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“Insurgentes”<br />
2008 - Kscope<br />
“Grace for Drowning”<br />
2011 - Kscope<br />
“The Raven that Refused to<br />
Sing (and other stories)”<br />
2013 - Kscope<br />
O álbum de estreia a solo de Steven<br />
Wilson, a fundador e a principal<br />
mente por trás dos Porcupine<br />
Tree, é uma homenagem às<br />
bandas de shoegaze do final dos<br />
anos 80. Os elementos prog rock<br />
estão lá mas embrulhados num<br />
manto de rock indie bem visível<br />
na primeira música (e grande<br />
destaque do álbum) "Harmony<br />
Korine", também o tema mais<br />
direto. Temos ainda as mais<br />
ambientais "Abandoner", "Veneno<br />
Para Las Hadas" ou as baladas<br />
"Insurgentes" e "Significant<br />
Other". Vemos ainda já uma pista<br />
para a direção em que o músico<br />
inglês irá no futuro a solo na muito<br />
jazzy "No Twilight Within the<br />
Courts <strong>of</strong> the Sun".<br />
42<br />
7.5/10<br />
Depois de "The Incident" dos<br />
Porcupine Tree, Steven Wilson<br />
decidiu por a banda inglesa na<br />
gaveta por algum tempo enquanto<br />
se concentrava no trabalho a<br />
solo. O resultado foi este "Grace<br />
for Drowning", um trabalho bem<br />
diferente do som quase metal<br />
progressivo que os Porcupine<br />
Tree tinham vindo a fazer nos<br />
últimos anos. Neste álbum duplo<br />
a abordagem é mais s<strong>of</strong>t em<br />
termos musicais, as músicas são<br />
mais ambientais e progressivas<br />
com as influências de jazz muito<br />
salientes especialmente em<br />
temas longos como "Sectarian",<br />
"Remainder The Black Dog" ou<br />
"Raider II". Existe ainda espaço<br />
para uma melancolia suave<br />
em "Deform to Form a Stare<br />
Postcard", ou para temas mais<br />
experimentais "No Part <strong>of</strong> Me",<br />
"Track One" ou a perturbadora<br />
"Index". Um álbum suave no som,<br />
pesado no sentimento e com uma<br />
aura bizarra que talvez não seja<br />
tão fácil de ouvir como outros<br />
trabalhos do britânico, mas tem<br />
uma qualidade enorme.<br />
9/10<br />
Se em "Grace for Drowning Steven<br />
Wilson tinha ido buscar influencias<br />
mais progressivas com uma boa<br />
dose de jazz, neste "The Raven<br />
that Refused to Sing (and other<br />
stories)" o som do rock progressivo<br />
dos anos 70 foi abraçado na sua<br />
totalidade. Para isto Wilson contou<br />
com a ajuda de Alan Parsons na<br />
qualidade de engenheiro de som,<br />
função que tinha já desempenhado<br />
no clássico "Dark Side <strong>of</strong> the<br />
Moon" dos Pink Floyd. Luminol<br />
com a sua longa intro instrumental<br />
pautada pelo forte baixo e os<br />
teclados funciona desde logo<br />
como um mergulho neste ambiente<br />
proggy. Não sendo este um álbum<br />
conceptual existe no entanto um fio<br />
comum a todas as músicas, cada<br />
uma conta uma história envolvendo<br />
elementos sobrenaturais e morte<br />
de alguma forma. Na melancólica<br />
"Drive Home" um homem que<br />
perdeu a parceira num acidente<br />
de viação, o relojoeiro que mata a<br />
mulher e a enterra em casa em "The<br />
Watchmaker" ou um idoso as portas<br />
da morte que pede a um corvo que<br />
cante para recordar a irmã á muito<br />
desaparecida na emocional "The<br />
Raven That Refused to Sing". Este<br />
álbum é a perfeita demonstração<br />
de rock progressivo á moda dos<br />
anos 70 com um som e produção<br />
perfeitos, com a sensibilidade<br />
muito particular de Steven Wilson.<br />
9.5/10