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172<br />
Michell Macedo Alves & Sergio Persival Baroncinni Proença<br />
2 METODOLOGIA<br />
No que se refere à metodologia do trabalho, destaca-se a revisão bibliográfica realizada com o<br />
objetivo de coletar informações relativas ao Método da Partição, que ainda se trata de um método<br />
pouco conhecido e testado. Ainda se realizou uma pesquisa referente aos métodos aproximativos tais<br />
como o MEF e o MEFG. Posteriormente a implementação computacional do Método da Partição<br />
aliado tanto ao MEFG quanto ao MEF. Em seguida realizou-se a comparação de resultados do<br />
subproblema local do Método da Partição tendo em vista os resultados obtidos via MEFG e MEF.<br />
Após as comparações foram feitas as conclusões.<br />
3 DESENVOLVIMENTO<br />
Em Andersson et al (1998) apresenta-se o Método da Partição que propõe uma decomposição<br />
(0)<br />
do problema original Ρ em três subproblemas. O primeiro, dito Ρ<br />
G<br />
, considera o domínio do sólido<br />
com as condições de contorno prescritas, porém sem a presença das I fissuras. O objetivo deste<br />
subproblema é a obtenção da distribuição de tensões nas linhas de fissuras. O segundo subproblema<br />
( k )<br />
Ρ<br />
L<br />
é concebido como um problema local, consistindo da análise de fissura imersa em meio infinito,<br />
cujas faces são submetidas a distribuições de tensões incógnitas (constante, linear, quadrático, etc)<br />
associadas ao modo I de abertura. Por simplificação neste trabalho considera-se somente este modo,<br />
no entanto, o método apresenta metodologia geral que pode ser estendida aos outros modos. Nota-se<br />
que diferentes subproblemas locais podem ser definidos, a depender das características (geometria e<br />
carregamento) de cada fissura. Dois são os objetivos do segundo subproblema: as estimativas do fator<br />
de intensidade de tensão na ponta da fissura e do campo de deslocamentos em linha de contorno<br />
arbitrariamente definida a partir das faces da fissura, caracterizando uma vizinhança que inclui a sua<br />
ponta. A razão principal para a definição dessa linha de contorno é permitir a consideração dos efeitos<br />
de interação entre fissuras. Quanto maior o número J de carregamentos polinomiais utilizados na<br />
aproximação maior se faz a precisão da solução deste subproblema. Tais aspectos diferem o método<br />
da partição de outros métodos de decomposição semelhantes. Após este procedimento, leva-se em<br />
conta a influencia de uma fissura sobre as demais, sendo este o objetivo do terceiro subproblema<br />
. Nele, considera-se novamente o domínio global ausente de fissuras, empregado no primeiro<br />
( k )<br />
Ρ<br />
G<br />
subproblema, porém, aplicam-se os campos de deslocamentos obtidos nas linhas de contorno dos<br />
problemas locais. Este procedimento é realizado para cada fissura, determinando-se as distribuições<br />
de tensões por eles provocadas nas linhas das fissuras externas ao contorno da própria fissura. Sendo<br />
que a sobreposição dos M=IxJ subproblemas nos leva ao sistema linear:<br />
[ IG]<br />
{ α} { r}<br />
⋅ = (1)<br />
Sendo que o vetor solução { α } reúne os parâmetros α responsáveis pela determinação dos<br />
fatores de intensidade de tensão para cada fissura, conforme indica a relação seguinte:<br />
J<br />
() i<br />
( j)<br />
( ) = α<br />
j + ( i − 1) ⋅ J<br />
⋅<br />
j<br />
j=<br />
1<br />
K J ∑ K<br />
(2)<br />
onde<br />
K foram calculados nos subproblemas locais<br />
( j )<br />
j<br />
P .<br />
( k )<br />
L<br />
As soluções do problema original Ρ G<br />
, expressa, por exemplo, pelas respostas em termos de<br />
deslocamentos, distribuições de tensões e fatores de intensidade de tensão, podem ser determinadas<br />
mediante combinação dos subproblemas descritos:<br />
Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, v. 11, n. 53, p. 171-175, 2009