ECOS DO TIRO NA PRACA

de seu esposo descansava em paz.
Além disso, precisava encontrar coragem para dizer aos filhos
o que havia acontecido. Quando chegou ao lar, em Armenteros,
foi recebida pelos parentes que estavam cuidando de Pepe,
Agustín e Marcelino. Os familiares logo perceberam que a notícia
trazida por Modesta era devastadora e deixaram a mãe a
sós com os garotos. Ela abaixou-se para ficar do tamanho deles,
que estavam atemorizados pelo que ouviram das conversas
dos adultos, antes da chegada da mãe. Modesta disse:
– O papai sempre vos amou muito e se ele pudesse nunca
teria partido, mas ele se foi. Sois muito pequenos para entender
com clareza a dimensão do que estou dizendo, mas
quero que nunca vos esqueçáis de como Eduardo era honesto
e cuidadoso. Ele sempre estará convosco porque sois
parte dele.
– E onde ele está, mamãe? – disse Pepe.
– O que fizeram com teu pai foi cruel. Não permitiram que
nós pudéssemos nos despedir dele.
Com nove anos, Pepe, o mais velho dos irmãos, enchia a
mãe de perguntas sobre o paradeiro de Eduardo. Aos poucos
e com o passar dos anos, Modesta, que também não tinha
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