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certificação de competências profissionais - Organização ...

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62CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS PROFISSIONAISDISCUSSÕES<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o fim dos anos setenta, e à emergência do mo<strong>de</strong>lodas <strong>competências</strong>” (ibi<strong>de</strong>m pg. 128). Diferentemente danoção multidimensional <strong>de</strong> qualificação, o mo<strong>de</strong>lo dacompetência correspon<strong>de</strong>ria a um novo mo<strong>de</strong>lo póstaylorista<strong>de</strong> organização do trabalho e <strong>de</strong> gestão da produção.Sua gênese estaria associada à crise da noção <strong>de</strong>postos <strong>de</strong> trabalho e a um certo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> classificação erelações <strong>profissionais</strong>” (Hirata, pg. 128).Finalmente, constata que“a adoção do mo<strong>de</strong>lo da competência implica um compromissopós-taylorista, sendo difícil <strong>de</strong> pôr em práticase não se verificam soluções (negociadas) a toda uma série<strong>de</strong> problemas, sobretudo o <strong>de</strong> um <strong>de</strong>senvolvimentonão remunerado das <strong>competências</strong> dos trabalhadores nabase da hierarquia, trabalhadores esses levados no novomo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> organização do trabalho a uma participaçãona gestão da produção, a um trabalho em equipe e a umenvolvimento maior nas estratégias <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>da empresa, sem ter necessariamente uma compensaçãoem termos salariais” (Hirata, pg. 129).Atualmente, se começa a sentir uma tensão entre as ofertas <strong>de</strong> qualificaçãoe as reais necessida<strong>de</strong>s do mercado <strong>de</strong> trabalho. Em conseqüência dascrescentes necessida<strong>de</strong>s empresariais em certos ramos da economia que tiverammaior impacto das novas tecnologias, como o eletroeletrônico, e a incapacida<strong>de</strong>do sistema educacional <strong>de</strong> suprir essas carências, muitas empresasassumiram a iniciativa da formação <strong>de</strong> seus próprios empregados <strong>de</strong>ntro dosnovos princípios das <strong>competências</strong>. Foi o que ocorreu, por exemplo, na empresanorte-americana Motorola. A empresa, sentindo o <strong>de</strong>spreparo <strong>de</strong> seusempregados para os novos níveis <strong>de</strong> <strong>competências</strong> requeridos, resolveu investirna reciclagem e reconversão maciça <strong>de</strong> seus empregados, chegando atéa solicitar mudanças curriculares ao sistema regular <strong>de</strong> ensino. As novas condições<strong>de</strong> trabalho impostas pela revolução tecnológica e a nova organizaçãodo trabalho pediam uma completa revisão nos currículos do ensino básico. Asnovas tarefas se caracterizavam por uma necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maior amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>raciocínio, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> iniciativa própria e resolução <strong>de</strong> problemas. Poroutro lado, em setores <strong>de</strong> serviços como o bancário, a revolução da automaçãoestá eliminando muitos postos <strong>de</strong> trabalho e transformando radicalmente aorganização do trabalho.Assim, a vertente empresarial do conceito <strong>de</strong> <strong>certificação</strong> <strong>de</strong> competênci-

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