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ECOS DO TIRO NA PRACA

Os tiros disparados a esmo na Plaza Mayor da cidade de Salamanca, na Espanha, fizeram as primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola, em 19 de julho de 1936. Oitenta anos após o início do conflito, considerado um dos mais hediondos da Europa, as consequências desta tragédia ainda ecoam na história dos moradores da cidade. Principalmente na vida dos três protagonistas dessa obra, que, ainda crianças, tiveram seus pais assassinados durante o regime franquista. Em depoimentos comoventes, os três filhos recordam o passado conturbado e mostram que é possível lutar por justiça sem derramar mais sangue.

Os tiros disparados a esmo na Plaza Mayor da cidade de Salamanca, na Espanha, fizeram as primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola, em 19 de julho de 1936. Oitenta anos após o início do conflito, considerado um dos mais hediondos da Europa, as consequências desta tragédia ainda ecoam na história dos moradores da cidade. Principalmente na vida dos três protagonistas dessa obra, que, ainda crianças, tiveram seus pais assassinados durante o regime franquista. Em depoimentos comoventes, os três filhos recordam o passado conturbado e mostram que é possível lutar por justiça sem derramar mais sangue.

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Depois que Pepe resolveu suas pendências com o passado,<br />

estava livre para viver o presente com a certeza de um futuro<br />

completo. Ele havia retomado a direção de sua vida.<br />

A ausência do pai o fez virar homem ainda menino e, em<br />

muitos momentos, o fez refém do destino. Mas os anos, assim<br />

como os vagões que trazem novos passageiros e levam<br />

a diferentes paisagens, mostraram que perdas e ganhos são<br />

necessários para todos os viajantes. São elas que os deixam<br />

prontos para se entregar a aventuras e encontrar novas<br />

companhias.<br />

Acompanhado da esposa, sua melhor parceria, viajou a Paris,<br />

Viena, Praga e Budapeste. Na Espanha, não restou um<br />

único cantinho para conhecer. As descobertas também se<br />

estendem a Portugal. Quando está no país, caminha pelas<br />

ruas das cidades como se circulasse por seu próprio bairro.<br />

“Quase falo português, pego um jornal e leio como se<br />

estivesse em espanhol”, fala cheio de orgulho. Pepe tem<br />

certeza de que a felicidade não é um ponto de chegada. Ela<br />

é o caminho que escolhemos seguir.<br />

José Pascual Mateos, o Pepe • 109

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