nunca perderam o seu foco, em variedade, Orgânico. Arraçado de folk. Arraçado de<br />
aspetos melódicos e harmonia, todos dentro de alternativo. Com vida e alma. Cru, visceral mas<br />
seu próprio estilo. Os verdadeiros fãs de metal vão com sensibilidade. Sweet Apple é mais que uma<br />
com toda a certeza ficar satisfeitos por "Anywhere<br />
super-banda. É uma super-banda que lança<br />
We Dare" ser a porta de retorno.<br />
super-discos. Este é o último deles. Vão ouvir.<br />
[10/10] Miguel Correia [8.5/10] Miguel Correia [8/10] Fernando Ferreira<br />
“Lost In The Black Divide”<br />
Pure Steel Records<br />
Heavy metal que<br />
nos faz recordar os<br />
anos 90 de Ozzy<br />
Osbourne. Este<br />
quarteto que conta<br />
na sua formação<br />
com o ex-guitarrista<br />
dos Vicious Rumors,<br />
Kiyoshi Morgan e<br />
o vocalista Scott Shapiro, reproduz um<br />
metal verdadeiro, rápido e melodioso...<br />
com influências de Enforcer e Skullfist<br />
Thin Lizzy, Iron Maiden e Diamond Head,<br />
para além do já referido Ozzy. As faixas são<br />
globalmente cheias de ritmo de guitarra e<br />
soam bem pesadas, mas os vocais soam<br />
um pouco AOR, limpas, mas seguras. Na<br />
minha opinião abusam das harmonias<br />
vocais, mas Stay Away, por exemplo traz<br />
uma mudança ao que globalmente se ouve<br />
no seu ritmo. Space Vacation...heavy metal<br />
como deve ser!<br />
SPEED LIMIT<br />
“Anywhere We Dare”<br />
Pure Steel Records<br />
SWEET APPLE<br />
TARANTIST<br />
“Not A Crime”<br />
Edição de Autor<br />
Mais uma capa<br />
tenebrosa. Como é<br />
possível levar a música<br />
a sério quando a capa<br />
mete medo à noite<br />
escura? A imagem não<br />
é tudo mas certamente<br />
ajuda e é um indicativo<br />
para o que podemos<br />
encontrar. Neste caso<br />
concreto temos uma espécie de rock/metal<br />
industrial com origem em Teerão, no Irão.<br />
Admiramos a perseverança da banda que tinha<br />
que tocar às escondidas e que passando o<br />
seu som de boca em boca começou a ganhar<br />
algum conhecimento além fronteiras e que os<br />
levou a irem para os E.U.A. onde encontraram<br />
outro tipo de problemas. No entanto, o som<br />
que apresentam, que é isso que interessa, não<br />
é nada atractivo. Não cativa, não inova e chega<br />
até a ser aborrecido. Consegue até ser pior do<br />
que aquilo que a capa sugere, o que à partida<br />
parece impossível.<br />
TEMPERANCE<br />
“Maschere”<br />
Maschere - A Night At The Theater<br />
Posso estar errado, mas é<br />
dos poucos registos ao vivo<br />
que ouço que foi gravado<br />
e ok, o que se recolheu<br />
e como se recolheu,<br />
assim fica, com todos os<br />
ingredientes de um concerto<br />
ao vivo! Os Temperance<br />
foram fundados em<br />
dezembro de 2013 e, desde<br />
então, ano após, os italianos<br />
lançaram três álbuns completos e permanecem bastante<br />
ativos, chegando a partilhar inclusive os palcos com<br />
nomes como Within Temptation, Rhapsody de Luca<br />
Turilli e Nightwish e por aqui já dá para entender<br />
a veio musical que influência estes italianos. Com<br />
um excelente som, que não é de modo algum inferior<br />
às produções realizadas em estúdio, e onde a voz de<br />
Chiara Tricarico prova ao vivo soa tão poderosa e clara<br />
- e também pode lidar com notas extremas com facilidade.<br />
