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Raimundo Gomes de Amorim Neto & Sergio Persival Baroncini Proença<br />
finitos. Nesse padrão se encaixam os modelos mistos, híbridos, bem como os modelos com campos<br />
de deformações intrínsecas ou assumidas (assumed strain).<br />
O método das deformações assumidas baseia-se numa formulação variacional (Hu-Washizu)<br />
em três campos (tensão, deslocamento e deformação), e sua idéia-chave parte da convenção de que<br />
o campo de deformações é composto por duas parcelas: a primeira, clássica, que depende da relação<br />
de compatibilidade entre deslocamentos e deformações (parcela compatível) e a segunda parcela é<br />
denominada de deformação assumida e constitui um enriquecimento, sendo este obtido por meio das<br />
funções modos incompatíveis.<br />
O Método dos Elementos Finitos Generalizados (MEFG) consiste numa combinação entre o<br />
MEF clássico e técnicas de geração de aproximações enriquecidas típicas dos métodos sem malha,<br />
como a multiplicação de funções partição da unidade (PU) por funções especiais. As PU se<br />
caracterizam por apresentar soma unitária dos seus valores em pontos do domínio e no caso do<br />
MEFG são definidas pelas funções de forma básicas dos elementos da malha. Os domínios das<br />
funções de aproximação são ‘nuvens’, formadas pelos elementos que dividem um nó, ou vértice<br />
comum. O enriquecimento pode, então, ser seletivo, ou restrito a determinado conjunto de nuvens,<br />
dispensando custosos refinamentos de malha.<br />
2 METODOLOGIA<br />
A metodologia utilizada consiste em revisão e implementação computacional de formulações<br />
de elementos finitos generalizados, em regime não-linear. Um aspecto importante em relação à<br />
aplicação do MEFG é o emprego de funções enriquecedoras baseadas na própria solução exata do<br />
problema,<br />
3 DESENVOLVIMENTO<br />
A proposta do presente trabalho é estender a aplicação da metodologia das deformações<br />
assumidas desenvolvida no mestrado, inserindo-a no contexto do MEFG, para abordagem de<br />
problemas que incluem regimes de plasticidade, bem como de grandes deformações. Para a<br />
consideração das respostas inelásticas (irreversíveis) e dos efeitos do encruamento do meio, será<br />
adotado um adequado modelo de plasticidade para análise tridimensional no âmbito GFEM.<br />
As principais características deste modelo são: critério de plastificação de von Mises,<br />
encruamento isotrópico e assumida-se a hipótese de associatividade tanto para lei de encruamento e<br />
como para evolução das deformações plásticas. Para utilização do modelo, um algoritmo de<br />
mapeamento implícito (essencialmente, uma tentativa considerando que a resposta da tensão seja<br />
elástica, "previsão", posteriormente esta tensão é projetada sobre a superfície do critério de<br />
plastificação, "correção plástica") será implementado de modo a integrar o modelo constitutivo de<br />
forma incremental.<br />
Neste sentido, é usado um tensor constitutivo elasto-plástico tangente consistente, sendo este<br />
adotado no processo incremental e iterativo de Newton-Raphson para a obtenção da seqüência de<br />
respostas de equilíbrio e compatibilidade a nível de análise estrutural sólida. A formulação mista em<br />
deformações assumidas permite que a realização destas etapas se dê de forma independente para<br />
cada ponto da quadratura de integração numérica.<br />
Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, v. 11, n. 53, p. 177-179, 2009