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VIAGENS NA MINHA TERRA

Viagens na minha terra - Luso Livros

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— «Basta: não lhe direi nada. Mas à nossa avó quando lho hei de dizer, equando hás de tu ir vê-la?»— «Por ora não: preciso licença de Lisboa, ou do quartel-general quandomenos, para fazer uma coisa que todas as leis da guerra proíbem, que nasatuais circunstâncias e em semelhante guerra ainda é mais defesa. E sem isso— tu bem sabes que as minhas resoluções não se mudam — sem isso não ofaço. Em todo o caso, que Fr. Dinis nem sonhe...»— «E quanto tempo, quantos dias se hão de passar?»— «Eu sei? oito, quinze dias talvez, talvez mais.»— «E a minha pobre avó, coitadinha! a morrer de saudades...»— «Consola-a tu, Joaninha: diz-lhe que tiveste notícias minhas, que estoubom, que me não falta nada, que tenho esperanças de vos ver muito cedo.»— «E eu... eu posso, eu hei de ver-te todos os dias: não, Carlos?»— «Amanhã é sexta-feira...»— «Amanhã é dia negro... nem eu queria: amanhã não pode ser, bem sei.Mas, tirado amanhã, meu Carlos, oh! todos os dias!»— «Sim, querido anjo, sim.»— «Prometes?»— «Juro-to.»

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