Avaliação das propriedades gelificantes e emulsionantes de ...
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Conclusão<br />
5. CONCLUSÃO<br />
Neste trabalho prático recuperaram-se as proteínas existente nos subprodutos <strong>de</strong> pescada-do-<br />
Cabo <strong>de</strong> modo a valorizar os mesmos. Esta recuperação proteica foi realizada com sucesso por<br />
solubilização proteica. A posterior liofilização levou à obtenção <strong>de</strong> proteínas recupera<strong>das</strong> <strong>de</strong><br />
pescada secas com valores <strong>de</strong> proteína brutal/proteína total, matéria gorda livre, humida<strong>de</strong> e<br />
cinza total interessantes na sua utilização neste estudo prático.<br />
A análise da textura dos géis <strong>das</strong> misturas dos géis <strong>das</strong> misturas <strong>de</strong> proteína <strong>de</strong> ervilha (PE) e<br />
proteína recuperada <strong>de</strong> pescada (PRP) permitiu verificar que estes géis apresentam valores <strong>de</strong><br />
firmeza cada vez menores à medida que a percentagem <strong>de</strong> PRP na mistura diminui (ou a<br />
percentagem <strong>de</strong> PE aumenta). Este facto permitiu concluir que a adição <strong>de</strong> PE prejudica a<br />
firmeza dos géis resultantes. Estes resultados mostram que a PE po<strong>de</strong> funcionar como um<br />
agente perturbador <strong>de</strong> gelificação nestas misturas, prejudicando <strong>de</strong>ste modo a re<strong>de</strong> proteica<br />
formada pelas proteínas <strong>de</strong> pescada. Outro motivo para esta diminuição dos valores <strong>de</strong> firmeza<br />
com o aumento do teor <strong>de</strong> proteína <strong>de</strong> ervilha é o facto <strong>de</strong> estes dois diferentes tipos <strong>de</strong> proteínas<br />
pu<strong>de</strong>rem formar re<strong>de</strong>s proteicas in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e termodinamicamente incompatíveis.<br />
Através da avaliação <strong>das</strong> <strong>proprieda<strong>de</strong>s</strong> viscoelásticas dos géis resultantes <strong>das</strong> misturas concluise<br />
que os géis <strong>de</strong> to<strong>das</strong> as cinco diferentes misturas estão praticamente formados no final do 1º<br />
arrefecimento. A avaliação <strong>das</strong> cinéticas <strong>de</strong> maturação permite concluir que o teor <strong>de</strong> proteína<br />
<strong>das</strong> PRP utilizado neste trabalho foi um pouco elevado, uma vez que os géis <strong>das</strong> misturas que<br />
contêm PRP (80PRP+20PE, 50PRP+50PE, 20PE+80PRP) atingiram a maturação completa nos<br />
primeiros min da etapa da maturação. Ao longo do resto do tempo da maturação, os valores <strong>de</strong><br />
G’ e G’’ permanecem praticamente constantes. Relativamente aos espetros mecânicos, estes<br />
permitem concluir que os géis <strong>das</strong> cinco misturas são caraterizados como géis fracos e à medida<br />
que a percentagem <strong>de</strong> PRP na mistura é maior, os géis resultantes apresentavam uma maior<br />
estruturação, uma vez que os valores dos módulos <strong>de</strong> conservação e <strong>de</strong> dissipação são cada vez<br />
mais elevados.<br />
A avaliação <strong>das</strong> <strong>proprieda<strong>de</strong>s</strong> viscoelásticas <strong>das</strong> emulsões prepara<strong>das</strong> a partir <strong>das</strong> cinco<br />
diferentes misturas mostram que a mudança <strong>de</strong> pH <strong>de</strong> 7 para 3,8 não alterou a zona <strong>de</strong><br />
viscoelasticida<strong>de</strong> linear nem o comportamento <strong>das</strong> curvas <strong>de</strong> viscosida<strong>de</strong>, que em ambos os<br />
casos em to<strong>das</strong> as misturas apresentam um comportamento reofluidificante. Contudo, a análise<br />
<strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação limite, permite concluir que a pH 7 a emulsão que apresenta uma<br />
maior velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação limite correspon<strong>de</strong> à mistura 20PE+80PRP, enquanto que a pH<br />
3,8 correspon<strong>de</strong> à mistura 100PRP. To<strong>das</strong> estas emulsões (quer a pH 7 ou a pH 3,8) apresentam<br />
espetros mecânicos típicos <strong>de</strong> emulsões proteicas estabiliza<strong>das</strong> nas quais uma re<strong>de</strong> proteica é<br />
<strong>de</strong>senvolvida <strong>de</strong>vido à ocorrência <strong>de</strong> um extenso processo <strong>de</strong> floculação em ponte e em que o<br />
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