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- Ama a Contra-Revolução e a ordem cristã, odeia a Revolução e a “anti-ordem”.<br />
- Faz desse amor e desse ódio o eixo em torno do qual gravitam todos os seus ideais,<br />
preferências e atividades.<br />
Claro está que essa atitude de alma não exige instrução superior. Assim como Santa Joana<br />
D'Arc não era teólogo mas surpreendeu seus juizes pela profundidade teológica de seus<br />
pensamentos, assim os melhores soldados da Contra-Revolução, animados por uma admirável<br />
compreensão do seu espírito e dos seus objetivos, têm sido muitas vezes simples camponeses, da<br />
Navarra, por exemplo, da Vendéa ou do Tirol.<br />
2. EM ESTADO POTENCIAL<br />
Em estado potencial, contra-revolucionários são os que têm uma ou outra das opiniões e dos<br />
modos de sentir dos revolucionários, por inadvertência ou qualquer outra razão ocasional, e sem que<br />
o próprio fundo de sua personalidade esteja afetado pelo espírito da Revolução. Alertadas,<br />
esclarecidas, orientadas, essas pessoas adotam facilmente uma posição contra-revolucionária. E<br />
nisto se distinguem dos “semicontra-revolucionários” de que atrás falávamos 43 .<br />
Capítulo V - A Tática da Contra-Revolução<br />
A Tática da Contra-Revolução pode ser considerada em pessoas, grupos, ou correntes de<br />
opinião, em função de três tipos de mentalidade: o contra-revolucionário atual, o contrarevolucionário<br />
potencial e o revolucionário.<br />
1. EM RELAÇÃO AO CONTRA-REVOLUCIONÁRIO ATUAL<br />
O contra-revolucionário atual é menos raro do que nos parece à primeira vista. Possui ele uma<br />
clara visão das coisas, um amor fundamental à coerência e um ânimo forte. Por isto tem uma noção<br />
lúcida das desordens do mundo contemporâneo e das catástrofes que se acumulam no horizonte.<br />
Mas sua própria lucidez lhe faz perceber toda a extensão do isolamento em que tão freqüentemente<br />
se encontra, num caos que lhe parece sem solução. Então o contra-revolucionário, muitas vezes, se<br />
cala, abatido. Triste situação: “Vae soli”, diz a Escritura 44 .<br />
Uma ação contra-revolucionária deve ter em vista, antes de tudo, detectar esses elementos,<br />
fazer com que se conheçam, com que se apoiem uns aos outros para a profissão pública de suas<br />
convicções. Ela pode realizar-se de dois modos diversos:<br />
A. Ação individual<br />
Esta ação deve ser feita antes de tudo na escala individual. Nada mais eficiente que a tomada<br />
de posição contra-revolucionária franca e ufana de um jovem universitário, de um oficial, de um<br />
professor, de um Sacerdote sobretudo, de um aristocrata ou um operário influente em seu meio. A<br />
primeira reação que obterá será por vezes de indignação. Mas se perseverar por um tempo que será<br />
mais longo, ou menos, conforme as circunstâncias, verá, pouco a pouco, aparecerem companheiros.<br />
B. Ação em conjunto<br />
Esses contactos individuais tendem, naturalmente, a suscitar nos diversos ambientes vários<br />
contra-revolucionários que se unem numa família de almas cujas forças se multiplicam pelo próprio<br />
fato da união.<br />
43<br />
Parte I - Cap. IX.<br />
44<br />
Ecle. 4,10.<br />
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