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Avaliação das propriedades gelificantes e emulsionantes de ...

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Revisão bibliográfica<br />

Este conjunto <strong>de</strong> proteínas é eliminado no processo tradicional <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> surimi,<br />

juntamente com a água utilizada nas etapas <strong>de</strong> lavagem. Visto que estas proteínas apresentam<br />

um valor nutricional semelhante ao <strong>das</strong> proteínas miofibrilares, têm sido realizados diversos<br />

estudos com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> evitar as per<strong>das</strong> <strong>de</strong>stas proteínas solúveis e recuperá-las <strong>de</strong> modo a<br />

serem utiliza<strong>das</strong> com diferentes fins.<br />

2.3. Proteínas Vegetais<br />

O uso <strong>de</strong> proteínas vegetais nos produtos alimentares como alternativa às proteínas animais tem<br />

vindo a ganhar bastante interesse ao longo dos últimos anos. O preço relativamente baixo <strong>das</strong><br />

proteínas vegetais proporcionou um elevado impulso para a sua utilização em produtos<br />

alimentares como por exemplo, em produtos à base <strong>de</strong> surimi (Luo et al., 2004).<br />

A proteína <strong>de</strong> soja é a mais usada, contudo este cultivar não é muito adaptável ao clima Europeu<br />

e para a reduzir o impacto económico e ambiental negativo da <strong>de</strong>pendência <strong>das</strong> importações <strong>de</strong><br />

soja da Europa, as proteínas <strong>de</strong> outras leguminosas, como por exemplo ervilha, feijão ou<br />

tremoço (Raymundo et. al., 2002) começaram a ser produzi<strong>das</strong> na Europa.<br />

2.3.1. Proteína <strong>de</strong> ervilha<br />

As proteínas maioritariamente presentes nas sementes <strong>de</strong> ervilha (Pisum sativum L.) são as<br />

globulinas e as albuminas.<br />

Os isolados proteicos <strong>de</strong> ervilha comercialmente disponíveis são ricos principalmente em<br />

globulinas que são heterogeneamente compostas por leguminas e vicilinas.<br />

As sementes <strong>de</strong> ervilha têm 20-30% <strong>de</strong> proteína, maioritariamente correspon<strong>de</strong>nte a proteínas <strong>de</strong><br />

armazenamento. As duas principais proteínas, a legumina (7S) e a vicilina (11S), são globulinas<br />

e representam 65-80% <strong>de</strong> to<strong>das</strong> as proteínas extraíveis (Schroe<strong>de</strong>r, 1982). Estas têm uma<br />

estrutura quaternária regular que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do pH e da concentração <strong>de</strong> sal (Gharsallaoui et al.,<br />

2009).<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista nutricional, a proteína <strong>de</strong> ervilha tem a vantagem <strong>de</strong> apresentar uma<br />

composição equilibrada em aminoácidos, especialmente em lisina, um aminoácido essencial<br />

(Schnei<strong>de</strong>r and Lacampagne, 2000). Tal como as características nutricionais, as suas boas<br />

<strong>proprieda<strong>de</strong>s</strong> funcionais, como a gelificação, a emulsificação e a formação <strong>de</strong> espumas têm<br />

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