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,<br />
Maquina do tempo<br />
ACE FREHLEY<br />
“Anomaly”<br />
Steamhammer<br />
Em 2009, Ace Frehley<br />
lançou Anomaly. E a<br />
receção pela critica<br />
daquele que seria o<br />
primeiro trabalho lançado<br />
pelo guitarrista ex-kiss<br />
desde o lançamento de<br />
Trouble Walkin, de 1989,<br />
não poeria ter sido<br />
melhor. Afinal, o álbum<br />
permitiu ao The Spaceman espaço para demonstrar<br />
sua própria proeza musical como músico solo no<br />
século XXI. Desde então, Frehley também lançou<br />
Space Invader em 2014 e, mais recentemente,<br />
Origins, Vol. 1, um álbumque permitiu a Frehley<br />
assumir os seus gostos em clássicos de bandas<br />
como os Cream e Jimi Hendrix. Agora, Frehley<br />
reeditou este Anomaliy com um bónus de três novas<br />
músicas inéditas demonstrando toda a sua energia e<br />
que ainda está aí para as curvas. Puro rock ‘n ‘roll,<br />
recheado de excelentes performances vocais e de<br />
guitarra de Frehley, muito inspirado nos clássicos<br />
do rock da década de 1980, e onde músicas<br />
como o "Foxy & Free", "Space Bear" (com nova<br />
roupagem e muito bem-vinda) e "Outer Space" estão<br />
entre os mais fortes de Frehley em sua carreira solo.<br />
[9/10] Miguel Correia<br />
CENTINEX<br />
“Bloodhunt”<br />
Repulse Records<br />
Os Centinex são um<br />
dos nomes clássicos<br />
do death metal<br />
sueco sem nunca<br />
ter atingido os níveis<br />
de brilhantismo de<br />
uns Entombed ou<br />
Dismembered. Dános<br />
ideia, e sendo<br />
um pouco mauzinhos, que se trata de uma<br />
das bandas de culto apenas porque estavam<br />
lá. Deixando de lado o veneno, a banda tem<br />
realmente a qualidade do seu lado quando o<br />
assunto é death metal, mesmo que nunca se<br />
sobressaia muito diante da sua concorrência<br />
mais directa. Este EP acaba por reflectir um<br />
pouco isso. Para quem gosta de death metal,<br />
não tem defeitos - e atenção que foi lançado<br />
numa altura em que o death metal (sueco ou<br />
não) não era moda, ou pelo menos não tinha<br />
a procura de uns anos antes ou uns anoes<br />
depois. Tendo isso em conta, temos seis<br />
músicas bem directas, mostrando a faceta<br />
mais violenta da banda, tal como gostamos.<br />
ATARAXIA<br />
“Il Fantasma Dell'Opera”<br />
Avantgarde Music<br />
Os Ataraxia foram<br />
uma daqueles amores<br />
à primeira vista, um<br />
dos primeiros que tive<br />
dentro do género neoclássico,<br />
mas tenho<br />
que confessar que este<br />
álbum não foi aquele<br />
mais impacto teve em<br />
mim. Ainda assim,<br />
e pegando nele de vez em quando, os seus<br />
méritos são inegáveis. Aquilo que mais me<br />
desiludiu foi pelo facto do álbum acentar em<br />
grande parte na sonoridade de sintetizadores,<br />
um pouco mais própria da música da década de<br />
oitenta, dando a sensação de que se trata de um<br />
trabalho datado, em vez de ter uma base mais<br />
acente nos instrumentos neo-clássicos.<br />
Esta é a forma, mas o conteúdo, esse, é de<br />
uma beleza inquestionável. Este é um álbum<br />
para apreciar no sentimento contrário daquilo<br />
que temos hoje em dia, ou seja, num mundo<br />
de música descartável, este é um álbum para<br />
ouvir com calma, concentrado apenas nela, um<br />
álbum que é dedicado a esse amor pela música<br />
onde temos prestações inacreditáveis por parte<br />
de Francesca Nicoli - ouvir a versão do tema<br />
de Kate Bush "Wutering Heights" - aliado a um<br />
conceito que hoje em dia poderá ter sido já<br />
muito explorado mas que aqui soa fresco.<br />
Não é definitivamente um álbum para todos,<br />
mas sem dúvida que quem gosta de música,<br />
verdadeiramente, não poderá ficar indiferente<br />
a este trabalho que, repito, não é dos meus<br />
favoritos da longa discografia da banda.<br />
[8/10] Fernando Ferreira<br />
Também temos aquela melodia tipicamente<br />
sueca, mas na dose certa, ficando com<br />
um agradável trago metálico e que ajuda<br />
a que este trabalho, que não tem grandes<br />
dinâmicas, acabe por não soar repetitivo,<br />
talvez um dos males que a banda enfrenta<br />
nos álbuns longa-duração. Embora seja<br />
um EP recomendado para os fãs da banda,<br />
qualquer fã de death metal não encontrará<br />
dificuldades em fazer headbang a isto.<br />
BEWITCHER<br />
“Bewitcher”<br />
Diabolic Might Records<br />
Grande álbum! Começamos<br />
já assim. Lembram-se<br />
quando os<br />
Bewitched (nome<br />
semelhante, curioso)<br />
apareceram e apelavam<br />
ao fã de metal tradicional<br />
não só por ser mais um<br />
projecto de Blackheim<br />
(também conhecido<br />
como Anders Nyströmdos dos Katatonia)? O<br />
que temos é bastante semelhante, mas se o foco<br />
dos Bewitched era mais no thrash, aqui temos<br />
um saudável espírito heavy metal underground<br />
como se de repente os Venom começassem<br />
a tocar música ainda mais interessante que<br />
aquela que fizeram no início de carreira. Ok, não<br />
temos malhas inesquecíveis como "Black <strong>Metal</strong>"<br />
ou "Countess Bathory" mas o espírito blasfemo<br />
de "Rip Ride" e "Bloodlust" tresanda para estes<br />
lados. Um grande álbum de estreia, obrigatório<br />
para quem não é fã propriamente de black metal<br />
mas consegue passar por cima de algumas<br />
características do género. Nomeadamente a voz.<br />
COGNIZANCE<br />
[9/10] Fernando Ferreira<br />
“Illusory”<br />
Edição de Autor<br />
Os Cognizance são<br />
um dos bons nomes<br />
do deathcore<br />
que tenta fugir ao<br />
deathcore. Como<br />
é que o fazem?<br />
Acrescentando em<br />
cima uma boa dose<br />
de técnica e de<br />
tiques próprios do death metal técnico<br />
tradicional. O resultado é bem interessante<br />
e faz com que queiramos conhecer mais.<br />
Mais que isso, é uma banda que queremos<br />
ouvir num álbum. A banda editou dois<br />
singles no presente ano e podemos<br />
dizer que a evolução deles é promissora,<br />
principalmente o tema "The Foreboding<br />
Impasse", que poderão ouvir a passar na<br />
nossa WOM Radio e que ainda eleva mais a<br />
fasquia do que este EP.<br />
[7/10] Fernando Ferreira [8/10] Fernando Ferreira<br />
75