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ECOS DO TIRO NA PRACA

Os tiros disparados a esmo na Plaza Mayor da cidade de Salamanca, na Espanha, fizeram as primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola, em 19 de julho de 1936. Oitenta anos após o início do conflito, considerado um dos mais hediondos da Europa, as consequências desta tragédia ainda ecoam na história dos moradores da cidade. Principalmente na vida dos três protagonistas dessa obra, que, ainda crianças, tiveram seus pais assassinados durante o regime franquista. Em depoimentos comoventes, os três filhos recordam o passado conturbado e mostram que é possível lutar por justiça sem derramar mais sangue.

Os tiros disparados a esmo na Plaza Mayor da cidade de Salamanca, na Espanha, fizeram as primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola, em 19 de julho de 1936. Oitenta anos após o início do conflito, considerado um dos mais hediondos da Europa, as consequências desta tragédia ainda ecoam na história dos moradores da cidade. Principalmente na vida dos três protagonistas dessa obra, que, ainda crianças, tiveram seus pais assassinados durante o regime franquista. Em depoimentos comoventes, os três filhos recordam o passado conturbado e mostram que é possível lutar por justiça sem derramar mais sangue.

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primeira namorada, uma jovem aprendiz de costureira que<br />

trabalhava em uma oficina próxima à sua casa. Com ela compartilhou<br />

as incertezas e descobertas da adolescência durante<br />

dois anos até que, um dia, conheceu outra moça, que lhe<br />

causou maior interesse. O namoro estava quase completando<br />

um ano e meio quando o garoto saiu com um amigo para<br />

aproveitar as tradicionais feiras de rua, que durante o mês de<br />

setembro, ainda enchem a cidade de Salamanca com barracas<br />

de comidas típicas e artesanato local, além de uma variedade<br />

de atividades culturais. Em meio à alegria do ambiente de<br />

festa, os sorrisos de duas garotas chamaram a atenção dos<br />

rapazes. Depois de trocarem olhares fascinados, decidiram<br />

se aproximar. Chamavam-se Rosa e Luísa. A coincidência do<br />

nome pode ter influenciado a escolha do rapaz, que sem pestanejar<br />

decidiu abandonar a namorada por aquela, que desde<br />

o primeiro momento, o trouxe a certeza de que estava diante<br />

da mulher que seria a mãe de seus filhos.<br />

Mais rápido do que imaginavam, nasceu Maria Nieves, a primogênita<br />

do casal. Em 12 de outubro de 1954, casaram-se<br />

no “cartório das pressas”, Luísa com 19 anos, grávida de seis<br />

meses, e Luís com 23 anos, e com seu mais largo sorriso.<br />

Com o tempo, a família foi crescendo e ganhou mais quatro<br />

filhos, Juan Fausto, Maria Luisa, Paquita e Luis Miguel. Sem<br />

tanta pressa vieram os oito netos, Claudia, Jennifer, Teresa,<br />

Elena, Victor, Alejandro, Natalia e Sara.<br />

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