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RUBY THE HATCHET<br />
“Planetary Space”<br />
Tee Pee Records<br />
Sabem aquele feeling<br />
orgânico que a<br />
música da década de<br />
setenta tem? Aquele<br />
feeling mágico, onde<br />
temos mais do que<br />
instrumentos a serem<br />
tocados. Em que temos<br />
sensações a serem<br />
transmitidas. É esse<br />
feeling que temos aqui, para aliar ao facto de<br />
temas como "Killer" e Symphony Of The Night"<br />
serem autênticas naves espaciais, tal não é o<br />
seu poder nos transportar para outro mundo.<br />
O (hard) rock psicadélico tem tendência a ser<br />
extravagante e a afastar as pessoas com a mente<br />
mais fechada, mas no caso dos Ruby Hatchet<br />
temos uma série de ganchos que nos puxam<br />
logo desde riffs que soam a clássico assim<br />
como a voz de Jillian Taylor que ainda dá um ar<br />
mais místico à coisa. Um álbum hipnótico.<br />
SATYRICON<br />
“Deep Calleth Upon Deep”<br />
Napalm Records<br />
Os Satyricon vão ser sempre<br />
um dos nomes<br />
grandes do black<br />
metal, mesmo que<br />
andem afastados<br />
do género há<br />
quase vinte anos.<br />
A banda de Satyr e Frost não desvia<br />
do caminho que tem feito nos últimos<br />
anos. E isto significa que sim, é um<br />
passo em frente e não o tão ansiado<br />
regresso às raízes por alguns fãs.<br />
Ainda assim, é capaz de ser o álbum<br />
dos últimos anos onde temos alguns<br />
riffs que relembram os primeiros<br />
tempos mas sem fugir ao que são<br />
actualmente. E o que é que são<br />
actualmente? É difícil de explicar. Não<br />
é o black n'roll de "Volcano" e nem é os<br />
ambientes industrializados do "Rebel<br />
Extravaganza", não é taxativamente<br />
algo que a banda já tenha feito mas<br />
soa exactamente ao que esperaríamos<br />
por parte da banda. Produção bem<br />
orgânica - faz-nos sentir que estamos<br />
a ouvir o ensaio da banda - e músicas<br />
que não entram à primeira mas<br />
deixam o bichinho para que voltemos<br />
a elas não muito mais tarde. Desde os<br />
toques de sax na "Dissonant" até às<br />
estruturas mais progressivas de "To<br />
Your Brethren In The Dark", este é um<br />
álbum que mostra os Satyricon como<br />
uma entidade viva e capaz de progredir.<br />
Mesmo que essa progressão não seja<br />
imediatamente apelativa.<br />
SANGUE NERO<br />
“Viscere”<br />
Third-I-Rex<br />
[7/10] Fábio Pereira<br />
SATELLITE MODE<br />
“Wild Excuses”<br />
Edição de Autor<br />
Da Toscânia cheganos<br />
o Black <strong>Metal</strong><br />
Os Satellite Mode<br />
são um duo invulgar<br />
de aparecer aqui nas<br />
experimental e<br />
páginas da <strong>World</strong> Of<br />
caótico dos Sangue<br />
<strong>Metal</strong>. A sua sonoridade<br />
encaixa-se no indie<br />
Nero. Lançado no<br />
pop/rock, com ênfase<br />
decorrer do mês<br />
no pop. Ainda assim<br />
de Julho de <strong>2017</strong>,<br />
a forma invulgar e<br />
atractiva com que<br />
Viscere insere-se no que podemos designar conseguem tornar músicas (aparentemente)<br />
como a vertente melódica do Black <strong>Metal</strong>, descartáveis memoráveis não deixa de<br />
mas associada a uma experimentação nos impressionar. Apesar de ser acessível,<br />
duvidamos que este seja um trabalho que<br />
de ritmos e variações sonoras capazes chegue às rádios, já que toda a genialidade<br />
de criar uma atmosfera tensa, instável e parece passar ao lado de tudo o que é<br />
capaz de suscitar um certo temor na sua mainstream - esperamos estar errados, claro.<br />
Apesar dos originais se colarem na cabeça,<br />
audição. O caos sonoro recorre muito a é a emocional versão da "Wicked Game",<br />
ritmos alucinantes de tremolo na guitarra original de Chris Isakk, que realmente brilha,<br />
e a blast beats desenfreados, em conjunto principalmente pela voz de Jess Carvo. Alma.<br />
Se quiserem ver como é ouvir alma a cantar,<br />
com uma proposta vocal completamente peguem nisto meus amigos.<br />
rasgada e visceral, que mantém também<br />
[8.5/10] Fernando Ferreira ela um ritmo intenso.<br />
[8.8/10] Fernando Ferreira<br />
Abordando temas relacionados com o<br />
misticismo, magia e o próprio caos em<br />
