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124<br />
Eduardo Toledo de Lima Junior & Wilson Sergio Venturini<br />
Considerando-se a crescente complexidade dos modelos desenvolvidos para os problemas de<br />
engenharia, é de vital importância a busca constante por modelos numéricos robustos, capazes de<br />
fornecer resultados precisos, com o menor esforço computacional possível. Neste cenário, o método<br />
dos elementos de contorno surge como uma interessante alternativa para a obtenção de soluções<br />
numéricas em diversas aplicações de engenharia.<br />
2 METODOLOGIA<br />
O método dos elementos de contorno é empregado em sua forma direta com soluções<br />
fundamentais independentes do tempo, para os problemas de elasticidade bidimensional e difusão do<br />
fluido. Da não-linearidade do problema proposto decorre o surgimento de integrais sobre o domínio, as<br />
quais são tratadas aproximando-se as variáveis em células triangulares. A integração sobre elementos<br />
de contorno e contornos de células internas é feita numericamente, pela quadratura de Gauss.<br />
A presença de fase líquida é considerada seguindo-se a formulação generalizada para<br />
materiais poroelásticos dada em Coussy (2004), a qual é baseada na teoria de consolidação proposta<br />
por Biot (1941). Um modelo simples da mecânica do dano contínuo – (Marigo, 1981) e (Lemaitre;<br />
Chaboche 1985) – é aplicado na avaliação da perda de rigidez da matriz sólida do meio poroso.<br />
Utiliza-se uma estratégia do tipo Newton-Raphson na resolução do sistema de equações nãolineares.<br />
Ainda, faz-se necessária a dedução de uma matriz tangente consistente com o algoritmo<br />
incremental-iterativo de evolução do dano.<br />
3 DESENVOLVIMENTO<br />
3.1 Equações governantes<br />
Admita-se a energia potencial total de um meio poroso saturado sujeito à danificação, escrita<br />
da forma:<br />
1 1<br />
(ε ,D, <br />
) (1-D)ε E ε Trε<br />
2 2 <br />
1<br />
2<br />
M 0 bM<br />
0Trε<br />
jk<br />
2<br />
d 2<br />
jk 0 jk jklm lm bM jk<br />
<br />
<br />
<br />
2<br />
(1)<br />
na qual as constantes M e b representam o módulo de Biot e o coeficiente de Biot da tensão efetiva,<br />
respectivamente. O caso particular de um meio poroso completamente saturado, permeado por um<br />
fluido incompressível, leva a um coeficiente de Biot com valor unitário ( b 1). A porosidade<br />
Lagrangeana mede a variação da quantidade de fluido, ou seja, a variação de volume de fluido por<br />
unidade de volume do meio poroso. O peso específico do meio poroso é descrito por .<br />
Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, v. 11, n. 53, p. 123-127, 2009<br />
d<br />
E jklm<br />
representa o tensor elástico do material em condição drenada. O tensor jk contém as deformações<br />
do meio sólido. A variável interna de dano é reresentada por D . Aplicando-se um modelo de dano<br />
isotrópico, esta variável é escalar. Entenda-se que esta avalia o estado de deterioração do material,<br />
assumindo valores entre zero e um. A variável D nula indica material intacto, enquanto o valor<br />
unitário está associado à degradação completa.<br />
As derivadas da energia potencial (1) em relação às variáveis internas do sistema, jk , e<br />
D originam a definição das variáveis associadas, que são as tensões totais<br />
força termodinâmica associada Y :<br />
jk<br />
, a poropressão p e a