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o fenômeno da compaixão na ética de arthur schopenhauer - FaJe

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A moral, em Schopenhauer, não está no que ca<strong>da</strong> um representa ou faz para o<br />

próximo, mas <strong>na</strong>quilo que ele é.<br />

Outro fator que nos motivou pesquisar a fun<strong>da</strong>mentação <strong>da</strong> ética em Schopenhauer se<br />

pren<strong>de</strong> às suas fontes. Schopenhauer faz sempre que possível menção honrosa a três<br />

abor<strong>da</strong>gens que mais o influenciaram <strong>na</strong> formação <strong>de</strong> sua própria filosofia: a platônica, a<br />

kantia<strong>na</strong> e aquela proveniente dos ensi<strong>na</strong>mentos do Oriente. Voltando os olhos para sua obra<br />

capital, O mundo como vonta<strong>de</strong> e como representação, é possível i<strong>de</strong>ntificar o “pensamento<br />

único” <strong>de</strong> Schopenhauer, vinculado a uma tríplice especificação: kantia<strong>na</strong>, no livro I;<br />

platônica, no livro III; e védica, no livro IV, fazendo <strong>de</strong> Arthur Schopenhauer o primeiro<br />

filósofo indo-europeu <strong>da</strong> história.<br />

Por sua característica mística, a ética <strong>de</strong> Arthur Schopenhauer se revela paradoxal,<br />

contrária ao senso comum. Os aspectos paradoxais <strong>de</strong>ssa ética são motivos, em nosso<br />

entendimento, suficientes para justificar uma pesquisa mais pormenoriza<strong>da</strong> acerca <strong>de</strong> seu real<br />

significado filosófico.<br />

Com relação às obras pesquisa<strong>da</strong>s, nossa atenção será direcio<strong>na</strong><strong>da</strong> primordialmente<br />

para O mundo como vonta<strong>de</strong> e como representação, e para Sobre o fun<strong>da</strong>mento <strong>da</strong> moral.<br />

Com a fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> complementar a pesquisa, direcio<strong>na</strong>remos nossa atenção também para as<br />

obras Sobre a quádrupla raiz do princípio <strong>de</strong> razão suficiente e Metafísica do Belo.<br />

Consi<strong>de</strong>ramos estarem nessas obras <strong>de</strong> Arthur Schopenhauer os palcos principais para as<br />

questões <strong>da</strong> sua ética.<br />

Pesquisas realiza<strong>da</strong>s em obras <strong>de</strong> outros filósofos e pensadores como Kant, Platão,<br />

Plotino, Kierkegaard, Nietzsche, Ernst Tugendhat, Max Scheler, em livros sagrados como a<br />

Bíblia, o Bhagavad-Gîtâ e em mestres do Oriente favorecerão um entendimento maior <strong>da</strong><br />

filosofia <strong>de</strong> Arthur Schopenhauer. Para a divisão em capítulos <strong>da</strong> presente dissertação,<br />

escolhemos a trajetória exposta abaixo.<br />

No capítulo segundo, partiremos do contexto histórico – Romantismo – vivido por<br />

Schopenhauer. Consi<strong>de</strong>rar o contexto histórico significa buscar <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>r em que sentido se<br />

po<strong>de</strong> falar <strong>de</strong> uma filosofia romântica. Devemos atentar para a complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> do fenômeno<br />

romântico e suas principais características. Nesse período, a Europa começa a ser “invadi<strong>da</strong>”<br />

por pensamentos provenientes do Oriente místico e Schopenhauer, <strong>de</strong>ntre os filósofos <strong>da</strong><br />

época, foi um dos mais influenciados por esses pensamentos.<br />

Preten<strong>de</strong>mos, ain<strong>da</strong> no segundo capítulo, i<strong>de</strong>ntificar as críticas que Schopenhauer faz<br />

às concepções morais anteriores. Assim ficará evi<strong>de</strong>nciado o seu ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> para a<br />

fun<strong>da</strong>mentação <strong>da</strong> ética. Procuraremos <strong>da</strong>r maior atenção às criticas que Schopenhauer dirige<br />

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