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KASHGAR MONSTER MAGNET MONSTER MAGNET<br />
“Kashgar ” “Tab“ “Spine Of God”<br />
Symbol Of Domination Prod. Napalm Records Napalm Records<br />
O metal flui das mais<br />
"Tab" foi lançado<br />
Reedição do primeiro<br />
diversas localizações.<br />
antes de "Spine Of<br />
álbum dos Monster<br />
Os Kashgar<br />
God", o segundo<br />
Magnet, uma banda<br />
apareceram no mapa<br />
EP da banda e<br />
que mesmo sem<br />
do metal com o seu<br />
que é ainda mais<br />
ter hoje em dia a<br />
álbum de estreia autointitulado<br />
e lançado<br />
a estreia que<br />
que teve anos atrás<br />
aventureiro que<br />
expressão comercial<br />
originalmente o ano<br />
seria lançada no<br />
não deixa de ter o seu<br />
valor. No que nos diz<br />
passado. A banda<br />
mesmo ano, 1991,<br />
respeito, o seu início de carreira sempre nos<br />
surge do Quirguistão ou República Quirguiz e aqui nesta revista analisado. Aos três<br />
pareceu mais interessante quando a banda<br />
que não é dos sítios mais esperados para temas originais junta-se "Spine Of God" tinha um forte cheiro a rock psicadélico. É<br />
se ter metal extremo. Uma mistura entre o registado ao vivo. Tal como o álbum de precisamente esse ponto que faz com que o<br />
death metal (em termos instrumentais) e o estreia, este é um EP que soa a álbum e interesse neste álbum seja redobrado. Aquela<br />
black metal (em termos de abordagem) o que tem uma qualidade bem acima da "Black Mastermind" é uma viagem para fora<br />
som da banda nota-se precisar claramente média. Principalmente o primeiro tema, deste sistema solar, daquelas que até dá<br />
de amadurecer, mas para um primeiro tema-título, que nos embala por mais de gosto, mas não é o único tema que tem esse<br />
trabalho, o resultado é sem dúvida positivo. meia hora. Não é para todos, mas é sem efeito. Esta reedição traz uma versão demo<br />
Falta talvez alguma dinâmica acrescida aos dúvida um trabalho arrojado e um clássico do tema "Ozium" e é uma boa forma de reapresentar<br />
o passado ilustre da banda a uma<br />
temas para assegurar que resultados ainda intemporal que recomendamos que esteja<br />
superiores mas o que apresentam aqui não na audioteca de todo o fã de música que nova geração de fãs.<br />
os envergonha em nada.<br />
se preze.<br />
[6.6/10] Fernando Ferreira [9.5/10] Fernando Ferreira<br />
[9/10] Filipe Ferreira<br />
NETHERBIRD<br />
“The Ghost Collector”<br />
Black Lodge Records<br />
"(...) passamos por<br />
fases variadas, onde<br />
ora temos uma<br />
vibe viking, épica,<br />
guerreira, ora temos<br />
uma atmosfera<br />
mais sinistra e<br />
ameaçadora e<br />
orelhuda, de riffs<br />
mais austeros e orquestrações com cheiro<br />
a gótico (...)". Estas palavras, usadas<br />
na review feita ao ultimo trabalho dos<br />
Netherbird - a compilação Hymns From<br />
Realms Yonder - servem de bom mote para<br />
a presente apreciação ao álbum debutante<br />
destes suecos. E porquê? Porque basta<br />
ouvir as primeiras notas de The Ghost<br />
Collector para perceber que este primeiro<br />
álbum cai directamente na última categoria<br />
referenciada na citação.<br />
Lançado em 2004, numa altura em que o<br />
Black <strong>Metal</strong> melódico já estava mais que<br />
batido no mundo do <strong>Metal</strong>, este The Ghost<br />
Collector é um trabalho bastante genérico,<br />
caracterizado por um pretensiosismo<br />
e de uma ingenuidade tão própria<br />
daquelas bandas do Black <strong>Metal</strong> que se<br />
pautavam pelos tiques melodramáticos<br />
característicos de um filme de terror da<br />
Hammer e orquestrações repletas de<br />
