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VIAGENS NA MINHA TERRA

Viagens na minha terra - Luso Livros

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O vulto era de mulher e parecia uma sombra, aparição fantástica no meiodaquela cena misteriosa, só, triste.Na distância figurava-se-me alto em demasia: Júlia não era nem podia ser; Júliaa mais diminutiva e delicada de quantas fadas bonitas e graciosas têm trazidovarinha de condão. Laura... ai! Laura tão longe estava dali!... Quem seria pois?Só se fosse!... Quem?Aquela elegância, aquele cabelo solto e anelado, aquele ar gentil não podia sersenão dela...Dela, quem?Ainda te não falei, quase, da última das três belas irmãs que me encantavam,não ta descrevi, não ta nomeei pelo seu nome. Repugnava-me fazê-lo. Mas épreciso: custa-me, não há remédio. Era Georgina.Georgina que tu conheces, Georgina que... era Georgina a que vinha a mimnaquela — fatal ou feliz? — manhã; Georgina que de todas três era a quemenos me falava, que eu verdadeiramente menos conhecia.Este o meu coração, à força de ferido e de mal curado que tem sido, pressentee adivinha as mudanças de tempo com uma dor crónica que me dá. Pressentinão sei quê ao ver aproximar-se Georgina...— «Como foi bom em vir! Estou realmente feliz do ver. E Júlia, a pobreJúlia, que alegria que vai ter, há de curá-la de todo.»

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