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VIAGENS NA MINHA TERRA

Viagens na minha terra - Luso Livros

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CAPÍTULO XXXIQuomodo sedet sola civitas. — Santarém. — Portugal em verso e Portugal em prosa. —Esquisito lavor de umas portas e janelas de arquitetura moçárabe. — Busto de D. AfonsoHenriques. — As salgadeiras de África. — Porta do Sol. — Muralhas de Santarém. —Voltemos à história de Fr. Dinis e da menina dos olhos verdes.Eram mais de dez horas da manhã quando saímos a começar a longa via-sacrade relíquias, templos e monumentos que são hoje toda Santarém.A vida palpitante e atual acabou aqui inteiramente: hoje é um livro que sórecorda o que foi. Entre a história maravilhosa do passado que todas estaspedras memoram e as profecias tremendas do futuro que parecem gravadasnelas em caracteres misteriosos, não há mais nada: o presente não é, ou écomo se não fosse: tão pequeno, tão mesquinho, tão insignificante, tãodesproporcionado parece a tudo isto!Dá vontade de entoar com o poeta inspirado de Jerusalém: «Quomodo sedetsola civitas» Portugal é, foi sempre uma nação de milagre, de poesia.Desfizeram o prestígio; veremos como ele vive em prosa. Morrer, não morre aterra, nem a família, nem as raças: mas as nações deixam de existir. — Poisembora, já que assim o querem. A mim não me fica escrúpulo.

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