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seja o festival especial que é.<br />
groove foi contagiante. Diferente do esperado mas<br />
por isso mesmo adoravelmente viciante. Boa surpresa<br />
para o público presente.<br />
Oathbreaker<br />
E foi neste momento em que a coisa descambou.<br />
O atraso que se ia acumulando de alguns minutos<br />
superou a hora quando os Oathbreaker se preparavam<br />
para subir ao palco. Um soundcheck para lá de<br />
demorado - dolorosamente demorado - fez com que<br />
o público estivesse em peso a aguardar pelo início<br />
da actuação enquanto assistia ao soundcheck. O que<br />
nos leva a uma questão... as coisas já estão atrasadas,<br />
o público está todo presente. Então... porquê sair do<br />
palco? Sabemos que faz parte do espectáculo mas<br />
mesmo assim... Em relação à actuação propriamente<br />
dita e tirando alguns problemas de som que apesar do<br />
longo soudcheck teimaram em persistir, foi sublime.<br />
Em excelente forma e com um som desconcertante<br />
na forma como fundem black metal, shogaze e o<br />
pós-metal mais caótico, sem dúvida um dos grandes<br />
concertos deste primeiro dia.<br />
Amenra<br />
Hora de voltar ao palco Sabotage e mais um atraso<br />
gigantesco ao que já tinha sido angariado até então.<br />
Era a vez dos Amenra e compreendemos que o som<br />
estivesse que estar perfeito, no entanto, esta demora só<br />
fez com que o público e as bandas seguintes saíssem<br />
prejudicadas. Claro que tudo isso ficou esquecido<br />
quando mais estes membros da temível Church Of<br />
Ra subiram ao palco. Se o apocalipse interior tivesse<br />
alguma banda-sonora, forçosamente teria de passar<br />
por temas como "The Pain It Is Shapeless" e "Am<br />
Kreuz".<br />
Wildnorthe<br />
Zarco<br />
Os Zarco subiram ao palco Tejo e começaram por<br />
agradecer aos Oathbreaker (provavelmente de forma<br />
irónica) antes de começar a debitar o seu rock próximo<br />
do punk e colorido por uma harmónica endiabrada e<br />
por grandes solos de guitarra, onde o ritmo cheio de<br />
A partir daqui foi somar atraso atrás de atraso. Se de<br />
um lado (palco Sabotage) o soundcheck demorava, do<br />
outro (palco Tejo) as bandas demoravam a começar<br />
as suas actuações de forma incompreensível. A boa<br />
música foi a constante que nos deu força perante o<br />
desânimo e cansaço que era crescente. Como foi o<br />
caso dos Wildnorthe, um duo lisboeta que toca um<br />
darkwave bem clássico, a relembrar o som da vanguarda<br />
da década de oitenta. A sonoridade talvez soa-se<br />
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