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Cisalhamento em lajes alveolares protendidas<br />
9<br />
3.2 Programa experimental<br />
3.2.1 Ensaio para determinação da resistência ao cisalhamento<br />
O ensaio para a capacidade do apoio da laje, além de avaliar a resistência ao cisalhamento,<br />
permite avaliar indiretamente a resistência do concreto à tração diagonal e a eficiência da ancoragem<br />
da armadura de protensão junto ao apoio. A fim de se obter um efeito desfavorável da flexão sobre o<br />
mecanismo de resistência ao cisalhamento, o ensaio padrão recomendado pela FIP (1992) estabelece<br />
que o carregamento seja aplicado a uma distância de 2,5 h do apoio (h é a altura da laje), sendo<br />
empregada laje com comprimento que corresponder ao maior valor entre 4 m ou 15 h.<br />
Para verificar a viabilidade de aplicação no Brasil dos procedimentos recomendados pela FIB,<br />
foram ensaiadas cinco tipologias de unidades alveolares, sendo: laje sem capa; laje com capa e tela<br />
soldada; laje com capa e fibras metálicas; laje sem capa com dois alvéolos preenchidos e laje sem<br />
capa com quatro alvéolos preenchidos. Para cada tipologia foram realizados cinco ensaios, totalizando<br />
25. Todas as unidades tinham 3 m de vão.<br />
3.2.2 Geometria e materiais<br />
As lajes estudadas foram produzidas pelo método de extrusão, sendo sua seção transversal e<br />
respectivas variações mostradas na Figura 1. A resistência do concreto à compressão foi de 35 MPa,<br />
na liberação dos cabos, e 40 MPa, aos 10 dias (na data de ensaio). A capa estrutural, com resistência<br />
de 33,2 MPa e 50 mm de altura, foi feita com tela e com fibras metálicas. Quando se empregava tela,<br />
esta tinha fios com diâmetro de 5 mm e espaçamento de 200 mm; quando se usava fibra, a capa era<br />
executada com 30 kg de fibra por metro cúbico de concreto.<br />
2,5<br />
8 15 3,8<br />
Aço com protensão inicial<br />
φ 12,7 mm CP 190 RB F p =1140 MPa<br />
Sem capa<br />
C/ capa e tela<br />
20<br />
15<br />
C/ capa e fibra<br />
2,5<br />
125<br />
(a)<br />
3,5<br />
C/ 2 AP<br />
C/ 4 AP<br />
(b)<br />
Figura 1 – (a) Geometria da laje estudada; (b) Seções transversais (dimensões em cm).<br />
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES<br />
Apresenta-se na Figura 2a uma comparação dos valores experimentais de lajes sem e com<br />
capa. As lajes com capa resistiram melhor ao cisalhamento do que as sem capa. Comparando as lajes<br />
sem capa com as de alvéolos preenchidos, observou-se um aumento da resistência ao cisalhamento<br />
(Figura 2b).<br />
Na Tabela 1, nota-se que os resultados experimentais encontrados com as equações da EN-<br />
1168:2005, no caso de lajes com e sem capa e dois alvéolos preenchidos, conseguiram-se bons<br />
resultados, o que não ocorreu com as lajes sem capa e quatro alvéolos preenchidos.<br />
Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, v. 11, n. 53, p. 7-11, 2009