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World_of_Metal__Outubro_2017

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KASHGAR MONSTER MAGNET MONSTER MAGNET<br />

“Kashgar ” “Tab“ “Spine Of God”<br />

Symbol Of Domination Prod. Napalm Records Napalm Records<br />

O metal flui das mais<br />

"Tab" foi lançado<br />

Reedição do primeiro<br />

diversas localizações.<br />

antes de "Spine Of<br />

álbum dos Monster<br />

Os Kashgar<br />

God", o segundo<br />

Magnet, uma banda<br />

apareceram no mapa<br />

EP da banda e<br />

que mesmo sem<br />

do metal com o seu<br />

que é ainda mais<br />

ter hoje em dia a<br />

álbum de estreia autointitulado<br />

e lançado<br />

a estreia que<br />

que teve anos atrás<br />

aventureiro que<br />

expressão comercial<br />

originalmente o ano<br />

seria lançada no<br />

não deixa de ter o seu<br />

valor. No que nos diz<br />

passado. A banda<br />

mesmo ano, 1991,<br />

respeito, o seu início de carreira sempre nos<br />

surge do Quirguistão ou República Quirguiz e aqui nesta revista analisado. Aos três<br />

pareceu mais interessante quando a banda<br />

que não é dos sítios mais esperados para temas originais junta-se "Spine Of God" tinha um forte cheiro a rock psicadélico. É<br />

se ter metal extremo. Uma mistura entre o registado ao vivo. Tal como o álbum de precisamente esse ponto que faz com que o<br />

death metal (em termos instrumentais) e o estreia, este é um EP que soa a álbum e interesse neste álbum seja redobrado. Aquela<br />

black metal (em termos de abordagem) o que tem uma qualidade bem acima da "Black Mastermind" é uma viagem para fora<br />

som da banda nota-se precisar claramente média. Principalmente o primeiro tema, deste sistema solar, daquelas que até dá<br />

de amadurecer, mas para um primeiro tema-título, que nos embala por mais de gosto, mas não é o único tema que tem esse<br />

trabalho, o resultado é sem dúvida positivo. meia hora. Não é para todos, mas é sem efeito. Esta reedição traz uma versão demo<br />

Falta talvez alguma dinâmica acrescida aos dúvida um trabalho arrojado e um clássico do tema "Ozium" e é uma boa forma de reapresentar<br />

o passado ilustre da banda a uma<br />

temas para assegurar que resultados ainda intemporal que recomendamos que esteja<br />

superiores mas o que apresentam aqui não na audioteca de todo o fã de música que nova geração de fãs.<br />

