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2. CRISTANDADE E REPÚBLICA UNIVERSAL<br />

A Contra-Revolução, inimiga da República Universal, também não é favorável à situação<br />

instável e anorgânica criada pela cisão da Cristandade e pela secularização da vida internacional nos<br />

Tempos Modernos.<br />

A plena soberania de cada nação não se opõe a que os povos que vivem na Igreja, formando<br />

uma vasta família espiritual, constituam, para resolver suas questões no plano internacional, órgãos<br />

profundamente impregnados de espírito cristão e possivelmente presididos por representantes da<br />

Santa Sé. Tais órgãos poderiam também favorecer a cooperação dos povos católicos para o bem<br />

comum em todos os seus aspectos, especialmente no que diz respeito à defesa da Igreja contra os<br />

infiéis, e à proteção da liberdade dos missionários em terras gentílicas ou dominadas pelo<br />

comunismo. Poderiam tais órgãos, por fim, entrar em contacto com povos não católicos para a<br />

manutenção da boa ordem nas relações internacionais.<br />

Sem negar os importantes serviços que em várias ocasiões possam ter prestado neste sentido<br />

organismos leigos, a Contra-Revolução deve fazer ver sempre a terrível lacuna que é a laicidade<br />

destes, bem como alertar os espíritos contra o risco de que esses organismos se transformem num<br />

germe de Republica Universal 60 .<br />

3. CONTRA-REVOLUÇÃO E NACIONALISMO<br />

Nesta ordem de idéias, a Contra-Revolução deverá favorecer a manutenção de todas as sadias<br />

características locais, em qualquer terreno, na cultura, nos costumes, etc.<br />

Mas seu nacionalismo não tem o caráter de depreciação sistemática do que é de outros, nem<br />

de adoração dos valores pátrios como se fossem desligados do grande acervo da civilização cristã.<br />

A grandeza que a Contra-Revolução deseja para todos os países só é e só pode ser uma: a<br />

grandeza cristã, que implica na preservação dos valores peculiares a cada um, e no convívio<br />

fraterno entre todos.<br />

4. A CONTRA-REVOLUÇÃO E O MILITARISMO<br />

O contra-revolucionário deve lamentar a paz armada, odiar a guerra injusta e deplorar a<br />

corrida armamentista de nossos dias.<br />

Não tendo, porém, a ilusão de que a paz reinará sempre, considera uma necessidade deste<br />

mundo de exílio a existência da classe militar, para a qual pede toda a simpatia, todo o<br />

reconhecimento, toda a admiração a que fazem jus aqueles cuja missão é lutar e morrer para o bem<br />

de todos 61 .<br />

Capítulo XII - A Igreja e a Contra-Revolução<br />

A Revolução nasceu, como vimos, de uma explosão de paixões desregradas, que vai<br />

conduzindo à destruição de toda a sociedade temporal, à completa subversão da ordem moral, à<br />

negação de Deus. O grande alvo da Revolução é, pois, a Igreja, Corpo Místico de Cristo, Mestra<br />

infalível da verdade, tutora da Lei natural e, assim, fundamento último da própria ordem temporal.<br />

Isto posto, cumpre estudar a relação entre a Instituição divina que a Revolução quer destruir, e<br />

a Contra-Revolução.<br />

60<br />

Cfr. Parte I - Cap. VII, 3, A, k.<br />

61<br />

Cfr. parte I - Cap. XII.<br />

43

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