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o fenômeno da compaixão na ética de arthur schopenhauer - FaJe

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<strong>de</strong>la <strong>de</strong>rivam ou em outro princípio do conhecimento” O concurso pressupõe que as<br />

tentativas anteriores <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mentar a ética, que eram suficientemente conheci<strong>da</strong>s pela<br />

Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Real, não tinham sido convincentes.<br />

Partindo então <strong>de</strong> suas críticas às morais anteriores, Schopenhauer anuncia o<br />

diferencial <strong>de</strong> sua fun<strong>da</strong>mentação. Ele alega que, enquanto outros filósofos prescrevem<br />

princípios morais e os oferecem como preceitos <strong>de</strong> virtu<strong>de</strong> e leis a serem necessariamente<br />

cumpri<strong>da</strong>s, ele, diferentemente dos <strong>de</strong>mais, não admite fazer pairar em frente à Vonta<strong>de</strong><br />

nenhuma lei ou <strong>de</strong>ver. Schopenhauer consi<strong>de</strong>ra nesse sentido que a Vonta<strong>de</strong> é o Em-si <strong>de</strong><br />

ca<strong>da</strong> fenômeno e enquanto tal é livre <strong>da</strong>s formas <strong>de</strong>le. E quanto à conduta moral, ele admite<br />

que <strong>na</strong><strong>da</strong> melhor po<strong>de</strong>ria expressá-la senão a fórmula dos Ve<strong>da</strong>s: Tat Tvam Asi (Isto és tu). 50<br />

2.4– Observações fi<strong>na</strong>is<br />

Portanto, como mencio<strong>na</strong>do, o reconhecimento do momento histórico – Romantismo –<br />

vivido por Arthur Schopenhauer possibilita melhor compreen<strong>de</strong>r seu perfil, caráter e<br />

influências para melhor entendimento <strong>de</strong> sua filosofia. As críticas que ele elabora às<br />

fun<strong>da</strong>mentações anteriores <strong>da</strong> moral servem <strong>de</strong> base para se i<strong>de</strong>ntificar seu ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong>. E<br />

<strong>de</strong>ntre essas críticas, a direcio<strong>na</strong><strong>da</strong> à fun<strong>da</strong>mentação <strong>da</strong> moral em Kant apresenta-se como a<br />

mais importante, pois será uma <strong>da</strong>s bases <strong>de</strong> Schopenhauer para elaboração <strong>da</strong> sua própria<br />

fun<strong>da</strong>mentação <strong>da</strong> moral.<br />

No próximo capítulo iremos trabalhar com a fun<strong>da</strong>mentação <strong>da</strong> moral em<br />

Schopenhauer. Levaremos em consi<strong>de</strong>ração tanto a fun<strong>da</strong>mentação perante a Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Real<br />

Di<strong>na</strong>marquesa como a fun<strong>da</strong>mentação em O mundo como vonta<strong>de</strong> e como representação.<br />

50 SCHOPENHAUER, A. Sobre o fun<strong>da</strong>mento <strong>da</strong> moral. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 219.<br />

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