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EXAME Moz 86

Edição de Março da EXAME, com tema de capa sobre a CTA, dossier sobre a nova lei laboral e um especial inovação com ênfase, nesta edição, na importância do ensino para a promoção da inovação

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PRIMEIRO LUGAR

PREÇOS

INFLAÇÃO CONTINUA

A DESCER

A inflação continuou a baixar em Moçambique

quando aferida pela média anual dos

preços. De acordo com o Instituto Nacional

de Estatística (INE), em Janeiro fixou-se em

2,76%, contra 2,78% em Dezembro. Em Julho

de 2019 a inflação média era de 3,61%. A variação

homóloga (que compara um mês com o

mesmo mês do ano anterior) também desceu,

ou seja, os preços aumentaram menos

em Janeiro de 2019 em comparação com o

mesmo mês de 2018 do que em Dezembro de

2018 face a Dezembro de 2017. Com efeito, a

inflação homóloga atingiu 3,48% no primeiro

mês do ano, quando havia subido para 3,5%

no último mês de 2018. Em comparação com

o mês anterior o nível geral de preços subiu

0,63% em Janeiro, de acordo com os dados

recolhidos nas cidades de Maputo, Beira e

Nampula. Entre as categorias (“divisões”) de

bens considerados, foram os englobados na

alimentação e as bebidas não alcoólicas que

registaram a maior variação mensal de preços,

dando, para o total da inflação mensal, um

contributo de cerca de 0,47 pontos percentuais

positivos. Já a habitação, água, electricidade,

gás, comunicações e lazer, bem como recreação

e cultura, deram um contributo negativo

para a variação mensal dos preços. A nível

dos três principais centros urbanos do país

apenas a cidade da Beira teve uma inflação

mensal acima da média nacional, com 1,49%.

CUSTO DE VIDA: É na cidade da Beira que

os preços aumentam mais

D.R.

FMI: O país tem registado um desempenho positivo nos últimos anos

FMI

REFORMAS ESTRUTURAIS SÃO PARA MANTER

O director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Tao Zhang, apelou em

Maputo ao novo governo moçambicano para continuar as reformas estruturais

e a estabilidade macroeconómica, assinalando que o país tem registado um

desempenho positivo nos últimos anos. Tao Zhang, citado pela Lusa, pronunciou-

-se sobre o caminho que Moçambique tem seguido no campo económico em

declarações aos jornalistas, no final de um encontro com o ministro da Economia

e Finanças moçambicano, Adriano Maleiane — que manteve o cargo que já

ocupava no Executivo anterior. “Esperamos que essas reformas e políticas continuem

nos próximos anos, particularmente nas áreas da estabilidade macroeconómica,

reformas estruturais e boa governação”, afirmou Tao. O director-adjunto

do FMI mostrou-se optimista no sucesso das medidas de ajustamento que estão

a ser implementadas pelas autoridades moçambicanas, defendendo que o país

tem seguido, nos últimos anos, um rumo promissor.

“Estamos confiantes de que com a nova liderança de Filipe Nyusi e do seu

governo serão continuadas essas políticas e reformas”, destacou Tao Zhang. Por

outro lado, prosseguiu, Moçambique está a recuperar bem do impacto devastador

dos ciclones Idai e Kenneth, que afectaram as regiões Centro e Norte do

país o ano passado. O director-adjunto do FMI sublinhou que a organização está

empenhada no apoio a Moçambique para que o país alcance boas perspectivas

na área macroeconómica. A delegação do fundo, chefiada pelo director-geral-

-adjunto Tao Zhang, foi a primeira a visitar o país após a tomada de posse do Presidente,

Filipe Nyusi, para um segundo mandato e após a constituição do governo.

Ricardo Velloso, chefe de missão do FMI que visitou Maputo em Novembro, disse

na altura que “se o governo tiver interesse em conversas sobre um possível programa

de apoio financeiro”, o FMI está “aberto a esse pedido e a ter essas conversas”.

A disponibilidade já tinha sido primeiro anunciada por Abebe Selassie,

director do departamento de África do Fundo Monetário Internacional (FMI), em

declarações à Lusa, em Washington, a 18 de Outubro. O FMI admitia, assim, pela

primeira vez desde o escândalo das dívidas ocultas, em 2016, que a instituição

está disponível para voltar a dar assistência financeira a Moçambique.

D.R.

10 | Exame Moçambique

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