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Marcelo Rodrigo Carreira & Antônio Alves Dias<br />
Devido à boa correlação entre a resistência mecânica e a rigidez à flexão, esta tem sido usada<br />
como critério para a classificação estrutural das toras de madeira.<br />
O módulo de elasticidade na flexão pode ser medido diretamente por meio do ensaio de flexão<br />
estática de acordo com a norma NBR 6231 (ABNT, 1980) ou estimado por meio de ensaios dinâmicos<br />
como a vibração transversal. Essa técnica tem demonstrado boa exatidão na estimativa da rigidez à<br />
flexão de peças estruturais de madeira serrada. Por outro lado, em uma investigação anterior<br />
conduzida pelo autor, foram encontradas dificuldades na avaliação do módulo de elasticidade de toras<br />
jovens de Eucalyptus sp empregando a técnica de vibração transversal. Nessa pesquisa observou-se<br />
que não foi possível estabelecer correlação significativa entre o módulo de elasticidade estático e o<br />
módulo de elasticidade dinâmico empregando os mesmos equipamento e metodologia usados na<br />
AND de peças de madeira serrada.<br />
Tal constatação leva a crer que o emprego da técnica de vibração transversal para a avaliação<br />
da rigidez à flexão de toras de madeira requer a consideração das particularidades desse material.<br />
Assim sendo, este trabalho tem como objetivo a identificação dos fatores que interferem no<br />
ensaio de vibração transversal e a definição de critérios de ensaio para a avaliação da rigidez à flexão<br />
de toras de madeira utilizando a técnica de vibração transversal.<br />
2 METODOLOGIA<br />
Inicialmente foram desenvolvidos um condicionador de sinais e um programa de computador<br />
em LabVIEW 8.6 para em conjunto com a placa de baixo custo modelo USB 6009 da National<br />
Instruments formarem o sistema de análise modal experimental usado no decorrer deste trabalho.<br />
Atualmente o trabalho encontra-se na fase de coleta de dados dos experimentos.<br />
Uma amostra preliminar composta por 10 toras de Eucalyptus citriodora com idade de 20<br />
anos, diâmetro médio de 16 cm e comprimento da ordem de 4,2 m está sendo submetida ao ensaio de<br />
vibração livre com excitação proveniente de impacto com martelo de impulso. A aceleração é medida<br />
na coordenada 0,95L a partir da base da tora e os impactos são desferidos em pontos localizados a<br />
cada 1/10 do comprimento como mostra a Figura 1.<br />
Figura 1 – Arranjo do ensaio dinâmico.<br />
Com o sistema desenvolvido esta sendo possível medir as Funções de Resposta em<br />
Freqüência (FRF’s), bem como determinar os parâmetros modais (amortecimentos, freqüências<br />
naturais e modos normais) das toras.<br />
Estão sendo feitas duas baterias de ensaio sendo a primeira com o impacto desferido na<br />
direção paralela ao sistema de suspensão (como mostra a Figura 1) e a segunda com o impacto<br />
Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, v. 11, n. 53, p. 75-79, 2009