EXAME Moz 86
Edição de Março da EXAME, com tema de capa sobre a CTA, dossier sobre a nova lei laboral e um especial inovação com ênfase, nesta edição, na importância do ensino para a promoção da inovação
Edição de Março da EXAME, com tema de capa sobre a CTA, dossier sobre a nova lei laboral e um especial inovação com ênfase, nesta edição, na importância do ensino para a promoção da inovação
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D.R.
BANCO DE MOÇAMBIQUE: O BAD considera que o banco
central conduz uma política monetária prudente
“monstro” da dívida continua a crescer.
Em termos médios, o peso da dívida no
PIB, que era de 38% há dez anos, ultrapassa
actualmente em África 56% da riqueza
gerada anualmente pelos diferentes países.
O conjunto da dívida pública do continente
atinge cerca de 500 mil milhões
A EFICÁCIA DA DESPESA
PÚBLICA EFECTUADA
NA EDUCAÇÃO É BAIXA
de dólares, correspondendo apenas a
quinta parte a euro-obrigações. “A tendência
ascendente dos rácios da dívida
externa é em parte um subproduto do
final do superciclo das commodities e da
desaceleração do crescimento e das receitas
de exportação, em particular entre
produtores de bens básicos. Mas também
deriva de um ambiente macroeconómico
e de uma governação mais estáveis,
o que permitiu que um maior número
de países africanos aceda pela primeira
vez a mercados de títulos internacionais,
alguns com vencimento a 30 anos”, refere
o documento.
A dívida dos estados africanos modificou
a sua estrutura, reduzindo a dependência
dos empréstimos concedidos pelas
instituições multilaterais e dos credores
oficiais do Clube de Paris, ganhando
um acesso mais amplo ao financiamento
a longo prazo nos mercados internacionais
e aos credores bilaterais emergentes,
como é o caso da China. Por outro lado,
o aumento do recurso ao endividamento
público interno reflecte necessidades de
financiamento elevadas em infra-estruturas.
Traduz também aspectos positivos,
como a diminuição progressiva da inflação,
uma maior credibilidade monetária
e a capacidade de colocar dívida denominada
em moeda nacional junto dos
credores internacionais. Trata-se de “um
contexto em que África não conhece qualquer
crise de dívida sistémica, sendo, no
entanto, necessário melhorar significativamente
as ligações entre dívida e investimento
e entre investimento e crescimento
para garantir sustentabilidade da dívida
a longo prazo”, assinala o BAD.
O PESO DAS REMESSAS
África mantém estável o valor do financiamento
que capta no exterior. Em 2018
O ATRASO
TECNOLÓGICO
AFRICANO
África regista um grande atraso no
emprego das tecnologias da última
revolução industrial. Os países do
continente apresentam um grau
de ligação em rede muito fraco,
salienta o relatório do Banco Africano
de Desenvolvimento (BAD).
Antes de 2017, quase toda a infra-
-estrutura robótica do continente
encontrava-se instalada na África
do Sul. Actualmente, mais de 100
unidades da infra-estrutura robótica
concentram-se no Norte de
África, sendo que cerca de 75%
estão afectas à indústria automóvel
marroquina, distribuindo-se
os restantes 25% pelo Egipto e
Tunísia (base de dados da Federação
Internacional de Robótica).
Se a África do Sul é o país africano
mais avançado em robotização,
é também um dos menos
preparados do mundo na era da
automação inteligente, com uma
pontuação de 41 em 100 no Índice
de Preparação da Automação, que
avalia políticas e estratégias de
inovação, educação e mercado
de trabalho.
março 2020 | 33