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World_of_Metal__Outubro_2017

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“Insurgentes”<br />

2008 - Kscope<br />

“Grace for Drowning”<br />

2011 - Kscope<br />

“The Raven that Refused to<br />

Sing (and other stories)”<br />

2013 - Kscope<br />

O álbum de estreia a solo de Steven<br />

Wilson, a fundador e a principal<br />

mente por trás dos Porcupine<br />

Tree, é uma homenagem às<br />

bandas de shoegaze do final dos<br />

anos 80. Os elementos prog rock<br />

estão lá mas embrulhados num<br />

manto de rock indie bem visível<br />

na primeira música (e grande<br />

destaque do álbum) "Harmony<br />

Korine", também o tema mais<br />

direto. Temos ainda as mais<br />

ambientais "Abandoner", "Veneno<br />

Para Las Hadas" ou as baladas<br />

"Insurgentes" e "Significant<br />

Other". Vemos ainda já uma pista<br />

para a direção em que o músico<br />

inglês irá no futuro a solo na muito<br />

jazzy "No Twilight Within the<br />

Courts <strong>of</strong> the Sun".<br />

42<br />

7.5/10<br />

Depois de "The Incident" dos<br />

Porcupine Tree, Steven Wilson<br />

decidiu por a banda inglesa na<br />

gaveta por algum tempo enquanto<br />

se concentrava no trabalho a<br />

solo. O resultado foi este "Grace<br />

for Drowning", um trabalho bem<br />

diferente do som quase metal<br />

progressivo que os Porcupine<br />

Tree tinham vindo a fazer nos<br />

últimos anos. Neste álbum duplo<br />

a abordagem é mais s<strong>of</strong>t em<br />

termos musicais, as músicas são<br />

mais ambientais e progressivas<br />

com as influências de jazz muito<br />

salientes especialmente em<br />

temas longos como "Sectarian",<br />

"Remainder The Black Dog" ou<br />

"Raider II". Existe ainda espaço<br />

para uma melancolia suave<br />

em "Deform to Form a Stare<br />

Postcard", ou para temas mais<br />

experimentais "No Part <strong>of</strong> Me",<br />

"Track One" ou a perturbadora<br />

"Index". Um álbum suave no som,<br />

pesado no sentimento e com uma<br />

aura bizarra que talvez não seja<br />

tão fácil de ouvir como outros<br />

trabalhos do britânico, mas tem<br />

uma qualidade enorme.<br />

9/10<br />

Se em "Grace for Drowning Steven<br />

Wilson tinha ido buscar influencias<br />

mais progressivas com uma boa<br />

dose de jazz, neste "The Raven<br />

that Refused to Sing (and other<br />

stories)" o som do rock progressivo<br />

dos anos 70 foi abraçado na sua<br />

totalidade. Para isto Wilson contou<br />

com a ajuda de Alan Parsons na<br />

qualidade de engenheiro de som,<br />

função que tinha já desempenhado<br />

no clássico "Dark Side <strong>of</strong> the<br />

Moon" dos Pink Floyd. Luminol<br />

com a sua longa intro instrumental<br />

pautada pelo forte baixo e os<br />

teclados funciona desde logo<br />

como um mergulho neste ambiente<br />

proggy. Não sendo este um álbum<br />

conceptual existe no entanto um fio<br />

comum a todas as músicas, cada<br />

uma conta uma história envolvendo<br />

elementos sobrenaturais e morte<br />

de alguma forma. Na melancólica<br />

"Drive Home" um homem que<br />

perdeu a parceira num acidente<br />

de viação, o relojoeiro que mata a<br />

mulher e a enterra em casa em "The<br />

Watchmaker" ou um idoso as portas<br />

da morte que pede a um corvo que<br />

cante para recordar a irmã á muito<br />

desaparecida na emocional "The<br />

Raven That Refused to Sing". Este<br />

álbum é a perfeita demonstração<br />

de rock progressivo á moda dos<br />

anos 70 com um som e produção<br />

perfeitos, com a sensibilidade<br />

muito particular de Steven Wilson.<br />

9.5/10

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