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Estudo da técnica de dopagem de agregados em concretos de alto desempenho<br />

113<br />

O uso de sílica ativa refina a microestrutura do concreto e a zona de interface entre o<br />

agregado e a pasta de cimento com sílica é drasticamente reduzida, levando a um alto desempenho<br />

do concreto. Baseado no estudo de Melo (2000), o consumo de sílica ativa foi fixado em 10% em<br />

substituição à massa de cimento.<br />

Objetivando redução de água de amassamento em misturas cimentíceas, visando a redução<br />

de sua porosidade, foram avaliados dois aditivos superplastificantes, sendo posteriormente escolhido<br />

e utilizado o aditivo à base de polímeros policarboxilatos, com densidade de 1,05 kg/dm 3 .<br />

Como agregado miúdo, a ser utilizado na confecção dos concretos, foi escolhida uma areia<br />

quartzosa de cava proveniente da mineradora Itaporanga, com D máx igual a 2,4mm, levando-se em<br />

conta sua granulometria, disponibilidade comercial na região da cidade de São Carlos e a morfologia<br />

das partículas que os compõem.<br />

Os agregados graúdos foram escolhidos após um estudo de pesquisa na internet e outros<br />

centros de pesquisas. Como perspectivas de uso, inicialmente foram escolhidos os seixos rolados, as<br />

concreções lateríticas e os agregados graníticos.<br />

Após a escolha dos materiais, foi realizada a caracterização dos mesmos, sendo que a do<br />

agregado graúdo baseou-se em granulometria, absorção de água e massa específica, massa unitária<br />

e volume de vazios e teor de materiais pulverulentos, todos os ensaios prescritos por norma.<br />

A compatibilidade entre o cimento e os aditivos e adição foi feita através do ensaio de Kantro,<br />

que consiste na realização de um ensaio de abatimento com uma pequena quantidade de pasta em<br />

um minitronco de cone. Foram preparadas seqüências de misturas gerando diferentes composições<br />

de pastas, onde se fixaram as quantidades de cimento e relação água/aglomerante, variando-se o teor<br />

de aditivo (teores relativos à massa de cimento) de forma a estudar a eficiência da mistura.<br />

O passo seguinte, ainda a ser desenvolvido neste trabalho, é o estudo das soluções com sílica<br />

ativa e sua capacidade de impregnação aos agregados selecionados. Pretende-se avaliar três<br />

procedimentos de dopagem, a mencionar:<br />

1) O agregado será impregnado em solução de água, cimento, aditivo superplastificante retardador e<br />

sílica ativa – calda de alto desempenho. A homogeneização da mistura em misturadores será<br />

realizada em três instantes de tempo, a serem caracterizados em ensaios acessórios e em seguida,<br />

serão aplicados os procedimentos normais de fabricação do concreto.<br />

2) O agregado será impregnado em solução de água, cimento e aditivo superplastificante retardador –<br />

calda – e em seguida serão aplicados os procedimentos normais de fabricação do concreto.<br />

3) O agregado será impregnado em solução de água e sílica ativa. A matriz cimentante poderá ser<br />

uma ou outra conforme itens 1) ou 2).<br />

Para a dosagem dos concretos, será feito o empacotamento dos agregados miúdos e graúdos<br />

(NBR NM 45:2006), o estudo dos traços 1:3,5, 1:5,0 e 1:6,5 e a determinação do teor ideal de<br />

argamassa pelo método de Helene e Terzian (1992) em “Manual de Dosagem e Controle do<br />

Concreto”. O teor de aditivo será fixado para uma consistência do concreto fresco de 130±20 mm.<br />

Após a caracterização dos concretos nos estados fresco e endurecido, serão confeccionados<br />

blocos de concreto, não armado, com espessuras de 40 cm, dos quais serão retirados corpos de<br />

prova para comparação de resultados. Dos corpos de prova moldados e daqueles extraídos serão<br />

retiradas amostras para avaliações da microestrutura, através da técnica da microscopia eletrônica de<br />

varredura com EDS.<br />

4 RESULTADOS OBTIDOS OU ESPERADOS<br />

De posse dos resultados de espalhamento da pasta, “Figura 1”, obtidos do ensaio de Kantro,<br />

observou-se que o Aditivo A teve maior compatibilidade com o cimento. Considerando uma área de<br />

Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, v. 11, n. 53, p. 111-115, 2009

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