31.10.2017 Views

World_of_Metal__Outubro_2017

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,<br />

Maquina do tempo<br />

ACE FREHLEY<br />

“Anomaly”<br />

Steamhammer<br />

Em 2009, Ace Frehley<br />

lançou Anomaly. E a<br />

receção pela critica<br />

daquele que seria o<br />

primeiro trabalho lançado<br />

pelo guitarrista ex-kiss<br />

desde o lançamento de<br />

Trouble Walkin, de 1989,<br />

não poeria ter sido<br />

melhor. Afinal, o álbum<br />

permitiu ao The Spaceman espaço para demonstrar<br />

sua própria proeza musical como músico solo no<br />

século XXI. Desde então, Frehley também lançou<br />

Space Invader em 2014 e, mais recentemente,<br />

Origins, Vol. 1, um álbumque permitiu a Frehley<br />

assumir os seus gostos em clássicos de bandas<br />

como os Cream e Jimi Hendrix. Agora, Frehley<br />

reeditou este Anomaliy com um bónus de três novas<br />

músicas inéditas demonstrando toda a sua energia e<br />

que ainda está aí para as curvas. Puro rock ‘n ‘roll,<br />

recheado de excelentes performances vocais e de<br />

guitarra de Frehley, muito inspirado nos clássicos<br />

do rock da década de 1980, e onde músicas<br />

como o "Foxy & Free", "Space Bear" (com nova<br />

roupagem e muito bem-vinda) e "Outer Space" estão<br />

entre os mais fortes de Frehley em sua carreira solo.<br />

[9/10] Miguel Correia<br />

CENTINEX<br />

“Bloodhunt”<br />

Repulse Records<br />

Os Centinex são um<br />

dos nomes clássicos<br />

do death metal<br />

sueco sem nunca<br />

ter atingido os níveis<br />

de brilhantismo de<br />

uns Entombed ou<br />

Dismembered. Dános<br />

ideia, e sendo<br />

um pouco mauzinhos, que se trata de uma<br />

das bandas de culto apenas porque estavam<br />

lá. Deixando de lado o veneno, a banda tem<br />

realmente a qualidade do seu lado quando o<br />

assunto é death metal, mesmo que nunca se<br />

sobressaia muito diante da sua concorrência<br />

mais directa. Este EP acaba por reflectir um<br />

pouco isso. Para quem gosta de death metal,<br />

não tem defeitos - e atenção que foi lançado<br />

numa altura em que o death metal (sueco ou<br />

não) não era moda, ou pelo menos não tinha<br />

a procura de uns anos antes ou uns anoes<br />

depois. Tendo isso em conta, temos seis<br />

músicas bem directas, mostrando a faceta<br />

mais violenta da banda, tal como gostamos.<br />

ATARAXIA<br />

“Il Fantasma Dell'Opera”<br />

Avantgarde Music<br />

Os Ataraxia foram<br />

uma daqueles amores<br />

à primeira vista, um<br />

dos primeiros que tive<br />

dentro do género neoclássico,<br />

mas tenho<br />

que confessar que este<br />

álbum não foi aquele<br />

mais impacto teve em<br />

mim. Ainda assim,<br />

e pegando nele de vez em quando, os seus<br />

méritos são inegáveis. Aquilo que mais me<br />

desiludiu foi pelo facto do álbum acentar em<br />

grande parte na sonoridade de sintetizadores,<br />

um pouco mais própria da música da década de<br />

oitenta, dando a sensação de que se trata de um<br />

trabalho datado, em vez de ter uma base mais<br />

acente nos instrumentos neo-clássicos.<br />

Esta é a forma, mas o conteúdo, esse, é de<br />

uma beleza inquestionável. Este é um álbum<br />

para apreciar no sentimento contrário daquilo<br />

que temos hoje em dia, ou seja, num mundo<br />

de música descartável, este é um álbum para<br />

ouvir com calma, concentrado apenas nela, um<br />

álbum que é dedicado a esse amor pela música<br />

onde temos prestações inacreditáveis por parte<br />

de Francesca Nicoli - ouvir a versão do tema<br />

de Kate Bush "Wutering Heights" - aliado a um<br />

conceito que hoje em dia poderá ter sido já<br />

muito explorado mas que aqui soa fresco.<br />

Não é definitivamente um álbum para todos,<br />

mas sem dúvida que quem gosta de música,<br />

verdadeiramente, não poderá ficar indiferente<br />

a este trabalho que, repito, não é dos meus<br />

favoritos da longa discografia da banda.<br />

[8/10] Fernando Ferreira<br />

Também temos aquela melodia tipicamente<br />

sueca, mas na dose certa, ficando com<br />

um agradável trago metálico e que ajuda<br />

a que este trabalho, que não tem grandes<br />

dinâmicas, acabe por não soar repetitivo,<br />

talvez um dos males que a banda enfrenta<br />

nos álbuns longa-duração. Embora seja<br />

um EP recomendado para os fãs da banda,<br />

qualquer fã de death metal não encontrará<br />

dificuldades em fazer headbang a isto.<br />

BEWITCHER<br />

“Bewitcher”<br />

Diabolic Might Records<br />

Grande álbum! Começamos<br />

já assim. Lembram-se<br />

quando os<br />

Bewitched (nome<br />

semelhante, curioso)<br />

apareceram e apelavam<br />

ao fã de metal tradicional<br />

não só por ser mais um<br />

projecto de Blackheim<br />

(também conhecido<br />

como Anders Nyströmdos dos Katatonia)? O<br />

que temos é bastante semelhante, mas se o foco<br />

dos Bewitched era mais no thrash, aqui temos<br />

um saudável espírito heavy metal underground<br />

como se de repente os Venom começassem<br />

a tocar música ainda mais interessante que<br />

aquela que fizeram no início de carreira. Ok, não<br />

temos malhas inesquecíveis como "Black <strong>Metal</strong>"<br />

ou "Countess Bathory" mas o espírito blasfemo<br />

de "Rip Ride" e "Bloodlust" tresanda para estes<br />

lados. Um grande álbum de estreia, obrigatório<br />

para quem não é fã propriamente de black metal<br />

mas consegue passar por cima de algumas<br />

características do género. Nomeadamente a voz.<br />

COGNIZANCE<br />

[9/10] Fernando Ferreira<br />

“Illusory”<br />

Edição de Autor<br />

Os Cognizance são<br />

um dos bons nomes<br />

do deathcore<br />

que tenta fugir ao<br />

deathcore. Como<br />

é que o fazem?<br />

Acrescentando em<br />

cima uma boa dose<br />

de técnica e de<br />

tiques próprios do death metal técnico<br />

tradicional. O resultado é bem interessante<br />

e faz com que queiramos conhecer mais.<br />

Mais que isso, é uma banda que queremos<br />

ouvir num álbum. A banda editou dois<br />

singles no presente ano e podemos<br />

dizer que a evolução deles é promissora,<br />

principalmente o tema "The Foreboding<br />

Impasse", que poderão ouvir a passar na<br />

nossa WOM Radio e que ainda eleva mais a<br />

fasquia do que este EP.<br />

[7/10] Fernando Ferreira [8/10] Fernando Ferreira<br />

75

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