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18<br />

Eduardo Aurélio Barros Aguiar & Mounir Khalil El Debs<br />

Uma das maneiras de se entender esse comportamento é o conhecimento dos componentes<br />

ativos das ligações. A avaliação das características de deformação e de resistência de cada<br />

componente individualmente e a associação desses componentes para analisar o comportamento da<br />

ligação como um todo, possibilitam a determinação do comportamento de uma grande variação de<br />

ligações.<br />

É oportuno lembrar que o conhecimento dos componentes ativos das ligações é de<br />

fundamental importância quando se deseja propor modelos analíticos simplificados que representem o<br />

comportamento da ligação semi-rígida.<br />

Dando continuidade à linha de pesquisa sobre ligações semi-rígidas, desenvolvida no<br />

Departamento de Estruturas da Escola de Engenharia de São Carlos, em particular a tese de<br />

doutorado de MIOTTO (2002) e a dissertação de mestrado BALDISSERA (2006), no presente trabalho<br />

se propõe realizar um estudo teórico e experimental do comportamento de um componente<br />

fundamental da ligação viga-pilar que é o chumbador.<br />

O chumbador pode ser entendido como um componente da ligação, inserido no concreto,<br />

capaz de transmitir esforços de cisalhamento entre elementos. Essa transferência de esforços gera<br />

um estado de tensões não-uniformes no concreto, submetendo o chumbador a um esforço de flexão<br />

máximo junto à interface.<br />

Em função do estado de tensões apresentado e dependendo das dimensões, posicionamento<br />

e da resistência do chumbador, além também da resistência e aderência do concreto que o envolve,<br />

alguns modos de ruptura podem ser previstos. Dentre esses modos de ruptura, pode-se citar a<br />

formação de rótulas plásticas na seção de máximo esforço de flexão do chumbador.<br />

O modelo teórico para a determinação da capacidade máxima do chumbador à flexão foi<br />

desenvolvido por HφJLUND-RASMUSSEN (1963) apud FIB (2003), com base na teoria da<br />

plasticidade, para chumbadores retilíneos. A formulação foi apresentada tendo como variáveis alguns<br />

parâmetros obtidos experimentalmente, e desta forma, a obtenção desses parâmetros ainda é objeto<br />

pertinente de pesquisas.<br />

O estudo teórico-experimental proposto visa um aprofundamento na influência da inclinação<br />

dos chumbadores na determinação da resistência e da rigidez das ligações semi-rígidas de elementos<br />

pré-moldados, tendo como motivação a grande diferença de resultados obtidos nos estudos<br />

experimentais realizados por MIOTTO (2002) e BALDISSERA (2006).<br />

2 METODOLOGIA<br />

Para a realização da pesquisa, foi necessária a idealização de um modelo físico, composto de<br />

três prismas de concreto, sendo que dois destes possuem as mesmas dimensões e estão ligados a<br />

um prisma maior por meio de dois chumbadores solidarizados por chapas de aço, porcas e arruelas,<br />

conforme ilustrado na “Figura 1”.<br />

Na análise experimental serão avaliadas previamente três inclinações para os chumbadores,<br />

além de três diâmetros comerciais diferentes. As inclinações a serem analisadas serão de 0 o , que<br />

representa o chumbador normal à interface entre o consolo e o pilar, 45 o e 60 o . Os diâmetros<br />

estudados serão de 16mm, 20mm e 25mm, e, para verificar a influência da resistência do concreto no<br />

comportamento do chumbador, os espécimes serão confeccionados com pelo menos dois valores<br />

diferentes de resistência à compressão.<br />

Na ligação viga-pilar existe também a influência da reação de apoio da viga, responsável pela<br />

mobilização de forças de atrito horizontais, que também será simulada com a aplicação de cargas<br />

horizontais em alguns modelos. Na pesquisa deverão ser confeccionados 15 modelos físicos distintos.<br />

Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, v. 11, n. 53, p. 17-20, 2009

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