si, Viscere é uma proposta que incorpora SECRET RULE<br />
elementos do tradicional Black <strong>Metal</strong>,<br />
“The Key To The <strong>World</strong>”<br />
mais cru e rasgado, com outros mais<br />
Pride & Joy Music<br />
modernos, como a produção e a forma<br />
Os Secret Rule foram<br />
como vai experimentando recorrer a<br />
formados no início de<br />
mudanças de ritmo, seja na velocidade<br />
2014 com a intenção de<br />
se criar um som especial<br />
e no peso, que transformam este longa<br />
com ritmos poderosos<br />
duração dos Sangue Nero em algo<br />
e melodias cativantes.<br />
mais difícil de assimilar numa única<br />
A banda é liderada pela<br />
poderosa voz de Angela<br />
audição. A incorporação de alguns<br />
Di Vincenzo (Kyla Moyl) e<br />
instrumentos e sonoridades tribais, como<br />
pelo guitarrista principal<br />
Andy Menario (Martiria), que é conhecimdo por<br />
o didjeridu, associada à nova vaga do ter trabalhado com grandes nomes como Vinny<br />
experimentalismo no Black <strong>Metal</strong>, podem Appice (Black Sabbath, Dio), Jeff Pilson (Dokken,<br />
Foreigner) e Carlos Cavazo (Quiet Riot). O line-up<br />
facilitar a que o novo trabalho dos italianos é fechado pelo baixista Michele Raspanti (Graal) e<br />
possa ter algum sucesso e ser descoberto pelo baterista Nicola Corrente (Enemynside, Stick<br />
por vários ouvintes.<br />
the out, Starkiller Sound).O novo álbum "The Key<br />
to the <strong>World</strong>" será lançado pela Pride & Joy Music<br />
em 10 de novembro de <strong>2017</strong>. Henrik Klingenberg<br />
(Sonata Arctica) e conta com dois novos Henning<br />
Basse (Firewind e MaYan) e Ailyn Giménez (ex<br />
Sirenia) e será pelo que nos foi dado a ouvir mais<br />
um momento incrível bem, com uma composição<br />
muito cativante, cheia de elementos rock prog,<br />
góticos e power metal bem poderosos para os<br />
nossos ouvidos!<br />
[7.5/10] Fernando Ferreira<br />
SCANNER<br />
“The Galactos Tapes”<br />
Massacre Records<br />
Depois das reedições<br />
que os Scanner<br />
tiveram no passado<br />
ano, temos agora para<br />
comemorar o trigésimo<br />
aniversário da banda,<br />
esta "The Galactos<br />
Tapes" que consiste<br />
numa compilação que<br />
abrange seis álbuns de<br />
originais e que está divida entre 2 CDs. De um<br />
lado (ou seja no primeiro CD) temos músicas<br />
escolhidas pelos fãs da banda, retiradas da sua<br />
discografia. Do outro temos o segundo CD que<br />
nos traz uma série de clássicos regravados<br />
pela banda pelo actual vocalista (que já está na<br />
banda há mais de uma década). O resultado é<br />
uma colecção essencial para tanto se introduzir<br />
ao som da banda como para velhos fãs. E as<br />
regravações são uma actualização bem vinda<br />
ao seu som de metal clássico já vintage. É a<br />
excepção que comprova a regra e que nos diz<br />
que esta compilação é recomendada.<br />
[8/10] Fernando Ferreira<br />
SECRET SPHERE<br />
“The Nature Of Time”<br />
Frontiers Records<br />
[9/10] Miguel Correia<br />
Passado é isso mesmo,<br />
passado e começo a<br />
falar dos Secret Sphere,<br />
desta forma porque<br />
nunca foram um abanda<br />
muito reconhecida no<br />
panorama metal mundial!<br />
Os motivos? Não sei,<br />
nem é o importante, se<br />
a banda teve a sua quota<br />
de culpa, com “The Nature Of Time” parece terem<br />
aprendido os erros e demonstram capacidade em<br />
se relançar e reclamar pela devida oportunidade.<br />
Trabalho muito ambicioso, numa linha power<br />
metal, rock progressivo, com elementos sinfónicos<br />
bem presentes e totalmente cheio de confiança.<br />
Demonstram uma habilidade nata na conjugação<br />
e equilíbrio dos estilos utilizados, nunca soando<br />
esgotados, parece que estamos sempre a descobrir<br />
pequenos pontos ao longo de todo o trabalho,<br />
que nos prendem na audição. A produção, ajuda<br />
em muito, resultando num punhado de musicas<br />
memoráveis, com arranjos dramáticos, melódicos<br />
e muito técnico. Candidato a álbum favorito de<br />
power metal deste ano de <strong>2017</strong>!<br />
[9/10] Miguel Correia<br />
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