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azão para desanimar pelo fato de que a grande maioria dos homens não está atualmente de seu<br />

lado. Um estudo exato da História nos mostra, com efeito, que não foram as massas que fizeram a<br />

Revolução. Elas se moveram num sentido revolucionário porque tiveram atrás de si elites<br />

revolucionárias. Se tivessem tido atrás de si elites de orientação oposta, provavelmente se teriam<br />

movido num sentido contrário. O fator massa, segundo mostra a visão objetiva da História, é<br />

secundário; o principal é a formação das elites. Ora, para essa formação, o contra-revolucionário<br />

pode estar sempre aparelhado com os recursos de sua ação individual, e pode pois obter bons frutos,<br />

apesar da carência de meios materiais e técnicos com que, às vezes, tenha que lutar.<br />

Capítulo VI - Os meios de ação da Contra-Revolução<br />

1. TENDER PARA OS GRANDES MEIOS DE AÇÃO<br />

Em principio, é claro, a ação contra-revolucionária merece ter à sua disposição os melhores<br />

meios de televisão, rádio, imprensa de grande porte, propaganda racional, eficiente e brilhante. O<br />

verdadeiro contra-revolucionário deve tender sempre à utilização de tais meios, vencendo o estado<br />

de espírito derrotista de alguns de seus companheiros que, de antemão, abandonam a esperança de<br />

dispor deles porque os vêm sempre na posse dos filhos das trevas.<br />

Entretanto, devemos reconhecer que, in concreto, a ação contra-revolucionária terá de se<br />

realizar muitas vezes sem esses recursos.<br />

2. UTILIZAR TAMBÉM OS MEIOS MODESTOS: SUA EFICÁCIA<br />

Ainda assim, e com meios dos mais modestos, poderá ela alcançar resultados muito<br />

apreciáveis, se tais meios forem utilizados com retidão de espírito e inteligência. Como vimos, é<br />

concebível uma ação contra-revolucionária reduzida à mera atuação individual. Mas não se pode<br />

concebê-la sem esta última. A qual, por sua vez, desde que bem feita, abre as portas para todos os<br />

progressos.<br />

Os pequenos jornais de inspiração contra-revolucionária, quando de bom nível, têm uma<br />

eficácia surpreendente, principalmente para a tarefa primordial de fazer com que os contrarevolucionários<br />

se conheçam.<br />

Tão ou mais eficientes podem ser o livro, a tribuna e a cátedra, a serviço da Contra-<br />

Revolução.<br />

Capítulo VII - Obstáculos à Contra-Revolução<br />

1. ESCOLHOS A EVITAR ENTRE OS CONTRA-REVOLUCIONÁRIOS<br />

Os escolhos a evitar entre os contra-revolucionários estão, muitas vezes, em certos maus<br />

hábitos de agentes da Contra-Revolução.<br />

Nas reuniões ou nos impressos contra-revolucionários a temática deve ser cuidadosamente<br />

selecionada. A Contra-Revolução deve mostrar sempre um aspecto ideológico, mesmo quando trata<br />

de questões muito pormenorizadas e contingentes. Revolver, por exemplo, os problemas políticopartidários<br />

da História recente ou da atualidade pode ser útil. Mas dar excessivo realce a<br />

questiúnculas pessoais, fazer da luta com adversários ideológicos locais o principal da ação contrarevolucionária,<br />

apresentar a Contra-Revolução como se fosse uma simples nostalgia (não negamos,<br />

aliás, é claro, a legitimidade dessa nostalgia) ou um mero dever de fidelidade pessoal, por mais<br />

santo e justo que este seja, é apresentar o particular como sendo o geral, a parte como sendo o todo,<br />

é mutilar a causa que se quer servir.<br />

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