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Sandra Freire de Almeida & João Bento de Hanai<br />
ensaios de vibração podem representar uma vantagem na obtenção dos valores de deformabilidade,<br />
pois podem ser realizados em situações de serviço, e como o comportamento dinâmico do sistema é<br />
direcionado pelas propriedades dos elementos que o compõe, os resultados refletem as alterações<br />
das condições de vínculo.<br />
As ligações entre os elementos pré-moldados usualmente apresentam comportamento semirígido<br />
(ligações deformáveis e que permitem transmissão de esforços), porém o valor real da rigidez é<br />
de difícil avaliação experimental. Portanto, métodos para a determinação da rigidez de ligações em<br />
situações de serviço podem se tornar uma alternativa para a análise do comportamento real da<br />
estrutura e para a comparação com hipóteses e modelos de cálculo utilizados no projeto, inclusive<br />
com monitoramento ao longo do tempo, ou até para a previsão do comportamento futuro da estrutura<br />
a partir do estado de danificação atual.<br />
Neste trabalho são apresentadas sucintamente as séries de ensaios estudadas. Em todos os<br />
casos, buscou-se a consolidação de uma metodologia experimental dinâmica para obter a rigidez da<br />
ligação, diretamente com os sinais medidos por acelerômetros piezoelétricos.<br />
2 METODOLOGIA<br />
A primeira etapa da investigação experimental consistiu na realização de ensaios piloto para<br />
avaliar os procedimentos experimentais em modelos de estruturas, incluindo a verificação das<br />
condições de contorno adequadas e dos equipamentos existentes no Laboratório de Estruturas (LE-<br />
<strong>SET</strong>-EESC). Os ensaios-piloto foram desenvolvidos em parceria com outras pesquisas:<br />
1) Ensaios dinâmicos em 2 modelos em escala real, juntamente com Baldissera (2006): um com<br />
pilar intermediário e outro com pilar de extremidade (Figura 1a). Os ensaios e resultados<br />
obtidos foram descritos em Almeida et al (2006).<br />
2) Ensaios dinâmicos em seis modelos reduzidos, juntamente com Fonseca (2007), que avaliou<br />
o incremento de rigidez e resistência a momento fletor obtido pelo reforço com PRFC da<br />
ligação viga-pilar pré-moldada (Figura 1b). Os ensaios e os resultados obtidos foram descritos<br />
em Almeida et al (2008).<br />
3) Ensaios dinâmicos em modelos de estrutura metálica, juntamente com o Engº William Bessa<br />
numa pesquisa em andamento no LE-EESC-<strong>USP</strong>. Foram ensaiadas ligações viga-pilar<br />
soldadas e parafusadas (Figura 2).<br />
A segunda etapa da investigação experimental, que está em andamento, consiste na<br />
realização de ensaios em modelos reduzidos de pórticos em concreto pré-moldado, compostos por<br />
dois pilares e uma viga, cuja ligação básica é composta por encaixe de dente e consolo, com uso de<br />
chumbador, almofada de apoio e graute. Há variação de alguns dispositivos de um modelo para outro<br />
(inserção de laminado de PRFC ou insertos soldados) e também ensaio de um pórtico monolítico para<br />
referência. As dimensões dos elementos foram reduzidas por um fator de escala 1:3. No item 3, são<br />
apresentados os dados do primeiro modelo ensaiado (Figura 4).<br />
Excitador<br />
eletromagnético<br />
Força estática aplicada pelo<br />
atuador servo- controlado ou<br />
pelo macaco hidráulico<br />
Dispositivos para distribuição<br />
do carregamento<br />
Célula de carga<br />
dinâmica<br />
Pontos de instrumentação<br />
dinâmica (acelerômetros)<br />
1 2 3 4<br />
9<br />
11<br />
10<br />
12<br />
(a)<br />
(b)<br />
5 6<br />
7 8<br />
45<br />
45 230 185 185 230<br />
Base da máquina de ensaio<br />
Figura 1 – Ensaios-piloto: (a) Modelo em escala real; (b) Modelo em escala reduzida.<br />
Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, v. 11, n. 53, p. 57-61, 2009