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EXAME Moz 86

Edição de Março da EXAME, com tema de capa sobre a CTA, dossier sobre a nova lei laboral e um especial inovação com ênfase, nesta edição, na importância do ensino para a promoção da inovação

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CONSUMO FORTUNAS

O HOMEM

MAIS RICO

DO MUNDO?

Ainda não. Mas a aquisição da joalheria Tiffany coloca

o francês Bernard Arnault, dono do conglomerado

LVMH, na luta pelo topo do pódio — e denota o bom

momento do mercado de luxo

FERNANDO EICHENBERG, EM PARIS, E IVAN PADILLA

Aos 22 anos, o estudante de

Engenharia francês Bernard

Arnault viajou pela

primeira vez até Nova Iorque.

No táxi amarelo que

o levou do aeroporto John F. Kennedy a

Manhattan, perguntou ao motorista se

conhecia Georges Pompidou, Presidente

francês naquele ano de 1971. Ele nunca

ouvira falar do líder francês, mas afirmou

saber quem era o estilista Christian Dior.

O breve diálogo soou-lhe como uma revelação.

Em França, BA — como lhe chamam

os seus funcionários — formou ao longo

dos anos o grupo número 1 do mundo

em artigos de luxo, o LVMH, constituído

por 75 marcas, incluindo a Dior. No final

do ano passado, aos 70 anos, concluiu a

aquisição da joalheria norte-americana

Tiffany, pela qual desembolsou 16,2 mil

milhões de dólares, o maior negócio do

mercado de consumo de luxo de todos

os tempos.

A operação, somada ao crescente desempenho

do grupo LVMH, impulsionou

Arnault como forte candidato a ocupar o

topo do ranking das fortunas do planeta,

ameaçando os dois principais concorrentes,

ambos de sectores tecnológicos: os norte-

-americanos Jeff Bezos, dono da Amazon,

e Bill Gates, da Microsoft. A excelência não

alcançada em duas das suas maiores paixões,

o piano — embora ainda toque nas

horas vagas — e o ténis — mesmo já tendo

trocado bolas com o amigo Roger Federer

—, acabou por ser atingida no âmbito profissional.

“O que gosto é de ganhar, ser o

número 1”, disse em entrevista recente ao

jornal britânico The Telegraph. “Há a excitação

daquele momento em que se está prestes

a fechar um enorme negócio e não se

sabe se correrá bem ou não.”

A aventura de Arnault começou em

1984 com a compra da Boussac Saint-Frères,

uma empresa têxtil endividada mas

que detinha o controlo da Christian Dior

72 | Exame Moçambique

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