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Revolução. E talvez esse capítulo ocupe por si só um volume igual ao aqui consagrado às três<br />

revoluções anteriores.<br />

Com efeito, é próprio aos processos de decadência complicar tudo, quase ao infinito. E por<br />

isso cada etapa da Revolução é mais complicada que a anterior, obrigando a Contra-Revolução a<br />

esforços paralelamente mais pormenorizados e complexos.<br />

* * *<br />

Nessas perspectivas sobre a Revolução e a Contra-Revolução, e sobre o futuro do trabalho<br />

que cumpre levar a cabo em função de uma e de outra, encerramos as presentes considerações.<br />

Incertos, como todo o mundo, sobre o dia de amanhã, erguemos em atitude de prece os nossos<br />

olhos até o trono excelso de Maria, Rainha do Universo. E ao mesmo tempo nos sobem aos lábios,<br />

adaptadas a Ela, as palavras do Salmista dirigidas ao Senhor:<br />

“Ad te levavi oculos meos, qui habitas in Caelis. Ecce sicut oculi servorum in manibus<br />

dominorum suorum. Sicut oculi ancillae in manibus dominae suae; ita oculi nostri ad Dominam<br />

Matrem nostram donec misereatur nostri” 87 .<br />

Sim, voltamos nossos olhos para a Senhora de Fátima, pedindo-Lhe quanto antes a contrição<br />

que nos obtenha os grandes perdões, a força para travarmos os grandes combates, e a abnegação<br />

para sermos desprendidos nas grandes vitórias que trarão consigo a implantação do Reino d'Ela.<br />

Vitórias estas que desejamos de todo coração, ainda que, para chegar até elas, a Igreja e o gênero<br />

humano tenham de passar pelos castigos apocalípticos - mas quão justiceiros, regeneradores e<br />

misericordiosos - por Ela previstos em 1917 na Cova da Iria.<br />

Conclusão 88<br />

Interrompemos a parte final de Revolução e Contra-Revolução, edição brasileira de 1959,<br />

para atualizar, nas páginas que precedem, o texto original<br />

Isto feito, perguntamo-nos se a pequena Conclusão do texto original de 1959 e das edições<br />

posteriores ainda merece ser mantida, ou se comporta, pelo menos, alguma modificação. Relemo-la<br />

com cuidado. E chegamos à persuasão de que não há motivo para não mantê-la, bem como não há<br />

razão para alterá-la no que quer que seja.<br />

Dizemos, hoje, como dissemos então:<br />

Na realidade, por tudo quanto aqui se disse, para uma mentalidade posta na lógica dos<br />

princípios contra-revolucionários, o quadro de nossos dias é muito claro. Estamos nos lances<br />

supremos de uma luta, que chamaríamos de morte se um dos contendores não fosse imortal, entre a<br />

Igreja e a Revolução. Filhos da Igreja, lutadores nas lides da Contra-Revolução, natural é que, ao<br />

cabo deste trabalho, o consagremos filialmente a Nossa Senhora.<br />

A primeira, a grande, a eterna revolucionária, inspiradora e fautora suprema desta Revolução,<br />

como das que a precederam e lhe sucederem, é a Serpente, cuja cabeça foi esmagada pela Virgem<br />

Imaculada. Maria é, pois, a Padroeira de quantos lutam contra a Revolução.<br />

A mediação universal e onipotente da Mãe de Deus é a maior razão de esperança dos contrarevolucionários.<br />

E em Fátima Ela já lhes deu a certeza da vitória, quando anunciou que, ainda<br />

mesmo depois de um eventual surto do comunismo no mundo inteiro, “por fim seu Imaculado<br />

Coração triunfará”.<br />

Aceite a Virgem, pois, esta homenagem filial, tributo de amor e expressão de confiança<br />

absoluta em seu triunfo.<br />

87<br />

“Levanto meus olhos para ti, que habitas nos céus. Assim como os olhos dos servos estão fixos nas mãos dos seus senhores, e os olhos da<br />

escrava nas mãos de sua senhora, assim nossos olhos estão fixos na Senhora, Mãe nossa, até que Ela tenha misericórdia de nós” - Cfr. Ps. 122, 1-2.<br />

88<br />

NOTA DA EDITORA: Os três primeiros parágrafos desta Conclusão foram redigidas em 1976. O restante é transcrição literal da<br />

Conclusão redigida em 1959.<br />

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