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ecursos naturais tem uma importância muito secundária. A verdadeira força da Igreja está em ser o<br />
Corpo Místico de Nosso Senhor Jesus Cristo.<br />
5. A IGREJA É A ALMA DA CONTRA-REVOLUÇÃO<br />
Se a Contra-Revolução é a luta para extinguir a Revolução e construir a cristandade nova,<br />
toda resplendente de fé, de humilde espírito hierárquico e de ilibada pureza, é claro que isto se fará<br />
sobretudo por uma ação profunda nos corações. Ora, esta ação é obra própria da Igreja, que ensina a<br />
doutrina católica e a faz amar e praticar. A Igreja é, pois, a própria alma da Contra-Revolução.<br />
6. A EXALTAÇÃO DA IGREJA É O IDEAL DA CONTRA-REVOLUÇÃO<br />
Proposição evidente. Se a Revolução é o contrário da Igreja, é impossível odiar a Revolução<br />
(considerada globalmente, e não em algum aspecto isolado) e combatê-la, sem ipso facto ter por<br />
ideal a exaltação da Igreja.<br />
7. O ÂMBITO DA CONTRA-REVOLUÇÃO ULTRAPASSA, DE ALGUM<br />
MODO, O DA IGREJA<br />
Pelo que ficou dito, a ação contra-revolucionária envolve uma reorganização de toda a<br />
sociedade temporal: “Há todo um mundo a ser reconstruído até em seus fundamentos”, disse Pio<br />
XII 63 , diante dos escombros de que a Revolução cobriu a terra inteira.<br />
Ora, esta tarefa de uma fundamental reorganização contra-revolucionária da sociedade<br />
temporal, se de um lado deve ser toda inspirada pela doutrina da Igreja, envolve de outro um sem<br />
número de aspectos concretos e práticos que estão propriamente na ordem civil. E a este título a<br />
Contra-Revolução transborda do âmbito eclesiástico, continuando sempre profundamente ligada à<br />
Igreja no que diz respeito ao Magistério e ao poder indireto desta.<br />
8. SE TODO CATÓLICO DEVE SER CONTRA-REVOLUCIONÁRIO<br />
Na medida em que é apóstolo, o católico é contra-revolucionário. Mas ele o pode ser de<br />
modos diversos.<br />
A. O contra-revolucionário implícito<br />
Pode sê-lo implícita e como que inconscientemente. É o caso de uma Irmã de Caridade num<br />
hospital. Sua ação direta visa a cura dos corpos, e sobretudo o bem das almas. Ela pode exercer esta<br />
ação sem falar de Revolução e Contra-Revolução. Pode até viver em condições tão especiais que<br />
ignore o fenômeno Revolução e Contra-Revolução. Porém, na medida em que realmente fizer bem<br />
às almas, estará obrigando a retroceder nelas a influência da Revolução, o que é implicitamente<br />
fazer Contra-Revolução.<br />
B. Modernidade de uma explicitação contra-revolucionária<br />
Numa época como a nossa, toda imersa no fenômeno Revolução e Contra-Revolução, parecenos<br />
condição de sadia modernidade conhecê-lo a fundo e tomar diante dele a atitude perspicaz e<br />
enérgica que as circunstâncias pedem.<br />
Assim, cremos sumamente desejável que todo apostolado atual, sempre que for o caso, tenha<br />
uma intenção e um tônus explicitamente contra-revolucionário.<br />
Em outros termos, julgamos que o apóstolo realmente moderno, qualquer que seja o campo a<br />
que se dedique, acrescerá muito a eficácia de seu trabalho se souber discernir a Revolução nesse<br />
campo, e marcar correspondentemente de um cunho contra-revolucionário tudo quanto fizer.<br />
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Exortação aos fiéis de Roma, de 10-II-1952 – Discorsi e Radio-messaggi, vol. XIII, p. 471.<br />
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