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VIAGENS NA MINHA TERRA

Viagens na minha terra - Luso Livros

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pensa mais nisso. C. J. X., que morreu a assinar uma portaria, já tinha largadoa pena quando chegou ali pelos Prazeres (*) ; quanto mais!...[(*) Nota do Autor: Um dos dois cemitérios de Lisboa — seja dito para inteligência do leitor provinciano— chama-se «dos Prazeres», por uma ermida que ali existia com esta invocação desde antes do terreno ter opresente destino. É notável a coincidência do nome.]O homem há de estar nas ilhas Beatas. Vamos lá...E ei-lo ali: lá está o bom do marquês a jogar o whist com o barão de Bidefeld,com o imperador Leopoldo e com o poeta Dinis. A partida deve de serinteressante, talvez aposta essa gente toda — esses manes todos que estão àroda. Que cara que fez o marquês para um finadinho que lhe foi meter o nariznas cartas! Quem havia de ser! O intrometido de M. de Talleyrand. Estava-lhecaindo. Mas não viu nada: o nobre marquês sempre soube esconder o seujogo.A mim é que ele já me viu. — «Que diz? Ah!... Sim senhor, sou português; evenho fazer uma pergunta a V. Exa., esclarecer-me sobre um pontoimportante.»Deitou-me a tremenda luneta.— «Para que mandou V. Exa. arrancar as vinhas do Ribatejo?»

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