elementos clássicos e que fizeram deste<br />
um estilo tão popular, de onde brotaram<br />
milhentas bandas que procuraram (e<br />
raramente conseguiram) pegar na fórmula<br />
dos Cradle <strong>of</strong> Filth, Dimmu Borgir ou Old<br />
Man's Child e elevá-la a novos patamares,<br />
acabando assim por cair numa imensidão<br />
de nada.<br />
Tivesse este álbum sido lançado 10-15<br />
anos antes e estaríamos a falar de uma<br />
"quasi-masterpiece". Como não foi, cai<br />
na dualidade de ser considerado, por<br />
uns, um álbum com cheiro a azeite ou,<br />
por outros, um álbum de Black <strong>Metal</strong><br />
melódico bastante apreciável. Acontece<br />
que pertenço à segunda estirpe.<br />
[7.2/10] Jaime Nôro<br />
RAPTORE<br />
“Rage 'N' Fever”<br />
Witches Brew<br />
A Argentina sempre<br />
demonstrou ter uma<br />
devoção ao heavy<br />
metal clássico e<br />
tradicional admirável<br />
mesmo que nunca<br />
tenha apresentado<br />
propostas capazes<br />
de cruzar as próprias<br />
fronteiras de forma convincente, tirando<br />
algumas honrosas excepções. Os Raptore<br />
apresentam neste álbum de estreia motivos<br />
para contrariar esta tendência com um<br />
heavy metal cru, vitaminado e cheio de<br />
tomates que é impossível de ignorar. Não<br />
é perfeito - e uma das imperfeições que<br />
encontramos é alguma falta de dinâmica<br />
entre alguns temas que soam demasiado<br />
semelhantes - mas sem dúvida que é tudo<br />
aquilo que o heavy metal precisa para<br />
continuar fiel a si próprio.<br />
V/A<br />
“Return Of The Mountain King - A Tribute to Savatage”<br />
Underground Symphony<br />
[9/10] Fernando Ferreira<br />
Como já dissemos<br />
muitas vezes<br />
antes. Gostamos<br />
de covers. Como<br />
consequência,<br />
gostamos de<br />
álbuns de covers.<br />
Provavelmente não estão recordados<br />
mas cerca de dezoito anos atrás, os<br />
álbuns de covers tornaram-se uma<br />
praga. Pequenas editoras aproveitavam<br />
essa forma mais barata de fazer<br />
alguns cobres - houve uma até que se<br />
especializou nela (a Dwell Records). A<br />
febre acabou por se comer a ela própria<br />
com bandas desconhecidas a fazerem<br />
versões manhosas de clássicos das<br />
bandas em questão. É tendo isto em<br />
SUTEKH HEXEN/BLSPHM<br />
“Split”<br />
Sentient Ruin Laboratories<br />
Originalmente<br />
lançado em 2014,<br />
em cassete, este EP<br />
é a prova de como<br />
o black metal se<br />
pode apresentar<br />
das mais diversas<br />
formas e feitios.<br />
Claro que não era<br />
preciso apresentar formas disso mas é<br />
apenas uma forma de dizer que este split<br />
junta duas entidades que têm abordagens<br />
distintas ao género mas ainda assim<br />
similares na forma como transcendem as<br />
fronteiras. De um lado os Sutekh Hexen,<br />
com uma abordagem caótica e barulhenta.<br />
De outra os BLSPHM, com um feeling<br />
mais industrial e que chegam até a cruzar<br />
o drone. O resultado? Um vinil que devem<br />
adquirir se são fãs do experimentalismo na<br />
música extrema.<br />
[8/10] Fernando Ferreira<br />
conta que começamos e acabamos com<br />
esta análise a "Return Of The Mountain<br />
King - A Tribute to Savatage". Com uma<br />
série de bandas desconhecidas italianas<br />
e norte-americanas (exceptuando pelos<br />
Cage, o único nome que se destaca<br />
aqui) as versões até poderiam ser algo<br />
memoráveis mas não o são. É o típico<br />
caso em que o nosso amor às versões<br />
foi posto à prova. E levou uma tareia<br />
descomunal. Ter um álbum de versões<br />
em que a sua melhor qualidade é fazernos<br />
ouvir o original não é propriamente<br />
um investimento recomendado<br />
[4/10] Fernando Ferreira<br />
77