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ECOS DO TIRO NA PRACA

Os tiros disparados a esmo na Plaza Mayor da cidade de Salamanca, na Espanha, fizeram as primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola, em 19 de julho de 1936. Oitenta anos após o início do conflito, considerado um dos mais hediondos da Europa, as consequências desta tragédia ainda ecoam na história dos moradores da cidade. Principalmente na vida dos três protagonistas dessa obra, que, ainda crianças, tiveram seus pais assassinados durante o regime franquista. Em depoimentos comoventes, os três filhos recordam o passado conturbado e mostram que é possível lutar por justiça sem derramar mais sangue.

Os tiros disparados a esmo na Plaza Mayor da cidade de Salamanca, na Espanha, fizeram as primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola, em 19 de julho de 1936. Oitenta anos após o início do conflito, considerado um dos mais hediondos da Europa, as consequências desta tragédia ainda ecoam na história dos moradores da cidade. Principalmente na vida dos três protagonistas dessa obra, que, ainda crianças, tiveram seus pais assassinados durante o regime franquista. Em depoimentos comoventes, os três filhos recordam o passado conturbado e mostram que é possível lutar por justiça sem derramar mais sangue.

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Queridíssima esposa e filhos,<br />

Estou na capela desde as onze da noite,<br />

estou tranquilo porque vou com a consciência<br />

tranquila, só levo o sentimento de não haver<br />

sobrevivido para desfrutar de vosso carinho,<br />

nada tenho que recomendar-lhes porque sei que<br />

vossos sentimentos são os que eu desejo. Eu bem<br />

sabia que meu último momento estava próximo,<br />

já acabou o estoque de comida que tu levaste e<br />

sofrido como uma mártir, perdoe-me Remedios<br />

do meu coração e leva o tanto que te amei. Não<br />

me canso de dizer-te que dê muitos beijos e<br />

abraços aos nossos filhos, que a todos os levo no<br />

meu coração. Quando receberás esta carta já não<br />

existirá seu Juan, adeus para sempre...<br />

Juan Calvo Moronta<br />

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