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EXAME Moz 86

Edição de Março da EXAME, com tema de capa sobre a CTA, dossier sobre a nova lei laboral e um especial inovação com ênfase, nesta edição, na importância do ensino para a promoção da inovação

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BAZARKETING

THIAGO FONSECA

Sócio e director de Criação da Agência GOLO.

PCA Grupo LOCAL de Comunicação SGPS, Lda

A RAZÃO

DA EMOÇÃO

O racional versus o emocional no

marketing é um debate que existe

com muita razão e é discutido

com muita emoção. Eu tenho a certeza

de que a maior parte das pessoas

irá dizer, especialmente as pessoas mais

racionais, inteligentes, que há factos,

razões e evidências que explicam que,

claramente, o racional é o caminho a seguir.

Porque o compreendemos. Porque

sabemos como funciona e temos provas

concretas. Só assim podemos chegar a

conclusões que levam a decisões tomadas

todos os dias. E se se perguntar a

qualquer pessoa, o mais provável é essa

pessoa dizer que claramente o lado racional

é mais importante. A maior parte

das pessoas dirá isso. Mesmo apesar

de nós, como seres humanos, sermos,

ao mesmo tempo, criaturas racionais e

emocionais. É disso que somos feitos. E é

assim que os nossos cérebros funcionam.

E enquanto vamos vivendo o nosso dia-

-a-dia toda a gente irá expor a sua razão,

sempre para argumentar o seu ponto de

vista aos outros e dizer conscientemente:

“Isto está correcto, aquilo está errado.”

E a vida segue assim com todos cheios

de razão e de razões. E é por isso que se

perguntar, a maior parte das pessoas irá

concluir racionalmente que o racional é

mais importante e poderoso que o emocional.

E é esse o caminho que deve guiar

as nossas decisões, correcto? Porque um

mais um são dois, certo? É lógico.

Mas o ponto é que a Emoção não

está nem um pouco preocupada com as

razões da Razão. A maior das razões.

Vamos, por momentos, imaginar que a

Razão e a Emoção são duas pessoas. E se

a Razão e a Emoção fossem duas pessoas

diferentes e estivessem a ter esta conversa,

esta discussão, a Razão argumentaria

contra a Emoção sem parar. Iria tentar

deixar a Emoção sem argumentos.

O ponto é que a Emoção nem sequer

abriria a boca para responder. Não se explica.

Nem mesmo fala. E se falasse diria

apenas: “És a Razão.” Mal sabendo

a Razão que a Emoção é a maior das

razões. Porque a Emoção não precisa

de se explicar. Ela é o que é. Não

precisa de justificar nem provar

nada. Enquanto a Razão tem muito

a provar. E acredita cegamente

que está cheia de razões imbatíveis.

A Emoção fica ali sentada,

com calma e serenidade, a ver o

tempo a passar e todas as razões

do mundo a serem explicadas.

Mas o tempo vai passando e

chegam as decisões tomadas

com base na Razão. E chega

o dia em que, por exemplo,

temos de deixar a nossa família,

os nossos melhores

amigos do coração, e ir

trabalhar em outra província.

Porque é uma boa

oferta de trabalho. Ou

70 | Exame Moçambique

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