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EXAME Moz 86

Edição de Março da EXAME, com tema de capa sobre a CTA, dossier sobre a nova lei laboral e um especial inovação com ênfase, nesta edição, na importância do ensino para a promoção da inovação

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PRIMEIRO

LUGAR

MOÇAMBIQUE ESSENCIAL. PEQUENAS NOTÍCIAS SOBRE UM GRANDE PAÍS

AMBIENTE DE NEGÓCIOS:

Um dos pontos fracos

da economia nacional

SPS UNIVERSAL/ UNSPLASH

RANKING

AMBIENTE DE NEGÓCIOS PIOROU

A posição de Moçambique no índice que mede o ambiente favorável

aos negócios nos diferentes países do mundo, da responsabilidade

do Banco Mundial, recuou. Com efeito, na edição deste

ano do Doing Business, relativa a 2019, Moçambique figura entre

190 países, na 138ª posição, decaindo assim três lugares em relação

a 2018. Em 100 pontos possíveis do índice Doing Business,

Moçambique apenas obtém 55 pontos na soma dos diferentes

aspectos que contribuem, ou não, para favorecer o ambiente de

negócios propício ao dinamismo da iniciativa privada e à geração

de riqueza. Mesmo assim, ainda obtém uma melhor pontuação

do que países vizinhos, como o Zimbabwe ou a Tanzânia, ficando,

contudo, atrás da África do Sul, Zâmbia, Botswana e Lesoto.

Entre os países africanos de língua portuguesa e que pertencem

à CPLP, Moçambique fica à frente da Guiné-Bissau, Angola (que,

apesar das reformas do novo governo de João Lourenço, desce

vários lugares) e São Tomé e Príncipe. Entre estes países só Cabo

Verde consegue uma classificação melhor que Moçambique, posicionando-se

no lugar imediatamente anterior (137ª) no ranking

global. De referir que a Guiné-Bissau foi o único país africano de

língua portuguesa a melhorar a posição no índice, com São Tomé

e Príncipe a manter a posição, enquanto os restantes pioraram.

Os piores países para fazer negócios são a Guiné Equatorial,

o Haiti, a República do Congo, Timor-Leste, Chade, República

Democrática do Congo, República Centro-Africana, Sudão do

Sul, Líbia, República do Iémen, Venezuela, Eritreia e Somália, que

fecham a tabela Doing Business publicada este ano.

O Doing Business analisa, desde 2003, se a regulação existente

em 190 economias é favorável à realização de negócios,

entre os quais os requisitos de capital mínimo exigidos. Durante

este período, 106 economias promulgaram 139 reformas regulatórias

que reduzem ou eliminam os requisitos de capital mínimo.

Destas, 79 economias implementaram uma mudança regulatória,

e 27 economias promulgaram mais de uma.

A regulamentação analisada pelo índice afecta 12 vertentes da

vida empresarial: como iniciar um negócio, lidar com licenças de

construção, aceder a energia eléctrica, registar uma propriedade,

obter crédito, proteger os investidores minoritários, pagar impostos,

negociar além-fronteiras, cumprir contratos, resolver insolvências,

empregar trabalhadores e contratar com o governo. Este

ano, estes últimos indicadores não foram incluídos. A EXAME voltará,

numa próxima edição, aos desafios do ambiente de negócios

em Moçambique.

8 | Exame Moçambique

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