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World_of_Metal__Outubro_2017

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RUBY THE HATCHET<br />

“Planetary Space”<br />

Tee Pee Records<br />

Sabem aquele feeling<br />

orgânico que a<br />

música da década de<br />

setenta tem? Aquele<br />

feeling mágico, onde<br />

temos mais do que<br />

instrumentos a serem<br />

tocados. Em que temos<br />

sensações a serem<br />

transmitidas. É esse<br />

feeling que temos aqui, para aliar ao facto de<br />

temas como "Killer" e Symphony Of The Night"<br />

serem autênticas naves espaciais, tal não é o<br />

seu poder nos transportar para outro mundo.<br />

O (hard) rock psicadélico tem tendência a ser<br />

extravagante e a afastar as pessoas com a mente<br />

mais fechada, mas no caso dos Ruby Hatchet<br />

temos uma série de ganchos que nos puxam<br />

logo desde riffs que soam a clássico assim<br />

como a voz de Jillian Taylor que ainda dá um ar<br />

mais místico à coisa. Um álbum hipnótico.<br />

SATYRICON<br />

“Deep Calleth Upon Deep”<br />

Napalm Records<br />

Os Satyricon vão ser sempre<br />

um dos nomes<br />

grandes do black<br />

metal, mesmo que<br />

andem afastados<br />

do género há<br />

quase vinte anos.<br />

A banda de Satyr e Frost não desvia<br />

do caminho que tem feito nos últimos<br />

anos. E isto significa que sim, é um<br />

passo em frente e não o tão ansiado<br />

regresso às raízes por alguns fãs.<br />

Ainda assim, é capaz de ser o álbum<br />

dos últimos anos onde temos alguns<br />

riffs que relembram os primeiros<br />

tempos mas sem fugir ao que são<br />

actualmente. E o que é que são<br />

actualmente? É difícil de explicar. Não<br />

é o black n'roll de "Volcano" e nem é os<br />

ambientes industrializados do "Rebel<br />

Extravaganza", não é taxativamente<br />

algo que a banda já tenha feito mas<br />

soa exactamente ao que esperaríamos<br />

por parte da banda. Produção bem<br />

orgânica - faz-nos sentir que estamos<br />

a ouvir o ensaio da banda - e músicas<br />

que não entram à primeira mas<br />

deixam o bichinho para que voltemos<br />

a elas não muito mais tarde. Desde os<br />

toques de sax na "Dissonant" até às<br />

estruturas mais progressivas de "To<br />

Your Brethren In The Dark", este é um<br />

álbum que mostra os Satyricon como<br />

uma entidade viva e capaz de progredir.<br />

Mesmo que essa progressão não seja<br />

imediatamente apelativa.<br />

SANGUE NERO<br />

“Viscere”<br />

Third-I-Rex<br />

[7/10] Fábio Pereira<br />

SATELLITE MODE<br />

“Wild Excuses”<br />

Edição de Autor<br />

Da Toscânia cheganos<br />

o Black <strong>Metal</strong><br />

Os Satellite Mode<br />

são um duo invulgar<br />

de aparecer aqui nas<br />

experimental e<br />

páginas da <strong>World</strong> Of<br />

caótico dos Sangue<br />

<strong>Metal</strong>. A sua sonoridade<br />

encaixa-se no indie<br />

Nero. Lançado no<br />

pop/rock, com ênfase<br />

decorrer do mês<br />

no pop. Ainda assim<br />

de Julho de <strong>2017</strong>,<br />

a forma invulgar e<br />

atractiva com que<br />

Viscere insere-se no que podemos designar conseguem tornar músicas (aparentemente)<br />

como a vertente melódica do Black <strong>Metal</strong>, descartáveis memoráveis não deixa de<br />

mas associada a uma experimentação nos impressionar. Apesar de ser acessível,<br />

duvidamos que este seja um trabalho que<br />

de ritmos e variações sonoras capazes chegue às rádios, já que toda a genialidade<br />

de criar uma atmosfera tensa, instável e parece passar ao lado de tudo o que é<br />

capaz de suscitar um certo temor na sua mainstream - esperamos estar errados, claro.<br />

Apesar dos originais se colarem na cabeça,<br />

audição. O caos sonoro recorre muito a é a emocional versão da "Wicked Game",<br />

ritmos alucinantes de tremolo na guitarra original de Chris Isakk, que realmente brilha,<br />

e a blast beats desenfreados, em conjunto principalmente pela voz de Jess Carvo. Alma.<br />

