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Projecto de Decreto-Lei TNI e TNAIPDC ... - Segurança Social

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TABELA NACIONAL DE INCAPACIDADES<br />

Estruturas congénitas que, pela persistência, originam hérnias (exemplo: canal peritoneovaginal).<br />

Na etiopatogenia das hérnias, consi<strong>de</strong>ram-se dois tipos <strong>de</strong> factores: os causais e os agravantes.<br />

I - Nos factores causais apontam-se:<br />

1. A persistência <strong>de</strong> formações congénitas peritoneais que não se obliteraram e das quais a mais<br />

importante é o canal peritoneovaginal, origem das hérnias oblíquas externas ou indirectas;<br />

2. O não encerramento do anel umbilical, que explica as hérnias umbilicais dos jovens;<br />

3. Aceitam-se também hoje como factores causais importantes a <strong>de</strong>generescência e as<br />

perturbações metabólicas dos tecidos <strong>de</strong> suporte abdominal, sobretudo do tecido conjuntivo.<br />

Estas alterações estariam na origem das hérnias dos adultos e idosos, em que não existem<br />

factores congénitos imputáveis, como se exemplificará adiante;<br />

4. A rotura muscular também invocada como mecanismo causal só é aceitável no traumatismo<br />

directo com lesão musculo-aponevrótica, já que a contracção muscular violenta com rotura só<br />

muito excepcionalmente tem sido <strong>de</strong>scrita.<br />

De qualquer modo, esta situação pressupõe um traumatismo e o aparecimento subsequente<br />

<strong>de</strong> hérnia. Neste caso a hérnia manifesta-se com sinais e sintomas que contrastam com o<br />

carácter insidioso com que se instalam a maioria das outras hérnias.<br />

II - Como factores agravantes citamos:<br />

1. Os esforços repetidos mais ou menos intensos: tosse, micção, <strong>de</strong>fecação, etc., que contribuem<br />

para as hérnias que surgem nos bronquíticos, prostáticos, obstipados, etc.;<br />

2. A hipertensão abdominal, que suce<strong>de</strong> por exemplo na ascite ou gravi<strong>de</strong>z e que é responsável por<br />

algumas hérnias umbilicais.<br />

Conjugando os dados acima referidos, po<strong>de</strong>mos admitir o aparecimento <strong>de</strong> uma hérnia:<br />

a) Quando existe um factor congénito importante que por si só é capaz <strong>de</strong> a explicar - caso<br />

da maioria das hérnias oblíquas externas e das umbilicais;<br />

b) Quando existem alterações metabólicas e <strong>de</strong>generativas teciduais que diminuem a<br />

resistência e tonicida<strong>de</strong> parietal, <strong>de</strong>bilitando-a progressivamente. Por exemplo: Adultos<br />

com carências várias e doentes <strong>de</strong>snutridos com doenças crónicas; Idosos;<br />

c) Quando sobrevenham traumatismos provocando lesões teciduais da pare<strong>de</strong> abdominal;<br />

d) Quando existe concorrência <strong>de</strong> factores causais e agravantes - são os casos <strong>de</strong> esforços<br />

repetidos, não violentos, conjugados com a persistência do canal peritoneovaginal ou com<br />

uma oclusão insuficiente do anel umbilical.<br />

Em conclusão, as hérnias da pare<strong>de</strong> abdominal explicam-se por factores causais e agravantes,<br />

aqueles essenciais e estes acessórios.<br />

As activida<strong>de</strong>s profissionais, mesmo as que impõem gran<strong>de</strong>s esforços, não po<strong>de</strong>m, por si só,<br />

consi<strong>de</strong>rar-se causadoras <strong>de</strong> hérnias. O esforço é <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ante ou agravante <strong>de</strong> situações<br />

predisponentes. Os aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho apenas po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>rados como agravantes <strong>de</strong> uma<br />

www.seg-social.pt<br />

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