Além disso, os instrumentos e os vocais são misturados<br />
habilmente com as cordas e o coro ampliando<br />
ainda mais o som. O resultado é realmente fascinante e<br />
envolvente, desde que se goste do género que o quarteto<br />
interpreta. Tudo está perfeitamente gravado, com<br />
sons completos, poderosos e claros. A execução está em<br />
níveis muito bons.<br />
[3/10] Fernando Ferreira [8/10] Miguel Correia<br />
TERRIBLE OLD MAN<br />
“Fungi From Yuggoth”<br />
Edição de autor<br />
H.P. Lovecraft!!!<br />
Quem se recorda?<br />
Ok, esta famoso<br />
escritor foi a fonte<br />
de inspiração deste<br />
segundo trabalho<br />
dos TOM. Todas as<br />
faixas são baseadas<br />
no mesmo ciclo de<br />
poemas de H.P. Lovecraft acompanhados<br />
de um som heavy metal de boa qualidade<br />
atraente e poderoso e com passagens<br />
bem sombrias e tensas! O álbum até que<br />
é divertido de ouvir, lá está, parafraseando<br />
assuntos místicos-melodramáticos, que<br />
num todo acaba por ser bem-sucedido,<br />
mesmo que não seja nada de inovador.<br />
[7.5/10] Miguel Correia<br />
THE HAUNTED<br />
“Strength In Numbers”<br />
Century Media Records<br />
Depois de toda<br />
a confusão com<br />
os The Haunted,<br />
parece que as<br />
coisas voltaram a<br />
entrar nos eixos.<br />
"Exit Wounds" foi<br />
um bom regresso mas não convenceu<br />
todos os que tinham presenciado a<br />
cisão que houve no seio da banda.<br />
Quatro anos já passaram desde a<br />
confusão e três desde o álbum de<br />
regresso. E "Strength In Numbers"<br />
coloca um ponto final em tudo<br />
isso definitivamente. É certo que<br />
pega na fórmula do disco anterior<br />
e apenas a aperfeiço-a. Para quem<br />
estava habituado a ter discos da<br />
banda diferentes, este poderá ser<br />
uma desilusão. No entanto, em<br />
compensação temos um grande<br />
álbum que não cansa ouvir. Grandes<br />
riffs, Marco Aro em excelente forma<br />
e boas músicas que nos vemos a<br />
fazer headbang ao vivo - "Tighten The<br />
Noose" é definitivamente uma delas.<br />
"Strength In Numbers" pode ser visto<br />
como uma oportunidade perdida ou<br />
como um grande álbum. No nosso<br />
caso, optamos pela segunda.<br />
[8.3/10] Fernando Ferreira<br />
THE HIRSCH EFFEKT<br />
“Eskapist”<br />
Long Branch Records / SPV<br />
A matemática nunca foi o<br />
nosso forte. Admitimos<br />
a sua importância num<br />
mundo cada vez mais<br />
informatizado, mas<br />
sinceramente nunca<br />
nos cativou o suficiente.<br />
Talvez seja o nosso<br />
espírito preguiçoso<br />
mas a verdade é que é<br />
muita confusão para a nossa cabeça. E foi essa<br />
a primeira impressão com este trabalho dos<br />
alemães The Hirsch Effekt, "Eskapist". Há por<br />
aqui aquele espírito endiabrado do mathcore que<br />
já reconhecemos em bandas como The Dillinger<br />
Escape Plan, mas "Eskapist" traz- nos mais do<br />
que apenas mathcore. Traz-nos ambiência,<br />
capacidade de cativar com padrões reconhecíveis<br />
e traz-nos canções, que são mais do que<br />
espasmos e contracções de cinco em cinco<br />
segundos cujo objectivo é desafiar o ouvinte.<br />
O efeito é positivo e faz com que digamos com<br />
orgulho que gostamos de mathcore. Mesmo<br />
sendo preguiçosos.<br />
[7.8/10] Fernando Ferreira<br />
71