Se quiserem ver como é ouvir alma a cantar,<br />

com uma proposta vocal completamente peguem nisto meus amigos.<br />

rasgada e visceral, que mantém também<br />

[8.5/10] Fernando Ferreira ela um ritmo intenso.<br />

[8.8/10] Fernando Ferreira<br />

Abordando temas relacionados com o<br />

misticismo, magia e o próprio caos em<br />

si, Viscere é uma proposta que incorpora SECRET RULE<br />

elementos do tradicional Black <strong>Metal</strong>,<br />

“The Key To The <strong>World</strong>”<br />

mais cru e rasgado, com outros mais<br />

Pride & Joy Music<br />

modernos, como a produção e a forma<br />

Os Secret Rule foram<br />

como vai experimentando recorrer a<br />

formados no início de<br />

mudanças de ritmo, seja na velocidade<br />

2014 com a intenção de<br />

se criar um som especial<br />

e no peso, que transformam este longa<br />

com ritmos poderosos<br />

duração dos Sangue Nero em algo<br />

e melodias cativantes.<br />

mais difícil de assimilar numa única<br />

A banda é liderada pela<br />

poderosa voz de Angela<br />

audição. A incorporação de alguns<br />

Di Vincenzo (Kyla Moyl) e<br />

instrumentos e sonoridades tribais, como<br />

pelo guitarrista principal<br />

Andy Menario (Martiria), que é conhecimdo por<br />

o didjeridu, associada à nova vaga do ter trabalhado com grandes nomes como Vinny<br />

experimentalismo no Black <strong>Metal</strong>, podem Appice (Black Sabbath, Dio), Jeff Pilson (Dokken,<br />

Foreigner) e Carlos Cavazo (Quiet Riot). O line-up<br />

facilitar a que o novo trabalho dos italianos é fechado pelo baixista Michele Raspanti (Graal) e<br />

possa ter algum sucesso e ser descoberto pelo baterista Nicola Corrente (Enemynside, Stick<br />

por vários ouvintes.<br />

the out, Starkiller Sound).O novo álbum "The Key<br />

to the <strong>World</strong>" será lançado pela Pride & Joy Music<br />

em 10 de novembro de <strong>2017</strong>. Henrik Klingenberg<br />

(Sonata Arctica) e conta com dois novos Henning<br />

Basse (Firewind e MaYan) e Ailyn Giménez (ex<br />

Sirenia) e será pelo que nos foi dado a ouvir mais<br />

um momento incrível bem, com uma composição<br />

muito cativante, cheia de elementos rock prog,<br />

góticos e power metal bem poderosos para os<br />

nossos ouvidos!<br />

[7.5/10] Fernando Ferreira<br />

SCANNER<br />

“The Galactos Tapes”<br />

Massacre Records<br />

Depois das reedições<br />

que os Scanner<br />

tiveram no passado<br />

ano, temos agora para<br />

comemorar o trigésimo<br />

aniversário da banda,<br />

esta "The Galactos<br />

Tapes" que consiste<br />

numa compilação que<br />

abrange seis álbuns de<br />

originais e que está divida entre 2 CDs. De um<br />

lado (ou seja no primeiro CD) temos músicas<br />

escolhidas pelos fãs da banda, retiradas da sua<br />

discografia. Do outro temos o segundo CD que<br />

nos traz uma série de clássicos regravados<br />

pela banda pelo actual vocalista (que já está na<br />

banda há mais de uma década). O resultado é<br />

uma colecção essencial para tanto se introduzir<br />

ao som da banda como para velhos fãs. E as<br />

regravações são uma actualização bem vinda<br />

ao seu som de metal clássico já vintage. É a<br />

excepção que comprova a regra e que nos diz<br />

que esta compilação é recomendada.<br />

[8/10] Fernando Ferreira<br />

SECRET SPHERE<br />

“The Nature Of Time”<br />

Frontiers Records<br />

[9/10] Miguel Correia<br />

Passado é isso mesmo,<br />

passado e começo a<br />

falar dos Secret Sphere,<br />

desta forma porque<br />

nunca foram um abanda<br />

muito reconhecida no<br />

panorama metal mundial!<br />

Os motivos? Não sei,<br />

nem é o importante, se<br />

a banda teve a sua quota<br />

de culpa, com “The Nature Of Time” parece terem<br />

aprendido os erros e demonstram capacidade em<br />

se relançar e reclamar pela devida oportunidade.<br />

Trabalho muito ambicioso, numa linha power<br />

metal, rock progressivo, com elementos sinfónicos<br />

bem presentes e totalmente cheio de confiança.<br />

Demonstram uma habilidade nata na conjugação<br />

e equilíbrio dos estilos utilizados, nunca soando<br />

esgotados, parece que estamos sempre a descobrir<br />

pequenos pontos ao longo de todo o trabalho,<br />

que nos prendem na audição. A produção, ajuda<br />

em muito, resultando num punhado de musicas<br />

memoráveis, com arranjos dramáticos, melódicos<br />

e muito técnico. Candidato a álbum favorito de<br />

power metal deste ano de <strong>2017</strong>!<br />

[9/10] Miguel Correia<br />

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