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Tatiana de Cássia Coutinho Silva da Fonseca & João Bento de Hanai<br />
para o arrancamento prematuro do laminado o limitado comprimento disponível para colagem sua<br />
colagem.<br />
Para a avaliação da rigidez traçou-se a curva momento x rotação apresentada na Figura 3 (a).<br />
A rotação foi obtida por meio dos transdutores. Para o calculo dos momentos atuantes na ligação,<br />
utilizou-se a metodologia proposta em Catoia (2007). Esta se baseia na equivalência entre a relação<br />
momento curvatura na viga tanto para a condição bi-apoiada quanto com ligações semi-rígidas.<br />
Apresenta-se, também, na Figura 3 (a), uma aproximação bi-linear para o comportamento da ligação.<br />
Transdutores T inicial T final<br />
Ref_41 Art_55 Art_35 Ref_rup<br />
Momento (kN.m)<br />
15<br />
12<br />
9<br />
6<br />
3<br />
Força (kN)<br />
90<br />
75<br />
60<br />
45<br />
30<br />
15<br />
0<br />
0,0E+00 2,0E-03 4,0E-03 6,0E-03 8,0E-03 1,0E-02<br />
Rotação (rad)<br />
(a)<br />
0<br />
0 1 2 3 4 5 6 7<br />
Flecha (mm)<br />
Figura 3 – (a) Curva Momento rotação para o ultimo ciclo de carregamento e aproximação bi-linear; (b) Curvas<br />
força flecha para todos os ciclos de carregamento aplicados.<br />
(b)<br />
O momento suportado na ligação, considerando-se o trecho inicial da curva, foi de 60% do<br />
momento de engastamento perfeito. A rigidez da ligação de 3500 kN.m/rad permite que ela seja<br />
classificada segundo a proposta de Ferreira, El Debs e Elliot (2002) como semi-rígida com resistência<br />
média à flexão.<br />
Outra conseqüência interessante do reforço é a redução da flecha que está ilustrada na Figura<br />
3 (b). Observa-se que a redução é de 50% para a força de 55 kN considerando a curva para o ultimo<br />
ciclo e a curva do modelo com ligações articuladas.<br />
5 CONCLUSÕES<br />
O reforço foi eficiente no aumento de rigidez da ligação que passou a ser classificada como<br />
semi-rígida com média resistência à flexão. Isso determinou uma redução significativa nas flechas da<br />
viga.<br />
A ruptura observada no ensaio, com arrancamento brusco do laminado quando este<br />
apresentava somente 30 % da sua deformação ultima, é indesejável estruturalmente. Contudo,<br />
pontua-se que isso certamente esta relacionado ao comprimento colado do laminado e a sua distância<br />
a borda da viga. Em uma estrutura em escala real, esse problema poderia não ocorrer. No modelo<br />
reduzido, não havia o que ser feito. Em relação ao comprimento colado, foi utilizado o máximo<br />
possível e um aumento na distância entre o laminado e borda de concreto reduziria o braço de<br />
alavanca o que diminuiria a eficiência do reforço. O arrancamento prematuro também afetou<br />
negativamente a avaliação da ductilidade da estrutura.<br />
Embora se devam reconhecer os problemas em relação ao descolamento prematuro, concluise<br />
que o modelo de ensaio foi satisfatório para avaliação do reforço no tocante à rigidez a flexão.<br />
Outros ensaios em modelos reduzidos estão previstos para que se possa fazer uma analise<br />
comparativa sempre focando esta questão. Para avaliação de ductilidade e capacidade ultima da<br />
ligação deverão ser projetados modelos com um maior fator de escala, ou mesmo, em escala real.<br />
Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, v. 11, n. 53, p. 63-67, 2009