os envergonha em nada.<br />

se preze.<br />

[6.6/10] Fernando Ferreira [9.5/10] Fernando Ferreira<br />

[9/10] Filipe Ferreira<br />

NETHERBIRD<br />

“The Ghost Collector”<br />

Black Lodge Records<br />

"(...) passamos por<br />

fases variadas, onde<br />

ora temos uma<br />

vibe viking, épica,<br />

guerreira, ora temos<br />

uma atmosfera<br />

mais sinistra e<br />

ameaçadora e<br />

orelhuda, de riffs<br />

mais austeros e orquestrações com cheiro<br />

a gótico (...)". Estas palavras, usadas<br />

na review feita ao ultimo trabalho dos<br />

Netherbird - a compilação Hymns From<br />

Realms Yonder - servem de bom mote para<br />

a presente apreciação ao álbum debutante<br />

destes suecos. E porquê? Porque basta<br />

ouvir as primeiras notas de The Ghost<br />

Collector para perceber que este primeiro<br />

álbum cai directamente na última categoria<br />

referenciada na citação.<br />

Lançado em 2004, numa altura em que o<br />

Black <strong>Metal</strong> melódico já estava mais que<br />

batido no mundo do <strong>Metal</strong>, este The Ghost<br />

Collector é um trabalho bastante genérico,<br />

caracterizado por um pretensiosismo<br />

e de uma ingenuidade tão própria<br />

daquelas bandas do Black <strong>Metal</strong> que se<br />

pautavam pelos tiques melodramáticos<br />

característicos de um filme de terror da<br />

Hammer e orquestrações repletas de<br />

elementos clássicos e que fizeram deste<br />

um estilo tão popular, de onde brotaram<br />

milhentas bandas que procuraram (e<br />

raramente conseguiram) pegar na fórmula<br />

dos Cradle <strong>of</strong> Filth, Dimmu Borgir ou Old<br />

Man's Child e elevá-la a novos patamares,<br />

acabando assim por cair numa imensidão<br />

de nada.<br />

Tivesse este álbum sido lançado 10-15<br />

anos antes e estaríamos a falar de uma<br />

"quasi-masterpiece". Como não foi, cai<br />

na dualidade de ser considerado, por<br />

uns, um álbum com cheiro a azeite ou,<br />

por outros, um álbum de Black <strong>Metal</strong><br />

melódico bastante apreciável. Acontece<br />

que pertenço à segunda estirpe.<br />

[7.2/10] Jaime Nôro<br />

RAPTORE<br />

“Rage 'N' Fever”<br />

Witches Brew<br />

A Argentina sempre<br />

demonstrou ter uma<br />

devoção ao heavy<br />

metal clássico e<br />

tradicional admirável<br />

mesmo que nunca<br />

tenha apresentado<br />

propostas capazes<br />

de cruzar as próprias<br />

fronteiras de forma convincente, tirando<br />

algumas honrosas excepções. Os Raptore<br />

apresentam neste álbum de estreia motivos<br />

para contrariar esta tendência com um<br />

heavy metal cru, vitaminado e cheio de<br />

tomates que é impossível de ignorar. Não<br />

é perfeito - e uma das imperfeições que<br />

encontramos é alguma falta de dinâmica<br />

entre alguns temas que soam demasiado<br />

semelhantes - mas sem dúvida que é tudo<br />

aquilo que o heavy metal precisa para<br />

continuar fiel a si próprio.<br />

V/A<br />

“Return Of The Mountain King - A Tribute to Savatage”<br />

Underground Symphony<br />

[9/10] Fernando Ferreira<br />

Como já dissemos<br />

muitas vezes<br />

antes. Gostamos<br />

de covers. Como<br />

consequência,<br />

gostamos de<br />

álbuns de covers.<br />

Provavelmente não estão recordados<br />

mas cerca de dezoito anos atrás, os<br />

álbuns de covers tornaram-se uma<br />

praga. Pequenas editoras aproveitavam<br />

essa forma mais barata de fazer<br />

alguns cobres - houve uma até que se<br />

especializou nela (a Dwell Records). A<br />

febre acabou por se comer a ela própria<br />

com bandas desconhecidas a fazerem<br />

versões manhosas de clássicos das<br />

bandas em questão. É tendo isto em<br />

SUTEKH HEXEN/BLSPHM<br />

“Split”<br />

Sentient Ruin Laboratories<br />

Originalmente<br />

lançado em 2014,<br />

em cassete, este EP<br />

é a prova de como<br />

o black metal se<br />

pode apresentar<br />

das mais diversas<br />

formas e feitios.<br />

Claro que não era<br />

preciso apresentar formas disso mas é<br />

apenas uma forma de dizer que este split<br />

junta duas entidades que têm abordagens<br />

distintas ao género mas ainda assim<br />

similares na forma como transcendem as<br />

fronteiras. De um lado os Sutekh Hexen,<br />

com uma abordagem caótica e barulhenta.<br />

De outra os BLSPHM, com um feeling<br />

mais industrial e que chegam até a cruzar<br />

o drone. O resultado? Um vinil que devem<br />

adquirir se são fãs do experimentalismo na<br />

música extrema.<br />

[8/10] Fernando Ferreira<br />

conta que começamos e acabamos com<br />

esta análise a "Return Of The Mountain<br />

King - A Tribute to Savatage". Com uma<br />

série de bandas desconhecidas italianas<br />

e norte-americanas (exceptuando pelos<br />

Cage, o único nome que se destaca<br />

aqui) as versões até poderiam ser algo<br />

memoráveis mas não o são. É o típico<br />

caso em que o nosso amor às versões<br />

foi posto à prova. E levou uma tareia<br />

descomunal. Ter um álbum de versões<br />

em que a sua melhor qualidade é fazernos<br />

ouvir o original não é propriamente<br />

um investimento recomendado<br />

[4/10] Fernando Ferreira<br />

77

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