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EXAME Moz 86

Edição de Março da EXAME, com tema de capa sobre a CTA, dossier sobre a nova lei laboral e um especial inovação com ênfase, nesta edição, na importância do ensino para a promoção da inovação

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ÁREA 4

INSTITUTO DOS PETRÓLEOS

ESPERA DECISÃO ATÉ JUNH0

SONANGOL: 30% das acções da petrolífera estatal angolana vão ser privatizadas

AFRICA OIL & POWER ANGOLA FAZ PARCERIA

A consultora Africa Oil & Power

anunciou uma parceria com Angola

para promover o investimento

estrangeiro no país neste sector,

antevendo um fluxo de investimentos

de 10 mil milhões de dólares até

2023. “Num esforço para continuar

a promover as reformas em curso

no sector, o ministro dos Recursos

Minerais e Petróleo fez uma parceria

com a Africa Oil & Power para promover

e atrair investimento directo

estrangeiro naquela que é uma das

maiores economias de África”, lê-se

num comunicado desta consultora

citado por Plataforma on-line. “As

reformas no sector incluem a privatização

parcial, até 2022, de 30%

da companhia petrolífera nacional,

a Sonangol, e de empresas fora da

área central de actuação da petrolífera,

que oferece oportunidades significativas

para quem quiser entrar

no sector do petróleo e gás no país;

as previsões iniciais apontam para

um fluxo de capital de até 10 mil

milhões de dólares nos próximos

três anos, quando os agentes externos

substituírem a Sonangol nos

serviços de apoio que antes eram

prestados pela petrolífera nacional”,

lê-se ainda no comunicado.

D.R.

Carlos Zacarias, líder da entidade reguladora, confirmou, no

início de Fevereiro, que a decisão deve ser tomada “o mais

breve possível, até finais deste semestre”.

O momento, que marca o início da contagem decrescente

para que a produção comece — e que no sector recebe a

sigla de FID, do inglês final investment decision — está nesta

altura dependente da formalização do compromisso, já acordado

entre todos os sócios. A decisão envolve a exploração

da jazida Mamba da bacia do Rovuma, um investimento que

pode ascender a 25 mil milhões de dólares, com o arranque

da produção previsto para 2025. O mesmo consórcio vai

também explorar uma jazida mais pequena, designada Coral

Sul, com um navio plataforma que ficará ancorado em permanência

no alto-mar por cima da jazida. A construção do

navio está a mais de 60% do processo e está marcado para

final de 2021 o rebocamento para o canal de Moçambique,

para começar a extrair e produzir gás natural liquefeito em

2022. A Área 4 é operada pela MRV, uma joint venture co-

-propriedade da ExxonMobil, ENI e Corporação Nacional

de Petróleo da China (CNPC), que detém 70 % de interesse

participativo no contrato de concessão para pesquisa e produção

naquela área. A Galp, KOGAS e a Empresa Nacional

de Hidrocarbonetos de Moçambique detêm, cada uma, 10%

de interesse participativo.

RECEITA PROJECTO ROVUMA

(mil milhões de dólares)

O Standard Bank tem um estudo económico pormenorizado

sobre o projecto Rovuma e estima, num quadro de “Capex

Alta”, receitas elevadas para a operação

2,32 6,26 6,44 7,32 7,57 7,48

Menos exportações

Em 2019 Angola exportou menos petróleo e com o barril a um preço inferior

2024 2025 2026 2030 2035 2040

Fonte: Standard Bank.

Vol.

Exportação

(milhões

de barris)

496,88

536,83

EXXONMOBIL E ENI:

Lideram o consórcio

da Área 4

p/barril

(USD)

66,1

70,34

2019

2018

Fonte: Minfin Angola.

D.R.

março 2020 | 51

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