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Cisalhamento em lajes alveolares protendidas<br />

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uma vez que a resistência experimental pouco variou para as situações com dois ou com quatro<br />

alvéolos preenchidos. Esse efeito pode estar relacionado com a disposição desses alvéolos, uma vez<br />

que no caso do preenchimento de quatro alvéolos, a nervura central permaneceu como um ponto mais<br />

fraco, sendo esse no centro da laje.<br />

Dessa forma, novos estudos são necessários para melhor compreender esses efeitos, e o que<br />

se pode dizer até o momento é que os resultados dos ensaios demonstraram que a resistência não<br />

aumentou proporcionalmente com o aumento da seção de concreto, através do preenchimento de<br />

alvéolos, no caso das lajes sem capa.<br />

Para a finalização do trabalho, pretende-se aprofundar os estudos quanto ao entendimento<br />

dos mecanismos resistentes das lajes brasileiras ensaiadas. Pretende-se investigar os modelos<br />

teóricos que garantem maior confiabilidade para a aplicação nas lajes brasileiras. Ainda, pretende-se<br />

empregar uma metodologia para determinar valores de resistência do concreto à tração, por meio dos<br />

resultados obtidos experimentalmente em ensaios à flexão, a partir do momento de fissuração.<br />

5 CONCLUSÕES PARCIAIS<br />

Com o estudo desenvolvido, verificou-se que o procedimento para ensaio de cisalhamento em<br />

lajes alveolares recomendado pela EN-1168:2005 pode ser reproduzido em fábricas de pré-fabricados<br />

no Brasil. É importante observar que o ensaio estudado procura simular a ruptura de cisalhamento em<br />

uma região onde as tensões decorrentes da flexão influenciam a resistência final (resistência ao<br />

cisalhamento em zona de flexão).<br />

Além disso, através da análise dos resultados experimentais e de sua comparação com os<br />

valores obtidos teoricamente, pode-se concluir, de uma forma geral, que as equações recomendadas<br />

pela FIB (2000) fornecem resultados coerentes quanto à resistência ao cisalhamento de lajes<br />

alveolares protendidas, considerando ou não a seção composta (presença de capa e alvéolos<br />

preenchidos).<br />

Para o caso da laje com altura de 200 mm, para a carga aplicada a 2,5 h do apoio, os<br />

resultados experimentais e suas respectivas análises revelaram que o mecanismo de resistência ao<br />

cisalhamento pode ser afetado pela presença de fissuras de flexão, sendo que o mecanismo de<br />

ruptura na região do apoio passa a ser governado pela tensão de tração normal à armadura ativa<br />

(falha na ancoragem). Esta hipótese é considerada pelo equacionamento recomendado pela FIB<br />

(2000), que está de acordo com a norma européia EN-1168:2005.<br />

6 AGRADECIMENTOS<br />

Ao CNPq pela Bolsa de Doutorado e à Associação Brasileira de Construção Industrializada de<br />

Concreto (ABCIC) pelo fornecimento das unidades ensaiadas.<br />

7 REFERÊNCIAS<br />

COMITÉ EUROPÉEN DE NORMALISATION – CEN. EN 1168 – Precast concrete products – Hollow<br />

core slabs. Brussels: CEN, 2005. (English version).<br />

FEDÉRATION INTERNATIONALE DE LA PRÉCONTRAINTE. FIP – Guide to good practice: quality<br />

assurance of hollow core slab. London, England, 1992.<br />

FEDÉRATION INTERNATIONALE DU BÉTON. FIB (CEB-FIB) – Guide to good practice: Special<br />

design considerations for precast prestressed hollow core floors. Lausanne, 2000.<br />

Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, v. 11, n. 53, p. 7-11, 2009

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